Sonetos :  MAMÃE.. ÉS A FLOR MAIS PERFEITA...


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MAMÃE..

ÉS A FLOR MAIS PERFEITA...

Como não poderia pensar em ti?
de seu jardim, brotaram frutos
dos mais variados verdumes,
com essências brumáticas.

Nesta vida para tudo ha um tempo
da espera, das ramificações, do amor
do reencontro como as nuvens azuis
neste seu olhar singelo que tanto amo.

Mamãe..amo seu sorriso meigo e singelo
amo sua maneira de ser tão bela, em flor
amo sua voz de veludo suave como o vento.

Amo quando lembro suas mãos que me afagavam
nas horas que eu não conseguia dormir [pelo cansaço]
e você Mãe...me embalava na rede a cantarolar.

___Como poderia esquecer você minha
Mãe querida?

Sempre em meu coração estarás como
meu eterno jardim floral de aromas infinitos.


ltslima

09.05.2019


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MAMA ..

Eres la flor más perfecta ...

¿Cómo no podría pensar en ti?
de su jardín, brotaron frutos
de los más variados verdugos,
con esencias brumáticas.

En esta vida para todo hay un tiempo
de la espera, de las ramificaciones, del amor
del reencuentro como las nubes azules
en su mirada sencilla que tanto amo.

Mamá ... su sonrisa tierna y sencilla
me encanta su manera de ser tan bella, en flor
amo su voz de terciopelo suave como el viento.

Me encanta cuando recuerdo sus manos que me frotaban
en las horas que no podía dormir [por el canguro]
y tú Madre ... me embalaba en la red a cantar.

___¿Cómo podría olvidarte de mí
¿Madre querida?

Siempre en mi corazón estarás como
mi eterno jardín floral de aromas infinitos.
Poeta

Poemas :  O gênio
Crucificaram-me de gênio...
É crucificaram, sim!
Porquê, uma vez gênio,
não posso fazer:

Água com açúcar,
feijão com arroz,
papai e mamãe...
Só tenho que fazer “genialidades”...

E agora José?
Perguntei ao Drummond.
Aí ele me respondeu:
O problema é seu
e não meu... Se vire!

Aí eu me virei...
E me travesti.
Me transcrevi
em duras linhas...

Fiz um monte de bobagem
para acabar com a sacanagem
de querer me “genializar”...

Mas não adiantou...
Até piorou!
É, eu sou mesmo “um gênio”...
Será que eu sou?

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas surrealistas :  A NECESSIDADE DE UM PORQUÊ
A NECESSIDADE DE UM PORQUÊ.

Dirceu Rabelo (será?)


Releio Nietzsche e me assusto mais uma vez.
Relaxo-me com um reconfortante Topamax.
Além de sua autêntica e profunda loucura
Em busca de explicações de coisas
Que ele próprio não sabia explicar,
Acusa os poetas (como ele), de serem filósofos.
.
E por quê? Porque formulam sempre porquês.
Diz ele: para um poeta, uma folha que cai,
Não é somente uma folha que cai,
Como um simples mortal a vê caindo.
Vem-lhe a dúvida.
.
Para o poeta, uma folha que cai
Pode ser levada pelo vento,
Ou arrastada pela correnteza do riacho,
Ou cair revoluteante à margem do regato.
.
E para Nietzsche a pergunta é, muitas vezes,
A antecâmara da dúvida.
Ou a dúvida, quem sabe, a antecâmara de uma pergunta?
Meio na dúvida, começo a concordar com Nietzsche.
Deve ser como partícula e antipartícula, afora o hífen.
Entenderam? Nem eu! Nem o antieu.
.
Tomo meu Seroquel de 100 mg, e fico parado,
Sistematizado, nesta dialética trágica,
Que me traz o tumultuário para minha mente,
Já bastante combalida.
.
Digo boa noite a Nietzsche, que permanece de pé,
Ali na cabeceira de minha cama,
Encaracolando com o dedo, seu bigodão,
Trajando uma vistosa farda de Napoleão.
E no peito, uma suástica, bem ao seu jeito.
.
Ele sorri para mim e ajeita a minha camisa de força.
E eu durmo como um anjo, louco, mas anjo;
Pensando ser poeta e, portanto, filósofo.
Que isso nunca chegue aos ouvidos de mamãe!
Poeta