Deixa-me navegar nesse teu tão belo corpo Como barco à vela ao sabor dos teus desejos. E que vagas mansas que me baloicem docemente. Deixa os meus lábios sentirem o sabor a sal Da tua pele acetinada que faz de mim um delinquente. Um delinquente do amor que rouba dos teus lábios Todo esse mel que me extasia e é meu madrigal. Deixa-me sugar as lágrimas que da tua fonte brotam, Fontes tão lindas que são os teus olhos verdes Como o mar do teu corpo onde eu quero navegar, Deixa o meu barco à vela naufragar nos teus seios Dá-lhe no teu regaço um porto de abrigo Onde ele possa ficar amando e longe de todos os perigos.
A. da fonseca
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Poeta
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