cabeça cortada desbandeira horizontes nenhum gigante alua
magias noturnas desingraçam a pergunta: ouso conceber universos qual a face da semelhança no meu Éden escriturado
anjos rolam primaveras e o caos é uma pororoca de olhos videntes quero a memória num drinque de sangue coberto de fogo - teu corpo é a ordem selvagem
eu quero conhecer a audácia, no jardim dos seres sonhados meu coração é uma gruta aonde queima a chama cheia de música e o teu corpo é a dança sorrindo e você toca o Alfa e aciona o Òmega e eu me descubro concreto no sonho
o Nunca chegou: velho mendigo idiota vende jormais impressos no vazio minha foto é uma escuridão e eu renego a luxúria da miséria sirvo teu paladar nos doces de olhos amantes e descosturo as linhas das mãos escravizando o Amor da tua Fidelidade
pelas palmas extorsivas sexofabuladas de Poder Carnal
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Poeta
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