Empurraram-me para os caminhos da vida, Ofereceram-me um labirinto a percorrer. Mostraram-me a entrada mas não a saída Mas era eu a escolher como ele o percorrer.
Entrei pé ante pé no labirinto da vida. A saída não estou apressado de a encontrar. Faço como se procurasse essa saída, Procuro sempre que posso dela me desviar.
A vida continua a me empurrar, não vou! Encontro-me bem na sombra desta grande selva. Nela amo, sofro, vivo, quero ficar onde estou E à noite consigo dormir sobre a verde relva.
Quando da saída estou perto, não a vejo. Ou por outra, eu não a quero sequer ver. Olho para o lado da entrada com desejo De voltar a entrar e recomeçar a viver.
A. da fonseca
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Poeta
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