Poemas de desilusión :  NÃO HÁ BANCO DE JARDIM PARA SONHAR
Foi feitiço que um dia te trouxe até mim.
Foi surpresa que adoeceu meu coração.
Mas o destino decidiu que fosse assim
E entre nós nasceu uma grande paixão.

Juntos à lareira sentados lado a lado
Trocávamos palavras e beijos de amor,
Era um amor verdadeiro, não era pecado
E a vida assim vivida tinha mais sabor.

Lembro-me ainda daquelas lindas rosas
Que com muito amor eu te as ofereci.
Ainda as vejo vermelhas, muito vaidosas
Por saberem que elas seriam só para ti.

Hoje o lugar frente à lareira está vazio
Leio as cartas de amor que trocávamos
As chamas da lareira, só me dão frio
Não há beijos de amor, nos abandonamos.

Procuro e não te encontro, estou só
Os jardins de Lisboa não têm Luar,
O nosso amor se transformou em pó
Não há um banco de jardim, para sonhar.

A. da fonseca

SPA Autor 16430
Poeta

Poemas de amor :  TEMPO PERDIDO
Tantas, tantas horas em te esperando eu passei naquela rua
Toda a gente me conhecia, e dizia bom dia com delicadeza
E como era engraçado quando chegava a noite e com ela a Lua
Que me olhava com muita ternura e com um sorriso de nobreza.

Pois que ela sabia que eu sofria de um amor não correspondido.
Todos os dias eu trazia um novo ramo de belas rosas vermelhas
Pois que as da véspera murchavam como o meu coração perdido
Esperava poder me aproximar dela e lhe dizer, te amo, à sua orelha.

Esperei em vão, perdi-me no tempo, perdi-me num espaço vazio
Que eu julgava que o meu coração conseguiria um dia conquistar
Foi tempo perdido como a água que corre para o mar, morre na foz do rio
A esperança morreu, a minha alma sofreu e eu continuo a desesperar.

A. da fonseca

SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa
AUTOR Nº 16430
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Data 23/04/2012 21:34:16
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/04/2012 18:47 Atualizado: 24/04/2012 18:49
Re: FOI TEMPO PERDIDO
humm! é disso que gostamos tds, poetas. bom saber-te recompondo aqui a sua poesia, amigo Mr Albert, numa prova de que é infinda e a qualquer tempo as formas de se cantar a paixão...
meu abraço caRIOca.
zésilveira
Responder

Enviado por Tópico
Alberto da fonseca
Publicado: 25/04/2012 09:35 Atualizado: 25/04/2012 09:35
Colaborador


Usuário desde: 01/12/2007
Localidade: Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
Mensagens: 7078
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Re: FOI TEMPO PERDIDO
Bom dia amigo e poeta José Silveira.
Na verdade tenho andado afastado destas lides. A minha saude faz-me perder a paciência, logo. inspiração.
Sinto-me muito nervoso, o tudo e o nada me irrita, cada dia é um novo alerta,cada dia é um dia de novos sintomas, e tenho medo, não medo de ir de esta para melhor, não, medo sim, de morrer e as coisas que tenho a resolver para não deixar a minha mulher com problemas, não as consigo resolver graças a esta puta de crise,que os capitalistas inventaram para se enriquecerem e nós, os papalvos, vamos pagando, como cordeirinhos que somos.

Logo, escrever, pequenas coisas, uma brincadeira para o caito, outra para o Camarada e pronto !

Obrigado Amigo José, pela leitura e pelo seu muito amável comentário.

Abraço grande do Mr Albert. e um bom fim de semana
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Luso Pensamentos
Frase

É incrível que, no intuito de justificar as nossas crenças, coloquemos Deus na terra e o Homem no céu

(Garrido)



A folha

A folha cai no verão.
( Era folha de papel)
Não consigo pegá-la
Porque o vento é forte
E me leva para longe.

Matheus



Insanidade perfeita

Sinto-me cansada
Já me faltam as palavras!
As que saboreio entre dissabores
Da minha própria loucura
Já não sinto o meu corpo
As vogais consomem-no
Adormece em brandas consoantes
Ficam tantas frases por dizer
Aquelas,
Que já não consigo escrever,
Falta-me a força
A caneta começa a tremer
Soluça.
O meu olhar constrói
O que meu pensamento rejeita
Esta sou eu,
A doce mulher
A insana, poeta...

(ConceiçãoB)



Tempestades

Tudo em mim, são dias de tempestades...
Por isso entrego minha alma à poesia
E meus dias a escrever versos
E meto uns poemas em velhas garrafas
E as levo para as águas intermináveis dos mares
- revoltos e tristes -
E as lanço, na singela esperança
De que um dia alguém os leia
Ainda que meus pés não estejam mais sobre este chão
E meu corpo tenha sido já lançado no ventre desta terra impura
E minha alma tenha também partido
- para a imensidão do infinito com que sonho,
ou para o abismo solitário que me amendronta...

(Vanessa Marques)


vaga-lume

... beijar-te

- era ser
pássaro azul
dedilhando ugabe

era levitar
beber das nuvens
e desfolhar os céus

era um doce caminhar
sem tocar o chão
estirpes desaguando
em aljôfar...

era dédalo a calar-me
se acontecia
cascata de sonhar-me
na boca que feliz
se fenecia

- e era livre
sendo chama
toda asas
vaga-lume
brilhante
como quem ama.

(RoqueSilveira)


Nós de poesia

A vida é feita de incompletudes...
Como os bares de mesas vazias
Nas calçadas
Ou as longas estradas
Repletas de nada dos dois lados

Ainda assim, escrevo
Mesmo sabendo que em mim
desatam-se nós de poesia
E atam-se outros em seguida.

O fato é que
Daquilo que me resta
Faço-me humanamente completa
meramente humana...

(Vanessa Marques)



Frase

"Amor" é o presente dado sem esperança de retorno,
e o que esperamos é apenas que não seja rejeitado

(Junior A.)



Frase

Como posso explicar
Esta dor
Invasora
Da minha alma
Senão dizer
Que és a mentira
Mais verdadeira
Da minha vida...?

(Raquel Naranjo)



Frase

O amor é como a justiça:
Injusto e cego.

(TrabisDeMentia)



guardanapos

do nosso beijo,
muralhas

do nosso amor,
migalhas

do nosso verbo,
mortalhas

dos nossos papos
poemas
em guardanapos

(Niké)



Sexto sentido

Tenta ouvir o silêncio...
Ver a luz na escuridão profunda...
Cheirar o aroma da mais pura água...
Sentir a textura do vento...
Saborear a doçura do sal...
Quando o conseguires...
Irás te descobrir...

(gera)



Só saudade

Dor que sente
Dor que não se mede
Que vai e vem

Com a vida vou rolando
Com a dor vou buscando
Talvez alívio...

Quando doer que seja
Sem deixar morrer
Só saudade...

(amasol)



A foz

Se cada coisinha que eu sei correspondesse a um rio... E se cada um deles desaguasse na mesma foz...Esta não teria senão o tamanho de uma bacia bem pequenina na qual eu refresco os meus cansados pés. Os rios seriam tão curtos quanto a minha felicidade, tão estreitos quanto a minha existência, tão secos quanto a minha solidão. Mas talvez, talvez bem no fundo da bacia, talvez para lá das lágrimas turvas, e para que eu me possa orgulhar, talvez sorriam dois peixinhos, que eu, apesar da distância possa contemplar! E quem sabe... Uma flor se incline e faça nascer, na foz uma flor que eu possa colher!

A: Da Fonseca

SPA autor 16430
Poeta