Nada de novo no front... A batalha do dia a dia começa com esta monotonia, com este fazer de coisas que não cabem na minha poesia.
Tudo é rotina nesta sentina imaginária, que eu criei. Fiz um verso e, sentei.
Estou no trono dos destronados. Sou um rei desafortunado. Sou poeta dos descamisados O meu batalhão é de ilusão. Todos sonham acordados.
Lá se vão os coitados... “Bandeira branca enfiada em pau forte”... Eu digo isso porque sou um cara de sorte.
A minha meta não tem sul nem norte. Tem um amor encravado nas entrelinhas.
A minha dor é ver o que esse povo sofre e nada poder fazer.
A. J. Cardiais
imagem: google
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Poeta
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