Vou apresentar aqui um poema sem sentido, que será subdesenvolvido neste gigante paraíso BRASIL de não sei quantos e quantos mil ou milhões de dólares ou de dores. Mas apesar dos dissabores continua juvenil:
A cada momento e a cada instante nasce ou morre um anjo e ninguém sabe e ninguém se preocupa com a gestante nem com a gestapo, só com o papo de encher a estante... Pois o livro a cada instante que sobe é mais um homem que desce e este pais não cresce com alucinações, nem acende seus lampiões nem ergue suas palafitas nem enfeita suas Marias Bonitas e continuamos nas sombras e nas sobras dos Romeus... Hó meu! Pisa neste chão, entregue-se ao samba-canção porque rock aqui é só o barulho do serrote quando entra em ação.
Hó meu! Por que não encara o "João e Maria"? Por que é nossa história e não tem sabedoria? É por isso? É por isso que fico mordido e acabo meu poema sem sentido.
A.J. Cardiais 02.06.1985
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Poeta
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