Poemas :  Ato contínuo
Gosto
quando escrevo algo,
e depois me embriago
com o que escrevi.

A poesia está ai:
no ato de se embriagar,
sem beber, sem fumar,
sem usar nenhum artefício.

Poetar não é um ofício...
Poetar é um vício,
difícil de explicar.

Tem poeta que ganha com isso.
Mas é um acontecimento.
Poesia não é um "invento"...

Poesia é um momento,
que poucos conseguem enxergar.

A.J. Cardiais
11.08.2018
Poeta

Poemas :  Catapultando palavras
A minha voz oculta
faz do poema catapulta
pra jogar palavras fora

A ideia que me devora,
quando encontra uma rima,
grita logo: mãos pra cima!
E toma a palavra na tora.

Ser poeta é uma tara
que não é qualquer um que encara,
por não ser um ofício.
Fazer poema é um vício.

A.J. Cardiais
25.04.2016
Poeta

Sonetos :  Poesia - arte e ofício
A poesia arte,
é um artifício.
A poesia ofício,
é uma profissão.

O poeta "anão",
faz poema por vício,
e faz sacrifício
para ganhar o pão.

O poeta astro
está tremulando no mastro,
para qualquer ocasião.

O poeta "peão"
está segurando no lastro,
para não cair no chão.

A.J. Cardiais
25.01.2017
Poeta

Poemas :  Catapultando palavras
A minha voz oculta,
faz do poema catapulta,
pra jogar palavras fora.

A ideia que me devora,
quando encontra uma rima,
grita logo: mãos pra cima!
E toma a palavra na tora.

Ser poeta é uma tara
que não é qualquer um que encara,
por não ser um ofício.
Fazer poema é um vício.

A.J. Cardiais
25.04.2016
Poeta

Sonetos :  Para morrer em paz
Para morrer em paz
Quando você ler
os poetas consagrados,
perceberá que não é pecado
cometer algum disparate.

Tudo isto dito com arte
torna-se um artifício.
Poetizar é um orifício,
que cabe em qualquer ofício.

Quando você ler,
você vai dizer:
ah, isso eu sei fazer!

Então porque você não faz,
para mostrar que é capaz
e assim morrer em paz?

A.J. Cardiais
15.09.2014
imagem: google
Poeta

Poemas :  Lamentable... (Experimental)
Lametable

En el azar de los posibles,
los valores grafican bifurcaciones,
originales deformaciones,
informes de límites homónimos,
homúnculos, montículos y detractores,
de la simbólica métrica esquelética,
el caminante remediar de los remiendos,
el reír, rígido, abiertamente.
¡Laberíntico y punzante!.
Mas, y más. ¡Cada vez, un mayor, menos!.


La
Menta
Ble, bla, bla.

¡Más inútil al menor mensaje!.
En primera fila,
de un total atónito, distónico, monótono.

¡Del recitado, ausente!.

De audiencia involuntaria,
el prosaico propósito.
¡Espolón de pirámides, laureado!.
El susurro, sumergido.

¡Imperturbable, la menta, ble del bla, bla!.
Con las arpas viudas,
del almíbar, por sembrar, artillerías.
¡Natural y coloquial!.
El teatro trágico,
las palabras entrecortadas,
rítmicos, énfasis, pausas escuchando.

Al sol, de manchas, críticas,
hilos, péndulos, recientes.

¡Omisión trabajadora, de disculpas!.
Un
Monarca
Oficio
De
Alcancía
De
Alcoba
Curvo.
Un traje usado,
del retorcido navegante,
del parásito zapato.
La menta, ble, del blá, blá.


Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez
Poeta