Viajaremos o nosso amor numa canoa enfeitada, Eu vou ser teu trovador numa ilha abandonada. E na imensidão do Oceano, lá longe, no fim do Mundo, Com abrigo para amar serei teu vagabundo.
Construiremos uma cabana para abrigar o nosso amor Tu serás minha Diana na nossa Capela-Mor. Ilha que será nosso lar e quando acabar o dia, Tu serás a luz do Luar que o nosso amor acaricia.
Te ver pela manhã acordar, meu amor, mas que prazer, É como que madrugar para ver o Sol nascer. E nessa ilha abandonada eu só serei ciumento, Da brisa da madrugada, do Sol, da Lua, do vento.
E à noite, à beira mar contra a tua pela doirada Mostrar-te que sei amar ao te cantar uma balada. Do passado sem saudades, destruiremos a canoa, Acabaram-se as cidades, não chores por nós Lisboa.
A. da fonseca
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Poeta
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