Cala-te Mundo! Já muito disseste E muito pouco é a verdade. Onde está a paz que prometes-te? Onde está o amor sem tréguas? Disseste, é verdade, que haveria guerras Mas nada fizeste para as evitar. Cala-te, cala-te por favor! Não firas mais os meus ouvidos Com falsas, sim, falsas promessas. Não firas mais tantos corações Que em ti confiaram, Não firas mais a esperança Que prometeste a tantas crianças E que hoje o seu teto sãos as estrelas. Cala-te, cala-te, não digas mais nada. O que prometeste foi só para alguns. Esses vivem em Palácios, Passeiam em grandes carros Navegam em Iates de grande luxo, Esses te agradecem as tuas promessas Mas Mundo, prometeste tudo à avessas. Cala-te Mundo, cala-te, não digas mais nada.
A. da fonseca
SPA Autor nº 16430
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Poeta
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