No jardim da minha casa, sentei-me a ver a Lua. Caneta e papel na mão preparo-me para escrever. Mas escrever sobre o quê? Sobre a vida? Escrever sobre a juventude? é possível, vamos ver. A vida é como o tempo, ela passa sem darmos por isso. Nós pretendemos viver, não pretendemos envelhecer. Mas na vida, há juventude e há velhice. Conseguimos envelhecer, não conseguimos rejuvenescer. O tempo passa, que tristeza! Ele passa a uma velocidade Impossível de controlar, olhamos em frente e o futuro já passou. Eu continuei a olhar para a Lua e ela os cabelos me prateou. Começaram a ficar brancos, é assim, não podemos sonhar. É o preço que temos que pagar por uma vida vivida. Que a quisemos sincera com amor, sem hipocrisia. Mas quer queiramos, quer não, cabelos brancos são a nostalgia Dos nossos anos passados, da nossa juventude perdida.
A. da fonseca
A. da fonseca
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