Poemas :  Verdade Noir
Verdade Noir
I
... O homem nos comenta seus problemas
olhos de um louco... Mãos tremulas
eu já disse a vocês que ele falava dos próprios problemas?
Enquanto se esquecia dos que já foram
tomava cerveja com alguma “jujubas” como se fossem petiscos

II
mais a frente ao ser iluminado
em ruas vazias iluminado por postes
de um carro salto U moço com sua arma na mão
abre um bar e braveja pra picar a mula
nem olho pra traz, mas ele sim

III
No terceiro ato esta mais escuro
topo de frente com uma coroa de 70 anos
ela passa por mim com receio
o receio (acho eu) que descubram seu segredo
ela cheira a carne crua necrosando
eu a olho nos olhos ela se esquiva

IV
Tem dias que acho que o inferno é aqui
outros dias eu tenho certeza
como algumas pessoas perdem seus mapas ao encarnar
ficam vagando, pra lá e pra cá
Não percebem a ordem natural das coisas
Poeta

Poemas :  C(A)o(S)digo Binário (ou o cogumelo do amanhã)
C(A)o(S)digo Binário (ou o cogumelo do amanhã)
Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
Propagandas e informações!

Parem de gerar idéias!
Parem de girar conceitos!
Eu não preciso disso.
shiiissssssssssssssss
Eu preciso é sair!
Tomar uma chuva...

Parem de girar
Códigos binários
E numerologia infomercial.
Não contemos a defasagem mercadológica!
E a lógica me vem ao prover.

Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
O caos dos números irracionais!

Dor louca na mente, A mente louca tem dor
Louca na mente, a mente louca tem dor
Louca na mente louca tem dor louca tem dor
Na mente louca que tem dor...



Parem as maquinas!
Tragam meu calmante,
Joguem a coca-cola fora,
Parem as maquinas!
Para depois trazerem
Um semáforo para eu beber.
Parem as maquinas!

Tirem o fio da tomada,
Esta trovejando,
Eles vem ao meu encontro...
Subindo em min.

Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
Parem! Parem! Parem!
Parem de girar!
Parem de gerar!
Vamos vetar à criação!

E antes que morra...
Desliguem os geradores!
E antes de derrubarem meu castelo,
Por algo que tentei e tentei e tentei avisar mais a euforia pela minha descoberta era tamanha que...]
Vamos vetar a criação!
Parem de gerar!
Vamos impedir a concepção!
Parem de girar!
Deixei eu provar o que eu inventei.
Antes que esse mundo seque,
Vamos repetir os mesmos erros,
Vamos saciar no ânsia pétria e compulsiva
E se banhar nu! Nu! No caos do cogumelo do futuro.
Poeta