Saberei eu quando a descriminação acabará? Saberei eu quando a igualdade, essa, chegará? Não sou jovem, não tenho muito tempo para ver Mas gostaria de a ver chegar enquanto eu viver.
Sei que é tão difícil enquanto houver egoísmo Enquanto só o eu conta., o resto é só cinismo, Senão porquê se ser alguém que é bem apreciado De repente muda e o simpático é desprezado.
Porquê se vive num mundo onde é só amor E de repente tudo muda, tudo é frio, sem calor. Porquê há tantos beijinhos e tantos abraços Porquê a corda acaba por quebrar os laços.
Porquê passávamos na rua, e havia sorrisos, Porquê nessa mesma rua hoje só há granizo? Porque deixou de haver a bela convivência Que nos meus tempos havia, talvez por inocência.
A. da fonseca
|
Poeta
|