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O que eu sei sobre poesia, me basta...
Não quero pertencer a uma casta, coberta de glamour, que implanta dificuldade onde há simplicidade.
O que eu sei sobre poesia, é a simplicidade das coisas e a vida clamando por olhares de amores.
A.J. Cardiais 01.11.2017
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Poeta
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O poeta, quando não passa seu tempo observando e poetizando os fenômenos da vida, passa seu tempo poetizando seus amores e desamores; suas venturas e desventuras, como se tivesse entregando "na bandeja" as soluções (ou explicações) dos problemas da Sociedade.
O que a Sociedade não sabe, é que para o poeta, viver, sentir e amar, não precisa ser literalmente "na pele"...
O poeta pode viver, amar e sentir, sem nunca ter vivido, amado ou sentido nada... Para o poeta, viver não é uma questão de amar, estar ou possuir.
Para o poeta, viver é muito mais que isto: viver é um sonho.
A.J. Cardiais 31.08.2017
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Poeta
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O que eu sei sobre poesia, me basta...
Não quero pertencer a uma casta, coberta de glamour, que implanta dificuldade onde há simplicidade.
O que eu sei sobre poesia, é a simplicidade das coisas e a vida clamando olhares de amores.
A.J. Cardiais 01.11.2017
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Poeta
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Flashes são momentos: lembranças de coisas e pessoas. Coisas são lugares, musicas e objetos. Pessoas são amores, prazeres e perfumes.
Os flashes são disparados durante nossas caminhadas pela vida, chamando nossa atenção para algo que pode servir à nossa construção.
Flashes são janelas que se abrem do passado para o presente. Nós não sentimos, mas a vida é constituída de flashes.
A.J. Cardiais 12.01.2017 imagem: google
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Poeta
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Quem não ama não vive, vegeta. Pela simplicidade da frase, alguém já deve ter dito (ou escrito) isso. O título desta crônica também, se não estou enganado, é de uma musica. Bem, mas “tomando emprestado” ou não, a frase e o título, eu pergunto: que sentido tem a vida de quem não ama nada, nem ninguém? Eu me refiro aqui a um amor geral, mais ampliado. Não estou me referindo ao amor homem x mulher. Este, muitas vezes, se torna uma coisa obsessiva, doentia. A pessoa fica presa e quer manter o “objeto” da sua obsessão preso também. Eu quero saber do amor que liberta, que dá sentido e sabor ao ato de viver. Neste sentido eu posso dizer que sou rico: tenho vários amores. Quando um não resolve o meu problema, busco outro. E assim vou levando a vida, ou deixando que ela me leve. É por isso que eu gosto de dizer que o amor é meu combustível: sem amor eu não ando. Até o ato de escrever, eu só faço por amor, por prazer. Talvez se fosse “por dever”, eu não conseguisse escrever nada. É justamente por isso que eu não gosto de me “intitular” de escritor. Clarice Lispector se dizia amadora, talvez por isso: só escrevia por amor. Escritor para mim é aquela pessoa que para, pensa e escreve. Já vive “programada” para escrever. Eu nunca me programei para nada. Gosto de viver à mercê da inspiração. Sou como Dorival Caymmi: as indústrias fonográficas queriam que ele “produzisse musica”, mas ele só fazia quando tinha inspiração. Mas, voltando ao título, tem gente que tem um amor só: o amor ao dinheiro, ao luxo... Essas pessoas às vezes nem tem dinheiro, nem luxam, mas vivem se deslumbrando com as que tem e ficam se exibindo, para deleite dos pobres amadores. Outras, por não conseguirem amar as pessoas, amam seu carro, seu bicho de estimação, sua plantinha, sua casa, sua religião, seu time... E assim vão morrendo aos poucos.
A.J. Cardiais 22/09/2013
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Poeta
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Encantado com a poesia eu vivi na boemia um projeto de luzes e cores. Vivi ilusões de amores, bebi sambas magistrais no meio dos marginais.
Encantado com a poesia deixei-me levar, movido pela fantasia de rimar amar com mar, e nunca meu barco remar. Ir seguindo a correnteza...
Encantado com a pureza da poesia, cessei palavras à revelia, misturei rimas com cimento, levantei paredes de versos, e construí prédios de poemas.
A.J. Cardiais 29.01.2011
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Poeta
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Estamos na era da velocidade. Não se contempla mais nada. A vida é só um vulto nessa estrada: vem vindo... Passou!
Amores velozes: mal começam, acabam. Não existe mais começo, meio e fim.
Tudo é criado com a intenção de não durar. O presente rapidamente vira passado. Logo, tudo é superado.
Estamos na era das paixões... Este fogo que arde, queima, consome tudo até se extinguir rapidamente.
A.J. Cardiais 14.11.1997 imagem: google
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Poeta
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Não falo tanto dos meus amores. Falo um pouco das minhas dores, das minhas alucinações e dos meus questionamentos.
Penso ser igual a todo mundo, mas todo mundo me acha diferente. O poeta Cássio Jônatas disse num poema: “Eu não me encaixo, eu não me acho”...
Cássio, eu também vivo assim. Será que a poesia tem dó de mim? Será que a culpada é ela?
Sem motivo chego à janela, só para arejar... Olho o horizonte, e começo a poetar.
A.J. Cardiais 25.04.2015
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Poeta
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A morte sabe que não morro de amores pela vida... Portanto ela entende que a vida não me prende.
A vida é uma companheira que me leva na brincadeira. Ela sabe que não sou de lutar... Sou mais é de me entregar.
A vida gosta é de combate; de quem lute com a morte para ficar com ela...
Como jogar comigo, é um jogo praticamente perdido, a vida deixa-me de bobeira, e grita assim:
Vá escrever suas besteiras, e pode dizer que eu sou ruim!
A.J. Cardiais 12.02.2011 imagem: google
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Poeta
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*ABANICOS DEL OLVIDO* Ana María Manceda
Noche y las sombras de las hojas de los árboles nocturnos. Abanicos fantasmas refrescando amores en las puertas de los zaguanes. El aire del trópico, la música caribeña de la radio se expande en los recuerdos. Día, feria, olores de verduras y frutas. La humedad y el calor se adhieren a la eterna piel de la juventud que iluminará todas las primavera por venir. Risas. Puerto y tango. Melancolía. Sonido vibrante. Amores, locos amores. Crepúsculo ¿Ocaso? Qué importa! La noche me espera con las sombras de las hojas de los árboles nocturnos. Fantasmas. Hay un zaguán largo, muy largo, se oyen suspiros y un suave aliento. Y cientos de abanicos deslumbrados, olvidando amores.
[img width=300]http://www.abanicos_del_olvido.jpg[/img]
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Poeta
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