Poemas :  Sem amor, não dá
Estou tentando relaxar...
Estou procurando sinais
de poesia, no ar...
O dia está até bom, belo.
Mas não é isto que eu quero...

Também não me perguntem
o que eu quero,
porque eu não sei...

Eu, que muito já amei,
aproveito-me do passado
para rimar.

Eu quero é amar...
Eu quero é encher-me
deste combustível que é o amor,
e que não polui o ar.

É... Sem amor não dá.
Sem amor,
não há poesia que aguente.

A.J. Cardiais
09.12.2009
Poeta

Poemas :  Pecados meus de todo dia
Pecados meus de todo dia
Deixem-me cometer os pecados
que acho que são válidos
para meu existir...

Não quero magoar,
não quero ferir,
não quero roubar,
não quero extorquir...

Deixem-me chorar,
deixem-me sorrir...
Não quero nem imaginar
o que está por vir...

Enquanto eu não sei
o que será de mim,
deixem-me rimar a vida
da forma que aprendi.

Enquanto EU estiver aqui,
tento fazer de tudo
para tornar Esta Vida mais agradável...
Procuro ser maleável
e dobrar-me às discussões vazias.

Sei que mais dias, menos dias,
terei que parar de rimar a vida.
Então quero que esteja tudo bem
na hora da minha partida.

A.J. Cardiais
14.01.2010
imagem: google
Poeta

Poemas :  Sem ingrediente
Abraço este momento,
à espera de um vento
de inspiração...

Para meu azar,
vem um "ventão"
e sopra a inspiração
pra outro lugar...

Desesperado,
procuro rimar
aleatoriamente...

Mas o poema sente
cheiro de falcatrua,
então fica "na sua",
deixando-me sem ingrediente.

A.J. Cardiais
16.09.2017
Poeta

Sonetos :  Soneto fúnebre
A segunda feira altera
a minha agonia...
Onde estás, poesia?
Minha alma se desespera.

Não adianta rimar,
esperando solução.
Onde estás, inspiração?
Em algum lugar...

Fico a divagar,
neste mar de informação,
sem nada encontrar...

Estou vivi, porém absorto.
Para quem vive de ação,
parece que estou morto.

A.J. Cardiais
16.09.2017
Poeta

Sonetos :  Mar e mato
Mar e mato
Naquele mar...
Naquele mato...
Com este ato,
eu quis rimar.

Rimei
remei
passeei...
Me perdi.

Caí no mar,
saí no mato.
Sonhei...

Ao imaginar o fato,
de estar no mar,
e no mato, acordei.

A.J. Cardiais
22.02.2011
Poeta

Poemas :  Mar & mato
Mar & mato
Naquele mar...
Naquele mato...
Com este ato,
só quis rimar.

Rimei,
remei
passeei...
Me perdi.

Caí no mar,
saí no mato.
Sonhei...

Ao imaginar o fato,
de estar no mar
e no mato, acordei

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  No presente
No presente
Hoje eu penso assim:
desse modo.
Amanhã não sei
como pensarei.

Nunca me programei,
nunca me projetei.
Na verdade, nunca rimei
minha vida com nada...

Se eu tivesse me preocupado
em rimar,
talvez hoje eu fosse
“alguma coisa melhor".

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Na correnteza
Na correnteza
Preciso concentrar-me mais...
Preciso arregaçar as mangas do poema
e botá-lo para lutar
contra as injustiças sociais.

Meu mal, em mel se fez.
A minha indignação ficou para trás.
A minha fome feroz de tudo,
esbarrou num sem fim de mundo
e ficou brincando de rimar...

Eu deixei de sonhar
e parti para o estudo.
Perdi-me no sem fim de mundo
e voltei com cara de tacho...
E agora, onde me encaixo?

Solto este poema na correnteza,
e deixo que ele me mostre
o caminho.

A.J, Cardiais
Poeta

Sonetos :  Vivendo de brisa
Vivendo de brisa
Não consigo mudar...
Este defeito
em meu peito,
é de fabricação.

Não consigo mudar...
Tenho um coração
que gosta de rimar,
contra esta “evolução”.

Eu sou mais de amar,
de sonhar
e do momento.

Amo tanto o vento,
assim como o banqueiro
ama tanto o dinheiro.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Na correnteza
Preciso concentrar-me mais...
Preciso arregaçar as mangas do poema
e botá-lo para lutar
contra as injustiças sociais.

Meu mal, em mel se fez.
A minha indignação ficou para trás.
A minha fome feroz de tudo
esbarrou num sem fim de mundo
e ficou brincando de rimar...

Eu deixei de sonhar
e parti para o estudo.
Perdi-me no sem fim de mundo
e voltei com cara de tacho...
E agora, onde eu me encaixo?

Solto este poema na correnteza
e deixo que me mostre
o caminho.

A. J. Cardiais
Poeta