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Acordo e penso: meus poemas são pequenos, diante da imensidão de palavras...
Procuro uma que não consta na boca de um qualquer. Mas uma rima me vem logo. E rima, vocês sabem, é como mulher: Você ama, e manda ver...
Fujo de muitas situações para economizar espaço. Porém o espaço é esse mesmo. E para este poema só coube um laço: enforcar-me-ei com ele.
A.J. Cardiais 15.10.2010
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Poeta
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Deixe que o Poema o escolha como porta voz... Não lance os anzóis para pescar qualquer traço... Não faça um mundo falso.
Procure, medite, estude... Construa seu espaço. Depois, parta pra luta. E aquele abraço.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não consigo fazer poesia como eu gostaria... Tem uma coisa que me prende e só abre este espaço.
Este é o meu traço este é o meu laço este é o meu passo...
Talvez seja assim mesmo: Se eu fizesse do jeito que gosto, talvez não gostasse.
Então eu faço do jeito que posso o meu traço, o meu troço.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Vou alçar voo sem rumo... O espaço não precisa de setas. E no espaço não preciso de regras, para soltar-me em “Cabos Canaverais”.
Não preciso dos sinais terrestres, que me indiquem uma direção. Quero tão somente a “amplidão” da mente:
A minha, a sua, a de quem se aventurar a não contrair dívidas com o mundo “concreto”.
Sem “por quês”. Pois nem tudo tem explicação ou lógica.
A.J. Cardiais 30.07.1989
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Poeta
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Eu sou a poesia nua... A poesia das ruas, do tempo e do espaço.
A poesia do contágio de quem vive o mundo poético.
A poesia do cético, que quer dissertar o seu mundo como é.
A poesia do "dotô", que mal sabe ler, mas dá aula de filosofia.
A poesia que não atrapalha e não traz no seu bojo um monte de tralha.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Até quando o amolador de tesouras, amolará as tesouras e os nossos ouvidos com sua gaita?
Tesouras de aço vararam o espaço cortando tecidos podando unhas, tosando cabelos, desmazelos, censuras...
Que loucura! E agora? Cegaram...
Oftalmologistas, deem um jeito nas tesouras para que elas não ceguem mais! Ora, vá amolar o satanás!
A.J. Cardiais 29.11.1989 imagem: google
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Poeta
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Deixe que o poema o escolha, como porta voz. Não lance os anzóis, para riscar qualquer traço... Não faça um mundo falso.
Procure, medite, estude... Faça o seu espaço. Depois, parta pra luta...
E aquele abraço.
A.J. Cardiais
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Poeta
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No princípio, apenas Deus, nada mais, mais nada havia. Na eternidade do espaço o tempo não transcorria. De nada valia o espaço. De nada o tempo valia.
Deus – o Supremo Senhor do tempo - todo esse espaço desde sempre percorria. Sonhava um novo universo que outro antes deste, por certo, pleno de luzes teria.
A vida – esse dom sublime – por Ele e n’Ele vibrava, dava ao Nada algum sentido. Fazia lembrar um quadro distante das mãos do artista e ainda descolorido.
Pois que a noite dominava, até que o bom Deus com arte, amor e sabedoria, fez eclodir de entre as trevas esplêndido sol, gigante, ao qual chamou “Luz do dia”.
Surgiu, assim, a matéria, como a lava incandescente no interior de um vulcão. Estrondo intenso deu corda ao tempo – o relógio eterno. E o espaço ocupou-se, então.
Novas estrelas e mundos e, dentre eles, o nosso recebem a luz da vida. Pródiga, a natureza faz da Terra a jóia ímpar que Deus, o Ourives, lapida.
E sem que saibamos como, nem para que, nem por que chegamos e d’onde viemos, ao escrever nossa história, outros pequeninos deuses orgulhosos nos fizemos.
O belo planeta azul é o lar-escola que herdamos. Malgrado sofra os reveses do homem dominador, devemos confiar, crianças, que nos governa o Senhor.
(Da coletânea de Sergio de Sersank)
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