|
A noite chega com um perfume de inverno, apesar de outono.
Eu me abandono cravando olhares nas nuvens.
Um céu gris pede bis a esta interpretação.
Vejo nuvens encharcadas viajando carregadas de imaginação.
A.J. Cardiais 20.04.2012
|
Poeta
|
|
Nasci no outono... Estação das frutas. Talvez eu esteja no outono da vida. Quando eu estava “lá atrás”, nunca imaginei como seria quando estivesse aqui, agora.
Escutando uns clássicos da música erudita, medito: o que fiz da minha vida? Acho que fui como uma cigarra: só curti a vida. Nunca pensei no inverno.
Eu nunca seria uma formiga. Teria perdido a vida. No pouco ou muito da vida que me resta, eu continuo cigarra: ainda insisto em fazer festa.
A.J. Cardiais 31.03.2009 imagem: google
|
Poeta
|
|
Agora que nos amamos juramos amor eterno... Mas a primavera passa, o verão passa o outono passa e vem o inverno...
Vem o frio... O desafio de viver junto. Muda-se de assunto. Finge-se todo momento... Até que um pé-de-vento, põe tudo de pernas pro ar...
Como é, dá pra continuar? Vamos sentar, conversar, analisar... Estudar a situação.
Dá para consertar? Vamos tentar... Vamos tentar... "Respeito e compreensão é a base de qualquer relação".
A.J. Cardiais imagem: google Poema do livro Psicografando-me
|
Poeta
|
|
Ai quem dera que o amor fosse só primavera...
Com suas flores expostas a um sol leve, a uma chuva breve, só para refrescar...
E que depois o amor se transformasse em outono. Cheio de frutos maduros, para nos alimentar...
Viveríamos só de amor... Mas, vale a pena sonhar.
A.J. Cardiais
|
Poeta
|
|
Queria descrever o dia nesta manhã vazia de outono... O sol está clareando.
Não está esquentando minha casa fria. Sinto uma melancolia banhada pela solidão.
O rádio presenteia-me com uma canção do tempo da juventude.
Quis evitá-la, não pude. O passado não volta, jamais. Mais a lembrança sempre o traz.
A.J. Cardiais imagem: google
|
Poeta
|
|
Folhas de Outono caindo Nasce o Inverno, então A Primavera vai florindo Morrem os campos no Verão.
Cá do alto do castelo A minha vista se dispôs Em redor deste Estremoz Vendo tudo tão belo E pela escrita revelo Aquilo que vou sentindo Com os meus olhos sorrindo Por qualquer fase do ano Vendo ao sol alentejano Folhas de Outono caindo.
Folhas tais as que escrevo Que me não as leve o vento Ou se vai o meu alento E tudo perde o relevo. Tal sentimento que levo É o das folhas que vão Mas já paradas no chão Jazem molhadas à espera Porque o Outono já era Nasce o Inverno então.
Então dono da esperança Deste povo ansioso Que te quer longo e chuvoso Ansiando pela bonança Um desejo de mudança Que se quer evoluindo A Deus se vai pedindo E às quatro fases da lua Porque a vida continua A Primavera vai florindo.
Quanta vida numa flor Grande dom da natureza O nascimento é uma beleza Dar a vida é puro amor. Mas não há vida sem dor Nem há bela sem senão Não está na nossa mão Nem somos donos da sorte E como não há vida sem morte Morrem os campos no Verão.
tavico
|
Poeta
|
|