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Fico a remoer este amor com medo de ser, com medo de não ser... Fico a ti querer como se quisesse uma lua.
Sei que existem naves e foguetes que poderão levar-me a ti. Mas temo em pedir carona.
Esta distância entre nós é tão curta como a luz dos astros. O que nos separa e nos distancia, é o pensamento.
A.J. Cardiais 07.01.1990 imagem: google
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Poeta
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Uma lua
[img align=right width=300]entre [/img] E majestosa, e silente, agudos concretos (sinfonia viciada de ais) fez-se presente, raro e encantado instante, tanto quanto, em maravilhosa humildade, bandeira desfraldada, ao simples, e natural, segundos de alegria, e gratidão, pela permissão de presenciar. Rapidamente o concreto a venceu, restando seu brilho, impressão digital, no olhar do mundo.
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Poeta
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Quando você sai, é como apagar a luz, ou como desligar o som: eu fico sem.
Sou uma garrafa atirada no mar: fico à deriva, à mercê da correnteza.
Quando você sai, minha poesia chora, cai chuva lá fora,
O relógio perde a hora, o dia pra passar demora... Depois que você vai.
A.J. Cardiais
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Poeta
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A lua me irradia... Ela não está pedindo que eu lhe faça poesia.
Ela está pedindo para eu soltar meu lobo e sair uivando para ela.
Hoje ela está amarela, e quer plateia.
A lua convoca a alcateia para ficar uivando à sua passagem.
A.J. Cardiais
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Poeta
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A lua torta, rima com a porta entreaberta.
A lua encoberta, escurece a estrada morta...
A rua ficou deserta.
A. J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não quero falar da lua só porque ela vive nos iluminando. Não quero falar da chuva só porque ela vive nos banhando.
Não quero falar do sol só porque ele vive nos aquecendo. Não quero falar do vento só porque ele vive nos refrescando...
Eu quero falar da VIDA. Da vida que eles dão às nossas vidas.
Da vida que lhes tiramos com nossas poluições. Da vida que está morrendo por culpa da nossas ambições.
A lua, a chuva, o sol, o vento, são Natureza. E Natureza é VIDA.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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PROCURO-ME
Me olhas com teus olhos de sombras Nesta noite de fria lua Quando ninguém mais diz meu nome, por quê?!... Fui um sonho? Onde eu mesma Chamei por mim durante as noites E não havia nada além do silêncio E das tempestades que açoitavam as janelas Destruindo as palavras escritas no vidro?! Agora é proibido sonhar. Não sei onde estou. Não sei onde me cortei... Só vejo meu sangue escorrendo e angustia doce E silenciosa que chegou com a aurora. Tudo virou pó. No deserto as palavras escritas em pó de ouro Tornaram-se palavras de areia Aprisionadas em gotas vermelhas Do vidro derretido Perpetuando a minha figura ausente Na lamina fina e quebradiça Desta solidão feita de vidro. PROCURO-ME
Me olhas com teus olhos de sombras Nesta noite de fria lua Quando ninguém mais diz meu nome, por quê?!... Fui um sonho? Onde eu mesma Chamei por mim durante as noites E não havia nada além do silêncio E das tempestades que açoitavam as janelas Destruindo as palavras escritas no vidro?! Agora é proibido sonhar. Não sei onde estou. Não sei onde me cortei... Só vejo meu sangue escorrendo e angustia doce E silenciosa que chegou com a aurora. Tudo virou pó. No deserto as palavras escritas em pó de ouro Tornaram-se palavras de areia Aprisionadas em gotas vermelhas Do vidro derretido Perpetuando a minha figura ausente Na lamina fina e quebradiça Desta solidão feita de vidro. [img width=300]http://www.athanazio.com/wp-content/fotos/vermelho%20no%20escuro%202.jpg[/img]
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Poeta
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