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Não gosto do poema técnico. Gosto do poema sentimento; da dissertação do momento que o poeta passa, embaralhando-se pela vida.
Não gosto do poema mente. Gosto do poema alma. Gosto do momento que um poema acalma, acendendo uma luz para o desconhecimento.
Gosto do poema nuvem, que faz o povo olhar para o céu. Gosto do poema vento, porque refresca a mente do povo, mesmo por um momento.
Não gosto do poema forçado. Desses que é obrigado a conhecer sobre “estrutura”. Gosto do poema sem altura, sem largura e sem censura.
A.J. Cardiais 15.11.2013
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Poeta
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Sem procurar ser chique, meu poema sai num clique; num estalo de pensamento.
Meu poema vem como um vento: às vezes forte, às vezes lento.
E nisso ele pode estar acendendo brasas, apagando fogo ou criando asas.
A.J. Cardiais 04.03.2016
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Poeta
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Abraço este momento, à espera de um vento de inspiração...
Para meu azar, vem um "ventão" e sopra a inspiração pra outro lugar...
Desesperado, procuro rimar aleatoriamente...
Mas o poema sente cheiro de falcatrua, então fica "na sua", deixando-me sem ingrediente.
A.J. Cardiais 16.09.2017
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Poeta
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A poesia é um sentimento que o poeta coleta no vento. Vem como um perfume ou como um vagalume fora da noite.
A poesia é como um açoite em determinados momentos da vida. E o poeta, como bom escravo, nunca fica bravo: transforma numa coisa divertida esta labuta.
Poesia é como capoeira: hora é arte, hora é dança, hora é luta.
A.J. Cardiais 23.01.2017 imagem: google
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Poeta
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Vivo a poesia catando palavras pelas ruas, junto com meu sentimento.
Esta areia que passa, escorraçada pelo vento serve, junto com o cimento, para minha construção.
Então meto a mão na obra: meço bem as palavras, para não ficar sobra.
É uma luta, misturar a palavra bruta, com o cimento da razão...
Faz calos na imaginação.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Não sei se nesse mundo imenso tem alguém pensando como eu penso agora...
Não sei se nesta hora tem alguém fazendo um poema macilento.
Não sei se neste momento tem alguém se deixando levar ao sabor do vento,
ou deixado a mente divagar lá fora, como eu estou fazendo agora...
Eu não sei...
A.J. Cardiais 08.09.2010
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Poeta
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Tudo em mim fervilha poesia... Tudo em mim centelha poesia: é o vento que me açoita ou me acaricia, a luz da noite, a luz do dia, os sons da urbe et orbi.
Tudo em mim cheira poesia: roupas nos varais, Ave Maria, ”galos, noites e quintais”... (Belchior)
E se for falar onde está a poesia, eu varo a noite, varo o dia e talvez não mostre nada... Mas sempre existe sua luz em cada estrada.
A.J. Cardiais 27.12.1996
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Poeta
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Não sei se a noite esfriou, ou se é a falta de amor que está me congelando. Não consigo nem sonhar...
Sinto-me perdido, preciso me encontrar... Mas como me encontrar, nessa escuridão?
A falta de amor deixa a mente turva... A felicidade vai aonde o vento faz a curva, e sopra para o deserto...
E você tão perto, não consegue escutar o meu coração.
A.J. Cardiais 06.09.2010 imagem: google
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Poeta
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Quero continuar existindo nesta casa pequena, com esta vida amena e esses quadros cafonas na parede...
A minha rede é este horizonte aveludado. Onde me deito quieto, calado, escutando a voz do vento quando passa assanhado.
O meu perfume é o de brisa do mato. Só uso quando visto o lume das estrelas, e saio para brincar com os astros.
O resto é sonho.
A.J. Cardiais 03.11.2010 imagem: google
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Poeta
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O vento, que é o ar em movimento, movimentou uma saia rodada...
A você não diz nada, porque você não viu quando a saia subiu. Que poesia...
Ela baixava um lado, o outro subia. E o vento, fazendo arrelia, pelas frestas vaiava:
UUUUUUUUUUUUU!
E eu, pedindo bis, aplaudia.
A.J. Cardiais
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Poeta
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