Caminhei naquelas vielas estreitas onde mora a vida, Como é difícil caminhar naquele empedrado negro. As paredes quase se tocam, a luz do sol está esquecida, Só as sombras caminhavam comigo, vi passar um morcego.
O meu corpo comprimido entre aquelas paredes, gemia. Sentia que a vida o fazia sofrer mas não havia avenida Onde ele pudesse caminhar sem sofrimento, com alegria Mas para ele estavam destinadas velhas vielas perdidas
Tentei abandonar esses caminhos sinuosos, perigosos. Uma força estranha me negava um caminho cristalino. Cedi. Continuei a caminhar nesses caminhos impiedosos, Fiquei convencido que o meu caminho era o meu destino
A. da fonseca
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Poeta
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