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Não forço nada... Nem a palavra encantada, adorada, desejada, salve, salve.
Sigo uma estrada sinuosa, uma rosa, uma prosa, uma conversa fiada.
Tenho uma letra afiada, para língua maliciosa.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Escrevo o que brota... Sou o mal educado que, quando arrota, tenta transformar em poema.
Sou o tecido que amarrota, e precisa ser passado para comparecer bem comportado.
Tenho o pecado das letras, o olho nas gretas, e a língua solta...
Sou o soneto caído, o poema perdido, a poesia torta.
A.J. Cardiais 31.08.2011 imagem: google
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Poeta
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Tem uma língua solta que vive na minha boca sem nenhum compromisso. Se alguém diz que é aquilo, ela diz que é isso.
Tem um verso rasgado que vive ao meu lado me dando guarida. Diz que é meu protetor e também minha vida.
Tem uma poesia torta que vive atrás da porta para ninguém lhe enxergar... Quando alguém a descobre, ela quer voar.
Tem de tudo, igual uma feira. Tem um monte de tranqueira sacudindo a poeira na casa da poesia. Alguns acham que é besteira e outros que é filosofia.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Juro que não faço questão de ostentar o título de poeta se ser poeta for somente esta exibição vazia...
Eu tenho, na poesia, uma língua afiada. Não corta, não fura, nem nada. Mas fere, quando denuncia.
Eu não aguento ver meus irmãos de barriga vazia e os hipócritas no poder...
Isso me causa furor. Por isso costumo dizer: Poesia não é só falar de amor.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não forço nada... Nem a palavra encantada, adorada, desejada, salve, salve.
Sigo uma estrada sinuosa, uma rosa, uma prosa, uma conversa fiada...
Tenho uma letra afiada, para língua maliciosa.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Juro que não faço questão de ostentar o título de poeta, se ser poeta for somente esta exibição vazia...
Tenho, na poesia, uma língua afiada. Não corta, não fura, nem nada. Mas fere, quando denuncia.
Não aguento ver meus irmãos de barriga vazia e os hipócritas no poder...
Isso me causa furor. Por isso costumo dizer: Poesia, não é só falar de amor.
A.J. Cardiais
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Poeta
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QUERO (José Antônio Gama de Souza-Balzac)
Não quero falar por metáforas Não quero falar por parábolas Não quero falar por sofismas Não quero falar por fábulas
Quero falar com a língua E que ela seja muito mais Do que futilmente, palavras
Quero falar com palavras E que elas sejam muito mais Do que simplesmente a língua
Não quero saber de eufemismos Não quero saber de semânticas Não quero saber de modismos Não quero saber de retóricas
Quero a poesia clara Dos teus olhos e da alma E do amor sem complexo
Quero penetrar no teu âmago Com franqueza; e com calma Absorver o teu sexo
Não quero ser moderado Não quero ser literato Não quero ser complicado Não quero ser emblemático
Quero me intimidar Quero me enfraquecer Quero me subordinar Quero me enternecer Quero falar com o tato Quero saber com o ato Quero ser mais com o fato De escancaradamente amar... Com a língua de novo Com a língua do povo Com palavras plenas Ruidosas, amenas... Render-me, é o que espero E sem culpa, dizer: Amo-te amor, eu te Quero!
Leopoldina, MG.
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Poeta
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