Poemas :  Ato contínuo
Gosto
quando escrevo algo,
e depois me embriago
com o que escrevi.

A poesia está ai:
no ato de se embriagar,
sem beber, sem fumar,
sem usar nenhum artefício.

Poetar não é um ofício...
Poetar é um vício,
difícil de explicar.

Tem poeta que ganha com isso.
Mas é um acontecimento.
Poesia não é um "invento"...

Poesia é um momento,
que poucos conseguem enxergar.

A.J. Cardiais
11.08.2018
Poeta

Poemas :  Amar é um vício
Não sei se é carência,
castigo ou falta de juízo...
Ninguém tem o domínio de nada.

O amor que nos conduz,
é uma estrada,
que ninguém sabe
onde vai dar.

Pode ser asfaltada,
de barro, de pedras... Sem fim.
O amor é bom ou ruim.
Cada um é que sabe sua dor.

Eu sei,
pois do amor e da paixão,
eu já provei.
Continuo amando e amarei.

Se ficar sem amor, morrerei.
Pois amar é um vício,
que sempre terei.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  Catapultando palavras
A minha voz oculta
faz do poema catapulta
pra jogar palavras fora

A ideia que me devora,
quando encontra uma rima,
grita logo: mãos pra cima!
E toma a palavra na tora.

Ser poeta é uma tara
que não é qualquer um que encara,
por não ser um ofício.
Fazer poema é um vício.

A.J. Cardiais
25.04.2016
Poeta

Poemas :  Sobre o vício
O vício não é um ato sadio...
É como acender um pavio
difícil de apagar.
E se não conseguir se livrar,
ele vai explodir
em algum lugar.

Qualquer vício faz mal:
do vício de trabalhar,
ao vício de amar.
Trabalhar e amar
tem que ser por amor,
não por vício.

Se você trabalhar demais
pode acabar tendo um infarto.
Porém se você faz o que gosta,
trabalhar é distração.

Se você amar demais,
pode acabar se tornando
uma obsessão.
Puxe o freio de mão.

A.J. Cardiais
10.08.2011
Poeta

Poemas :  Catapultando palavras
A minha voz oculta,
faz do poema catapulta,
pra jogar palavras fora.

A ideia que me devora,
quando encontra uma rima,
grita logo: mãos pra cima!
E toma a palavra na tora.

Ser poeta é uma tara
que não é qualquer um que encara,
por não ser um ofício.
Fazer poema é um vício.

A.J. Cardiais
25.04.2016
Poeta

Poemas :  Os "lados" do poeta
Os "lados" do poeta
Às vezes eu gosto de mostrar
o lado “nulo” do poeta;
o lado perdido,
o lado “exercício”...

Gosto de dizer
que poesia é um vicio:
Quando não “tomo uma”,
o meu dia está perdido.

Gosto de mostrar
o quanto fico envolvido...
Para mim, sem envolvimento
não dá.

Gosto de sonhar;
de escrever à revelia...
Na verdade,
eu VIVO e morro,
na poesia.

A.J. Cardiais
14.05.2011
imagem: google
Poeta

Poemas de despedida :  Tu Sombra
No hay año que no te recuerde.
No hay mes, semana, día
que no te recuerde y eso gracias a vos
que no sos nadie ahora en mi vida.

Digo gracias a vos porque te fuiste
a "encontrar con vos misma" embozada
en tu velo de alcohol y locura
en un invierno en que el frío quemaba
y me hizo alzarte el cuello del abrigo
y ajustarte los guantes de lana
como última atención y caricia.

Te vi en la ventana del ómnibus
mirándome con desconsuelo
y supe que te estaba condenando
pero no podía más con vos; la vieja garra
de tu vicio recrudeció y te agarró
y no pude soltarte porque vos no podías
ni querías ayudarme.

Igualmente caminé un tiempo a tu lado
alternando psicólogos, médicos, magos, fe
para curarte mientras me pedías perdón
y te reías a mis espaldas, cómplice
del diablo en tu botella.

Por eso, gracias a vos
no sos nadie ahora en mi vida.
Aunque no haya año, mes, semana, día
que no te recuerde con lo mejor tuyo
surgiendo de tu cáscara viciada
y demencial. Vos, que tanto me diste.

Entonces pienso: cómo te dejé ir.
Cómo no te retuve a pesar de todo.
Pobrecita, qué será de vos hoy en la vida.
Se me clava también este remordimiento
de pensar que para 'bien', cuánto mal
hace a veces la coherencia.

No, no debí dejarte ir.
Debí haberte ayudado y ayudarme
a ya no sufrir de la única forma posible:
debí habernos matado por amor
y un poco de paz. En fin, la coherencia.





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Poeta

Poemas :  Vicio
[img align=right width=300]https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQEQU0aaZ2pcmUHpoI2x0XT9mWWFoUd4MR-cNhUQBHivZ3-b-H4[/img]
Descobriu
num
instante de prazer
inventado,
uma utopia
que afasta
num raio de luz
de você;
E busca
um novo instante
e mais outro,
um êxtase de prazer;
Grão de ouro
para seu ego opaco.
Perdido no fácil,
no ócio,
se entregou.
Qualquer coisa
que acuse essa ideia,
deve ser evitada,
amaldiçoada,
você só precisa de mais uma,
para poder se preparar
para outra.
Pois já não sabe mais
Onde e quem
Na ilusão do poder
Inventar
E mentir
Uma vida
De festa
E cor.
Poeta

Poemas de reflexíon :  Alcoholemia

Yo asimilé las condiciones del alcohol:
su espíritu ficticio enaltecido al tercer trago
desde el sumiso revés de las baldosas
a tres pisos más arriba que cualquiera.

Probé y blandí, el filo bufo de su hazaña
utópica y dañina, padecí la tortura personal
peor que diabólica, de mi letal
remordimiento de resaca de alma honesta.

Por su alquimia fui mendigo siendo Rey;
perdí a su sombra mi fulgor particular
y fui verdugo de mis buenas aptitudes
sin más anhelo que su efecto “sin barreras”.

Asimilé su sensiblera manía re-pintora
de corazones desvaídos, pulcra entre lo viciado,
germinal en lo yermo, redentora de traiciones
y ‘seductora’ de cuanto irreversible desamor.

Ofrecí pecho y abrí brazos al desaire
de indiferencias que apuntaban con misiles
en iluso afán de disuadirlas: ofrecida mi diestra
y en la zurda, conmovido mi sólo corazón.

Y me arrastré por la bajeza impersonal,
por la ponzoña de la ajena intolerancia
y fui infeliz de departir con el vacío...
hasta que un día tu intuición me lo llenó.



Poeta

Poemas :  Os lados do poeta
Os lados do poeta
Gosto de mostrar
o lado “nulo” do poeta.
O lado perdido,
o lado “exercício”...

Gosto de dizer
que poesia é um vicio.
Quando não uso uma,
meu dia está perdido.

Gosto de mostrar
o quanto fico envolvido.
Para mim, sem envolvimento,
não dá.

Gosto de sonhar...
De escrever à revelia.
Na verdade, eu vivo
e morro na poesia.

A.J. Cardiais
imagem: A.J. Cardiais
Poeta