A FRAUDE DE UM QUADRO
Seria fraude do pintor Ou seria tal pincel subordinado Para que atentasse à beleza deste quadro De mãos tremulas intermináveis Oculta em seu conteúdo duvidava... Causando um narcótico premeditado Sobre a exuberante obra do pintor Artista habilidoso, submisso e vaidoso... Subsecivo ao decifrar tamanha exatidão O seu pensamento inepto e inerte Incontrolável pela obsessão De um sentimento estranho Seria o tal insensato, entusiasta ou banal... Em seu conteúdo contestado A exposição dos amantes imaginários O rosto triste de uma criança que sorria O boêmio narciso na qual descansava Nos seios da mãe prostituída Um curioso milionário Não entendeu tamanha revelação Pois comprou a obra-prima sem explicação Na malicia do pintor Talvez estivesse a resposta Inconformado e impaciente O comprador questionou! Não o sorriso da criança Mas da mãe a visível apreensão Ao longe esta ouvira dizer Promessas de um político em ação... Replicou o comprador! Não vejo nenhum político senhor Treplicou o insolente pintor! Não reparou que todo político Esconde-se por trás de suas palavras.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli Maio de 2002 no dia 03 Itaquaquecetuba ( SP )
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Poeta
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