Fujo e deixo nos meus rastros as mágoas o desamor o engano...
Fico tentando enganar-me com o nascimento de um poema, que abane o sofrimento e transforme-o em felicidade...
Sinto o desejo de igualdade caber em meu bolso, que apesar de roto, não vaza com os sofrimentos.
Os momentos serão meus orgulhos no centro desta estrada empoeirada...
Alheio à poeira que veste o meu corpo, torno-me mais um vagabundo, um andarilho, um João sem mundo.
A.J. Cardiais 02.06.1982
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Poeta
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