Venha, desvende o meu mistério... Sou e não sou um homem sério. Sou um jovem velho. Sou um adulto criança que não cansa de brincar com a vida.
Eu sou guarida, sou abrigo, sou afago. Às vezes sou profundo, às vezes sou vago...
Às vezes levo a vida, às vezes me largo e deixo que ela me leve. Vou vivendo de amor...
Amor à tudo: Amor ao mundo, amor à natureza, amor à beleza, porque belo é a maneira de olhar a vida.
Belos são seus olhos quando me olham desejando-me, devorando-me, saboreando-me...
Belas são as mulheres, que são todas belas só pelo fato de ser mulher...
Venha, penetre no meu segredo que eu não tenho medo: sou um livro aberto.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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