Tenho o meu corpo cheio de água E a água cheia deste meu corpo, É uma grande piscina de magoa Onde eu vivo mas quase morto.
Estas mágoas que a vida nos trás Mas em as aceitando eu afago-as Para poder sorrir e viver em paz, Tenho o meu corpo cheio de água.
Onde o amor também navega Pois nele sinto o meu conforto, Tenho o coração cheio de entrega E a água cheia deste meu corpo.
Essa água que alimenta a vida Para a minha alma é frágua Que para sarar as minhas feridas É uma grande piscina de mágoa.
Quero viver com felicidade Pois que sofrer não suporto, Percorro a casa da saudade Onde vivo mas quase morto.
A. da fonseca
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Poeta
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