Poemas :  Dentro do sofrimento
Dentro do sofrimento
Vivo dentro do sofrimento.
Vejo as drogas
substituírem o alimento.

Vejo pessoas tirando
seus sustentos do lixo.
Vejo gente vivendo
que nem bicho.

Vejo idosos "se virando"
para continuarem vivendo,
e políticos se aposentando
depois de poucos mandatos
e muitos "bons tratos"...

Como posso me calar,
vendo todos estes atos?
Minha poesia tem que falar,
tem que brigar...
Tem que relatar os fatos.

A.J. Cardiais
21.06.2011
Imagem: Google
Poeta

Sonetos :  In: justiça cega
Dona Justiça é cega mesmo...
Por isso não anda vendo
o que os políticos estão fazendo:
estão roubando a esmo.

Roubam do torto e do direito.
Roubam até do pobre!
Tiram níquel, vintém, cobre...
Roubam de qualquer jeito.

Eles só pensam em roubar.
E o povo, quando vai votar,
pensa que votou direito.

Mas basta o cara ser eleito,
para se mostrar “imperfeito”...
E não adianta denunciar.

A.J. Cardiais
22.04.2015
Poeta

Poemas sociales :  Poema do fundo do poço
Preciso fazer um poema
que mostre que estamos
no fundo do poço.

Preciso mostrar que o poeta
é de carne e osso;
não é um super-herói.
Ver o povo sofrendo dói...

Enquanto o país está afundando,
os políticos continuam roubando,
e o pobre do povo acreditando

que esse bando de ladrão
resolverá nossa situação...
Em qual encarnação?

A.J. Cardiais
26.03.2015
Poeta

Poemas :  Pra (S) acudir
Se eu ignorasse sobre os “sistemas”,
não saberia as causas
dos meus problemas.
Isso talvez doesse menos...

Eu queria rimar esta inflação,
mas o meu coração
me manda não acreditar
nos políticos.

São todos ridículos
quando chegam com a cuia
pedindo votos.

E agora, quanto eu valho?
Cesta básica um caralho!
(não posso perder esta rima virgem)
Tenho que desvirginar o orvalho,
enquanto seu lobo não vem)

Estou aqui para rimar,
e não para acudir ninguém.
Sacou?

A.J. Cardiais
28.04.2009
Poeta

Poemas sociales :  A criminalidade
A criminalidade
está tomando o poder,
e a sociedade
se tornando criminosa.

Temos que matar
para não morrer,
deixando a morte
cada vez mais poderosa.

As pessoas que representam as Leis,
foram corrompidas
e agora vivem perdidas
no meio desse temporal,
achando tudo normal...

A.J. Cardiais
21.03.2017
Poeta

Crónicas :  Escrevendo para as paredes
Escrevendo para as paredes
Fico procurando sobre o que escrever... Assunto é o que não falta. Mas acontece que eu tenho uma maldita preocupação com o futuro deste país. Não se espante por eu ter chamado de maldita, porque é maldita sim. Se é algo que me incomoda! E o que nos incomoda, só pode ser maldito. Quando vejo um bando de políticos corruptos, gananciosos e desumanos, “tomando conta” do país, e outro bando que se diz “politizado”, só esperando a oportunidade de se dar bem, fico injuriado e tento alertar o pobre do povo.

O povo... Mas que povo? O povo não gosta de política, o povo não gosta de ler, o povo só quer se entreter e esquecer da vida dura, ou da vida de duro. O povo já se entregou e acha que não pode fazer nada...
Quando vejo esses jovens idolatrando celebridades que só estão preocupadas com o glamour, com os holofotes e as capas de revistas, mas não dizem uma palavrinha sobre o futuro desses jovens, sobre o futuro do Brasil, eu fico injuriado. Essas celebridades podem até dizer que ajudam obras assistenciais, mas isso não muda nada... As obras assistenciais não assistem a todo mundo. Eu quero vê-las fazendo como os artistas da minha geração: Chico, Caetano, Gil, Vandré, Glauber... Eu quero vê-las mostrando a cara e falando para o povão: “Está tudo errado, vamos mudar esta situação. Não é este o Brasil que nós queremos”. Mas elas não vão fazer isso... Estão todas ricas, milionárias, de bem com a vida. Elas não vão procurar se indispor com os políticos... É a política da boa vizinhança: rico não incomoda rico.

Falando em se indispor com os políticos, eu vi o que aconteceu com o cantor Luis Caldas, aqui na Bahia, porque ficou contra ACM: ele foi condenado ao ostracismo. Se ele não tivesse talento e o reconhecimento dos colegas, teria “sucumbido”. Aí eu pergunto: que “democracia” é essa? E não se enganem não, porque filhos e netos de tubarões são tubarõezinhos. O povo fica alimentado essas “ferinhas”, na esperança de que elas façam do Brasil um “mar de rosas”. Se elas fizerem do Brasil um “mar de rosas”, elas vão comer o que? Apesar de comerem tudo que encontra pela frente, as rosas não servem para alimentar tubarões. E onde tem tubarões, o mar só fica é vermelho.

O título: Escrevendo Para as Paredes, é uma analogia ao que as pessoas dizem quando alguém está falando e ninguém está escutando: falando com as paredes.

A.J. Cardiais
imagem: google
Texto extraído do livro Mora, na Filosofia
Poeta

Poemas sociales :  Guerra fria
Guerra fria
Eles falam de guerra
como se vivêssemos em paz.
Acabar com esta guerra
todo mundo é capaz.

Eles pensam que a guerra,
são só canhões estrondando...
Mas a pior das guerras
é a que a gente vem passando:

São políticos roubando,
é o trânsito matando,
o desemprego assolando
e a violência aumentando.

A pobreza crescendo
e a tristeza logo atrás.
Ainda pensam em guerra...
Como se vivêssemos em paz.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas de desilusión :  QUE TE HAN HECHO TENERIFE
De un Tenerife querido
les voy a contar un poco,
como era y lo que ha sido
de su belleza ancestral,
que han logrado erradicar
tanto político loco.

Era mi Isla un encanto
de armonía natural,
cubierta de un verde manto
en montañas y barrancos,
desde tiempo inmemorial.

Del Valle de la Orotava
una vez dijo el gran Humboldt,
que era el lugar más bello,
no había otro en todo el mundo.

¿Saben que quedó de aquello?
Construcciones a mansalva.

!Ay Tenerife querido!
Como han rasgado tu piel.
Por autopistas herido.
Tus volcanes destruidos.

No hay nadie que ponga un “ pero”
y todo por un papel
al que llaman don dinero.

Se trata de construir,
si es en las playas, mejor,
hoteles y apartamentos.
¡Que bonito porvenir!
Así mantienen contentos
a tanto especulador,
que suelen comprar por ciento
y luego vender por mil.

El turismo es el futuro,
dicen ediles y alcaldes,
miro el paisaje y lo dudo,
si no hay nada que mostrarles,
¿Quién se va a tragar el bulo?

Y lo peor que ha pasado
es que no hay agricultores
sembrando las medianías,
los campos abandonados,
se ganan sueldos mejores
currando en la hostelería.

Se están destruyendo fincas
para hacer campos de golf,
meter la bola es mejor,
a la hora de la “trinca”.

Y yo digo¡Madre mía!
si el turismo se retira,
de que vamos a comer,
si no podemos volver
a cultivar lo que había.

Nos dejarán algo nuevo:
un parado en cada esquina
y apartamentos vacíos.

Y entonces... ¿qué hacemos tío?
Los llenamos de gallinas
y les mandamos los huevos.

Mel
Poeta

Crónicas :  Que Deus me perdoe
Que Deus me perdoe
Deus que me perdoe por escrever este texto. Mas quando a gente vê certas imagens, a gente fica se perguntando: Cadê Deus? O que foi que essas pessoas fizeram de tão ruim, para merecerem esse castigo? Por que Deus não toca nos corações dos milionários, não faz eles olharem para esta cena, e se apiedarem? Vejo os milionários gastando dinheiro com tanta coisa fútil. Não poderiam ajudar essas pessoas?

Uma vez eu vi, num programa de futilidades, o carro mais caro do mundo. Tratava-se de um carro (caro) coberto com diamantes. Eu acho que foi isso, porque eu não me interessei muito pelo assunto. Agora eu pergunto: Para quê essa idiotice? Isso faz o carro ser “melhor” em quê? É não ter como gastar a fortuna. Então por que Deus não toca no coração de um “miserável” desse, e o transforma numa pessoa caridosa? Ah, esqueci que Deus não se mete onde não é chamado. Tem algumas pessoas ricas que até fazem algumas “caridades”, em nome do Imposto de Renda.

Mas falando a verdade, não dá para entender o sentido da vida... A gente vê tantos políticos vivendo às custas da miséria do povo, e nenhum mal chega até eles. Nem da Terra, nem do céu. Nada lhes acontece. Eles passam por esta vida, ricos e felizes, sem nunca serem abordados por um AVC, por um DIABETES, por uma dessas doenças degenerativas, para que eles descubram o sentido da vida. Ou, com muita sorte para nós, por uma parada cardíaca fulminante, que nos livre deles de uma vez só. Mas isso não acontece com eles. Isso só acontece no meio da plebe.

Que Deus me perdoe mais uma vez, mas até parece que Ele protege os facínoras, os ditadores, os gananciosos... Porque esses caras não têm nada! E quando tem, o dinheiro logo os cura. Os caras estão destruindo vidas, destruindo o mundo e não recebem nenhuma “punição”. Isso é um péssimo exemplo para nós. O meu único consolo é achar que, quando eles chegarem “do outro lado”, eles pagarão com juros e correções monetárias todo mal que fizeram por aqui. Ninguém voltou para confirmar isto que eu estou falando, mas pensar assim já alivia a indignação.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Dentro do sofrimento
Dentro do sofrimento
Eu vivo dentro do sofrimento...
Vejo as drogas
substituírem o alimento.

Vejo pessoas tirando
seu sustento
do lixo.
Vejo gente vivendo
que nem bicho.

Vejo idosos "se virando"
para continuarem vivendo,
e políticos se aposentando
depois de poucos mandatos
e muitos "bons tratos"...

Como posso me calar,
vendo todos estes atos?
Minha poesia tem que falar,
tem que brigar...
Tem que relatar os fatos.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta