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Tem algumas coisas que eu fiz, pensando em ser feliz, que hoje me arrependo...
Mas também tem coisas, que eu não fiz, e me arrependo de não ter feito. Isso é virtude ou defeito?
O que eu fiz, hoje sei o resultado. Mas o que eu não fiz, nunca saberei como seria.
Existe um proverbio oriental, que diz o seguinte: "A dúvida, é pior que o erro".
A.J. Cardiais 14.07.2018
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Poeta
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Estou tentando consertar a minha vida... Mas para alguns erros, não existem consertos.
Fui negligente com o tempo. Não observei os sinais. Segui apenas o instinto: viver! Então vivi, e nada mais.
Vivi, vivi, vivi... Agora estou aqui, procurando os velhos sinais. O tempo é bom, mas não volta... Jamais!
Não adianta alguém tentar voltar atrás... Tudo será apenas um recomeço. O que foi, foi... Não volta mais.
A.J. Cardiais 31.07.2004
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Poeta
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Não quero acordar ninguém, para os desconfortos da vida. Nem quero ir para o além, sem ter minha alma evoluída.
Não quero me queixar de nada... Eu já servi à pátria amada, ora pro nóbis, ora pro nóbis, e desfolhei a bandeira com toda certeza de quem sabia.
Eu já amei Maria, e joguei rimas para o ar... Não quero nem lembrar dos palavrões que eu dizia, gritando para todos: isto é que é poesia!
Já fiz poesias tolas, e continuo a fazê-las... Não importa ter rima "rica", dentro de uma ideia "pobre".
A.J. Cardiais 20.10.2009 imagem: google
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Poeta
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Você só vive reclamando de coisas que fiz de errado, num passado bem distante. Não foi ontem, porque ontem também é passado, mas está próximo.
Ora, o passado não muda nada. O passado, na estrada, é como olhar pelo retrovisor. Pois se você não sabe, a vida é uma estrada só de ida.
A vida não tem contramão, para mudar a direção... O que perdemos no passado deve ser posto de lado. Ou só deve ser lembrado, para nos ensinar.
Se não temos como voltar para recuperar, o jeito é continuar e prestar mais atenção no que pode vir a acontecer.
Se a estrada da vida está esburacada, você não deve correr... O passado serve para se precaver e seguir em busca do futuro até morrer.
A.J. Cardiais imagem: Google
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Poeta
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Vou começar este texto pedindo desculpas aos leitores que, às vezes, tropeçam em alguns erros no transcurso da escrita. Explico: quando estou escrevendo, saio atropelando tudo: língua, palavras, gramática, concordâncias... Tudo! É uma corrida maluca, onde eu quero chegar ao fim logo, para não perder a ideia no meio do caminho. Porque, quando a gente perde a ideia, a gente perde um tempo enorme procurando porque foi que resolveu escrever o texto. A gente perde o principal do texto: o motivo. Eu pelo menos sou assim: só escrevo motivado por alguma coisa. Parece que fui picado por alguma coisa, aí começo a coçar... Ainda bem que eu escrevi um texto intitulado “Escrever e Coçar, é só Começar".
Até aqui ainda não estou perdido, mas juro que já estou procurando olhar para onde é que estou indo. É justamente quando começa essas preocupações, que a gente se perde. Imaginem se a gente for ficar procurando a concordância mais perfeita etc. É aí que a vaca corre para o brejo, e a gente vai atrás. Vocês já devem ter percebido que, a essas alturas, eu já estou correndo atrás da vaca, não é? Pois estou mesmo. Perdi a faixa de sinalização. Só que eu não quero ficar parado, procurando, porque pode ser pior. Vou seguindo pelo brejo mesmo... Quem sabe lá adiante eu não encontre uma estrada asfaltada?
Estou no brejo e me lembro que eu já li alguns romancistas dizerem que, às vezes, os personagens criados por eles eram quem conduziam as próprias falas. Como aqui o personagem sou eu (ou não?), eu tenho que procurar um jeito de chegar ao fim de qualquer maneira... Vou ficar enrolando até o “motivo” voltar. Quem se arriscar em ler que engula esta xaropada ou então bote fora. Nessa brincadeira de enrolar, o “motivo” já piscou três vezes, e eu o perdi...
Piscou! O “motivo” é este: se eu for ficar parando para verificar se está tudo certo, eu não chego ao fim. Aí acabo perdendo a motivação, deixo para depois e não acabo nunca. Como eu disse: saio atropelando tudo e só deixo para dar uma revisada quando acabo. Dou umas duas revisadas, vem o fogo de ver o texto "no ar", então acabo postando. Não consigo fazer como já disseram os mestres Drummond e Quintana: deixar na gaveta esfriando, para depois ir podando os erros, as falhas. Quando eu tento fazer isso, acabo podando é minha euforia. Às vezes quando leio um texto meu, já com o sangue frio, acho que está ruim e termino não postando. Eles tinham profissionais à disposição para fazerem a revisão dos textos deles, eu não. Eu só conto com o auxílio valoroso do computador. Quando ele grifa de vermelho, já sei que é uma pedra. Aí lá vai eu retirá-la para que meu amado leitor não tome uma topada. Mas vá com cuidado, porque sempre há uma pedra no meio do caminho, que eu não soube (ou esqueci de) retirar.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Águas passadas são rodamoinhos Rodam e moem devagarinho Se no meio da ponte empaca o presente Aprender com os erros, seguir em frente Com largos passos dar seguimento Ou estacar no passado perdendo o momento A primeira opção é viver A segunda é morrer pouco a pouco, enlouquecer
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Poeta
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