Quem vê beleza na favela, é porque sabe que nela mora um monte de rimas. E as obras primas dos barracos elevam a imaginação.
Quem vê a favela morta, sem respiração, não sabe onde é sua aorta, nem como pulsa seu coração.
Quem tem siso de glória, inventa uma porta bandeira. Quem tem no pé a rasteira, diz alô a sua história.
Quem mal reflete seu bucho, pode se dar ao luxo de querer tanta besteira. Tem na miséria a memória que o luxo é sua glória e se apraz com tranqueira.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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