Sonetos :  Rimando devagar
Rimando devagar
Existo em meus poemas.
As minhas rimas
são pequenas,
para caberem em mim.

Existo mesmo assim:
um poeta “pequeno”.
Nos meus versos tem veneno,
que pode ser bom ou ruim.

Vou atravessando a ponte
que leva ao horizonte:
àquela “linha do mar”.

Vou "poetando" devagar,
porque correndo cansa.
Se há poesia, há esperança.

A.J. Cardiais
Poeta