Poemas :  Um quase nada
Eu nunca quis ser certo...
Nem de longe,
nem de perto.

Eu nunca quis ser nada.
Nem caminho,
nem estrada.

Eu nunca quis ser muito.
Eu, que poderia ser tudo,
hoje sou
um quase nada.

A.J. Cardiais
09.12.2011
Poeta

Poemas :  Desinteresse
Tudo é um vazio:
todo céu
todo chão
todo cio...

Tudo um ócio,
um bócio,
um equinócio,
uma rima escrota.

Tudo numa roupa,
numa aparência...
A demência
é uma coisa louca.

Tudo uma exibição,
uma posição,
uma consumição
para uma vida pouca.

A.J. Cardiais
23.08.2011
Poeta

Poemas :  Poesia - união de tudo
Poesia - união de tudo
Experimento minha comida,
antes de ser servida...
Enquanto a poesia ferve,
procuro descobrir
para o que ela serve.

No meio das artes,
a poesia é a verve.
No meio da vida,
a poesia é tudo:
arma e escudo.

A poesia é o amor e a dor;
o sofrimento e a alegria;
a conservação e a ousadia;
o respeito e a agressão.

A poesia é a união
de tudo que há na vida.
Aliás, ela é a própria vida,
servindo aos artistas
como alimentação.

A.J. Cardiais
15.04.2011
imagem: google
Poeta

Poemas :  Meu Tudo
Meu Tudo
Você é meu tudo...
Queria escrever sobre isso,
porém não consigo.
Você é meu paraíso
e meu abrigo.

Mas também é
minha tempestade,
numa tarde
de domingo.

A.J. Cardiais
25/09/2012
imagem: google
Poeta

Frases y pensamientos :  O saber sem alma
Não adianta saber
sobre tudo,
entender de tudo
e não ter alma
para sentir
o TUDO.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  Antropofagicamente poético
A cidade engoliu o verde
que aqui havia,
deixando no lugar
montanhas de alvenaria.

O vento passa devagar,
a vida demora a chegar
(se é que há vida nesse lugar)
e a rima corta uma volta,
para se libertar.

Antropofagicamente,
absorvo tudo:
somo, incorporo,
faço um estudo...

A cidade é tão desumana,
quanto insana.
Tem gente que se engana,
porque gosta de se enganar.

A.J. Cardiais
03.01.2014

Do livro: Antropofagicamente Poético
https://clubedeautores.com.br/books/se ... C3%A9tico&sort=&topic_id=
Poeta

Poemas :  Um quase nada
Um quase nada
Eu nunca quis ser certo...
Nem de longe,
nem de perto.

Eu nunca quis ser nada.
Nem caminho,
nem estrada.

Eu nunca quis ser muito...
Eu, que poderia ser tudo,
hoje sou um quase nada.

A.J. Cardiais
imagem: a.j. cardiais
Poeta