Poemas :  Nossas drogas
Não é só acabando com a fome,
que nós vamos melhorar o mundo...
Nós temos que acabar com as drogas
que estão embutidas
em nossas vidas:

A droga do ódio
a droga da ganância
a droga da inveja
a droga da ignorância
a droga da vaidade
a droga do ciúme
a droga da discriminação...

Talvez,
se não tivéssemos dentro de nós
todas essas “drogas”,
as DROGAS “pesadas”
não tivessem vez.

A.J. Cardiais
03.03.2011
Poeta

Poemas :  Manual da ignorância
Ignorar é não saber...
Então procuro ignorar
tudo que não vai me melhorar,
ou me dar algum prazer.

Ignoro quem me ignora,
ignoro a ignorância,
ignoro a ganância,
ignoro o exibicionista,
ignoro o machista
e a feminista
(tem que ser meio termo),
ignoro quem usa terno,
ignoro o inferno,
o político ladrão,
o homem "valentão"...

Ignoro a "esperteza",
a safadeza
e quem agride a natureza.
Ignoro, ignoro, ignoro...
O que não ignoro,
com toda certeza,
eu devoro.

A.J. Cardiais
07.10.2016
Poeta

Sonetos :  Desaconselhável
Não tenho solução para o mundo...
Aliás, não tenho nem conselho.
A vida é um eterno estudo,
a vida é um espelho.

Mire-se nas montanhas,
e veja a ganância
penetrando suas entranhas,
por pura ignorância.

Vivem à procura do ouro,
e destruindo nosso tesouro:
destruindo nossa vida.

O que é nossa vida,
sem a natureza?
Reparem que toda beleza

está sendo consumida
pela avareza.

A.J. Cardiais
22.10.2016
Poeta

Poemas sociales :  Mortos vivos, vivos mortos
O que é viver?
Tem gente que tem tudo,
e não se sente feliz...

Fica aspirando
uma "carreirinha de giz",
para se iludir
de que é feliz.

O que é morrer?
Tem tanta gente morta
nesta vida infame...

Eles se agarram ao poder
ou ao nome,
e não vivem nada,
além da ganância.

A.J. Cardiais
13.10.2010
Poeta

Poemas sociales :  Ganância e Destruição
O que está destruindo o mundo
é a ganância do homem
que caminha para um poço
sem fundo.

Quem tem muito, mais quer ganhar,
para gastar
com bobagens.
Tem pessoas ricas
que são piores que os selvagens.

A.J. Cardiais
27.07.2015
Poeta

Poemas :  À deriva
À deriva
Sou um barco à deriva
dando viva
à liberdade.

Sou a necessidade satisfeita.
Sou o amor quando se enfeita
para fazer caridade.

Sou a vontade
de transformar o mundo,
mostrando que o vagabundo
é que está com a verdade.

Chega de maldade,
chega de ganância...
Toda esta vaidade
leva-nos à última instância.

A. J. Cardiais

imagem: google
Poeta

Poemas de naturaleza :  OS INCONVENIENTES DE SER RIO
OS INCONVENIENTES DE SER RIO
Dirceu Rabelo

Nem cismavam as gretas de pedras
Das serras de Diamantina
Quando começaram a parir
As águas do Rio do Peixe
Que as dores do parto
Não terminariam ali
Segue seu filho bastardo
Lambendo o lodo das pedras
Engrossando seu leito preguiçoso
Serpenteando feito gari
Lavando areia aqui e ali
Levando com os sedimentos
Os preciosos frutos da ganância
Purificando a alma do Serro
Ressurgindo em Alvorada
Ali sendo estuprado pelo garimpo
Que ralam seus barrancos sem dó
Irrompendo em Dom Joaquim
Onde para incrédulo!
Aqui, um grande minerossauro
Fuça suas margens
Bem onde ele é deflorado
Pelo desalmado e fedido Rio Folheta
Fecharam questão!
Vão levar suas águas para o mar
Com canudões, em sucção
Por outros caminhos
Que não os normais
Quanta maldição!
Mas, suas águas não vieram do mar?
E para lá não estão indo... Naturalmente?
Por que não deixam?
Fecharam questão (já não foi dito?)
Mas, o que restar do rio (se restar)
Continuará agora
Cambaleante como um bêbado
Mais magro, mirrado
Coitado, malgrado progresso
Desaguando quase seco
No Rio Santo Antônio
Triste sina ser rio
Onde riem de seu
Líquido estado de ser.
Poeta

Poemas :  Bella nada
BELLA NADA

Con la escritura fuiste.
El qué siempre tuviste al...
Fin... De querer ó no querer.
De saber de los abismos,
y tener la fuerza en la batalla.
Acceso... ¡Sólo amenazado por la muerte!.

Al cenit dorado del que desciende.
¡Sí los dulces dones siente!.
Mismo hirviente carmín viviente.

Auténtico en la fatiga.
El rostro firme alumbra.
Interior de solitaria calma.
Habla y respira. ¡Sólo al fértil suelo!.
Su cielo del arte humano.
Lenguaje a veces infructuoso.

Interior de mil manantiales plumas.
Pérdida de suavísima ternura.
O los cielos evaporados.
¡Vibración, valor y flama!.

Unión del vacío en la piedra.
Invisible___Arena__Deslumbrante.
Fuerza___Veloz__Profunda.
¡Incontenible!. ¡Es la esperanza!.

Permitirá del negro ataúd salirse.
El arcano infinito. ¡Eterno!.
Resultado del romper cada cadena.
Buscando el sublime ser sólo sí mismo.

Con el fin de tener.
Acceso. ¡Al sí mismo!.
Auténtico el interior habla.
Su
Lenguaje.

Interior, pérdida ó ganancia
O vibración. Sin valor. Valiosa.
Es en la flama. ¡El solo fuego!.

Nada importa. En el todo estamos.
¡Visibles en el vacío!.
¡Invisibles en la esencia!.
Solo con la fuerza.
Cada arena hace su playa.
El océano en una gota.
En la unión.
¡Con el pensamiento el alma!.

En
La
Vez de cualquier jamás.
En la voz del infinito.
¡Una vez, cualquier vez!.
¡Cuándo del yo se desprende alegre!.
Deja de ser el yo.
Y en el todo. Es... Infinito eterno.
En el ser de sí... ¡Qué nada es!.
La bella nada... Nada bella.
Ella desnuda... Cada nudo!.

¿Qué nada es?... La nada continua,
de los frágiles atavíos espuma,
de rayos dormidos bajo los soles,
solo sombras por la ventana,
negros hoyos celestes, que la cabeza,
crea y la mano defienda del rumor,
la tela fría del hilo una plata,
desnuda, archipiélagos, cuchillos,
ataduras de balas hipocampos.

Nada llega al fondo ahora, robado,
y burlado sobresalto el corazón,
entre los pueblos, el sonoro,
sufrimiento dentro de los antiguos,
piratas rabiosos en la razón,
ausentes de cabo a cabo, los bancos,
mesas, sillas, arrastrando millares
en la nada muertos mañanas.

La
Nada
Bella
Nada bella y desnuda cada nudo.
Cuando la bella, nada, desnuda.
¡Bella nada... Bella nada... Ella!.

En la nada cuelgan los labios negros,
y el joven de los hisopos, agujas,
de goma con el sabor de los domingos.

Inauditos, increíbles iris,
ecos de peces en tropeles embriagantes,
en la isla de cada araña, un dedo,
salado vuela el egoísmo adormidera,
le vende cualquier pecado,
y su perdón alado...

En
La
¡Bella nada, qué nada, bella la nada!.


Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez
Poeta