Sonetos :  Fofoca ou desabafo
Jogo tanto “poema” fora,
por me recusar a escrever
sobre tudo que me aflora,
como se fosse um dever.

Por que o povo tem que viver,
tudo que me acontece
e que me apetece?
Onde está o saber?

Isto é só um desabafo.
Aí, quem lê diz: ah, isso eu faço.
E começa a desabafar...

O poeta que se toca
e não gosta de fofoca,
guarda-se no seu poetar.

A.J. Cardiais
03.08.2016
Poeta

Sonetos :  Fofoca ou desabafo
Jogo tanto “poema” fora,
por me recusar a escrever
sobre tudo que me aflora
como se fosse um dever.

Por que o povo tem que viver,
tudo que me acontece
e que me apetece?
Onde está o saber?

Isto é só um desabafo!
Aí quem lê diz: ah, isso eu faço.
E começa a desabafar...

O poeta que se toca
e não gosta de fofoca,
guarda-se no seu poetar.

A.J. Cardiais
03.08.2016
Poeta

Poemas :  Divã
Divã
Vejo minha vida escorrendo
entre os versos...
Não era isto que eu queria.
Mas confesso: isso me alivia.

Torna-se um desabafo
dizer o que penso,
o que sou e o que faço.

Não preciso de analista
tendo a poesia
sempre à vista.

A.J. Cardiais
22.02.2011
imagem: google
Poeta

Poemas :  Meu motivo
Meu motivo
Escrevo como um desabafo.
Se você quer ter sucesso,
não faça o que eu faço,
procure aprender.

Cada poema que eu traço,
tem a régua e o compasso
do meu prazer.

Não escrevo para sobreviver...
Escrevo para estar vivo,
pois sobrevivo de migalhas.

Escrevo o que vivo.
Vivo o que escrevo.
Este é meu motivo.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  O peso do nome
O peso do nome
Se este poema tivesse
a assinatura do Drummond,¹
não tornaria ele bom,
mas daria mais respeito.

Afinal, Drummond não faria
um poema de qualquer jeito...
Alguma coisa ele queria
dizer...

E tome a estudar o poema...
E tome a escarafunchar,
destrinchar, revirar o poema.
Um ponto aqui, uma vírgula lá...

Tudo isso, procurando um sentido
que as vezes o poeta,
não queria dar.
Às vezes ele só fez o poema
para desabafar.

A.J. Cardiais
imagem: google
¹Carlos Drummond de Andrade
Poeta

Poemas :  Divã
Vejo minha vida
escorrendo entre os versos...
Não era isto que eu queria,
mas confesso:
isso me alivia.

Torna-se um desabafo
dizer o que penso,
o que sou
e o que faço.

Não preciso de analista,
tendo a poesia
como divã.

A.J. Cardiais
Poeta