Folhas de Outono caindo Nasce o Inverno, então A Primavera vai florindo Morrem os campos no Verão.
Cá do alto do castelo A minha vista se dispôs Em redor deste Estremoz Vendo tudo tão belo E pela escrita revelo Aquilo que vou sentindo Com os meus olhos sorrindo Por qualquer fase do ano Vendo ao sol alentejano Folhas de Outono caindo.
Folhas tais as que escrevo Que me não as leve o vento Ou se vai o meu alento E tudo perde o relevo. Tal sentimento que levo É o das folhas que vão Mas já paradas no chão Jazem molhadas à espera Porque o Outono já era Nasce o Inverno então.
Então dono da esperança Deste povo ansioso Que te quer longo e chuvoso Ansiando pela bonança Um desejo de mudança Que se quer evoluindo A Deus se vai pedindo E às quatro fases da lua Porque a vida continua A Primavera vai florindo.
Quanta vida numa flor Grande dom da natureza O nascimento é uma beleza Dar a vida é puro amor. Mas não há vida sem dor Nem há bela sem senão Não está na nossa mão Nem somos donos da sorte E como não há vida sem morte Morrem os campos no Verão.
tavico
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Poeta
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