Crónicas :  O CORPO: PRISÃO OU LIBERTAÇÃO
O CORPO: PRISÃO OU LIBERTAÇÃO

O nosso corpo não pode ser uma prisão aonde guardamos no nosso inconsciente todas as nossas travas, nossos traumas e nossas cicatrizes abertas, ou mal fechadas..

No corpo que carregamos, pois nós não “somos ele”, ele é apenas o nosso veículo de ir e vir, a ferramenta que utilizamos para executarmos todas as nossas atividades terrenas ou intelectuais por um determinado tempo, pequeno tempo, da nossa existência.

Ele deveria servir para a nossa transitoriedade nesta Terra, mas acabamos o utilizando como uma espécie de “parque de diversões”, pois ao invés de evoluirmos naquilo que dá vida a ele e à nossa consciência que nos traz a conscientização das coisas (de muitas podemos morrer sem ter adquirido) ficamos só com a parte da evolução da ferramenta.

Aprimoramos a ferramenta com conhecimentos intelectivos, técnicos e culturais e não o ferramenteiro que é a nossa consciência, o nosso eu que amadurece nas emoções e nas intuições que vão se refinando e nos tornando sabios e por isto acabamos limitados somente para àquilo que dá prazer, ou descanso, ao corpo físico e sua mente.

Mas, emocionalmente, continuamos ainda belicosos, agressivos, egoístas, preconceituosos e sem compreensão do outro, pois não desenvolvemos sentimentos mais finos, não nos refinamos e, por isso, estamos hoje sempre com a sombra onipresente de uma provável e muito próxima guerra nuclear.

Almoçamos tranquilamente vendo animais morrendo de fome e sede no Nordeste, tão próximo de nós, e nem nos abalamos mais. Continuamos embrutecido, como sempre fomos, só que em outra escala, em face do sofrimento alheio e dos animais, que não tem como se defenderem.

Vemos cachorros nas ruas das cidades sem terem mais as suas latas de onde arranjavam comida e nem nos tocamos de quantos não devem morrer de fome e não fazemos nada, pois achamos que não é problema nosso, é do governo, mas não estamos falando da parte operacional, mas sim da falta de sensibilidade para com o sofrimento deles.

Vemos animais sendo abatidos de forma horrenda e desumana na televisão, enquanto, ao mesmo tempo, comemos o nosso naco de carne, não estou falando de vegetarianismo, mas de falta de compaixão, de sensibilidade.

Não temos mais por sofrimento algum e, se ainda temos algum, ele logo se apaga quando vem uma nova atração ou sai da mídia.

Na maioria esmagadora da humanidade só utilizamos a parca consciência que ainda temos só voltada para a aquisição de prazeres voltados para este mesmo corpo.

O corpo e seu intelecto perderam a finalidade de ferramentas úteis de propiciar alegrias e de levar enobrecimento ao espirito, ensinamentos que só na Terra podemos adquirir e que nos levariam para níveis mais elevados de consciência.

Outros, uma grande parcela, tem o corpo somente para a usufruíção do prazer sexual, distanciado do amor anímico que deveria ser o estimulante e o enobrecedor deste instinto que deixou de ser natural e se tornou outro vício insano e sempre insatisfeito, pois sempre estimulado das mais diversas formas.

Aquisições de bens materiais só voltados para o prazer do corpo e do seu cérebro/ego e não para o desenvolvimento de todo o meio em que está circunscrito e do nosso lado espiritual que a riqueza pode nos propiciar, ao invés de nos tornar egoístas, egocêntricos e presunçosos durante a nossa estada na Terra.

Em tudo vemos hoje o mundo do ser humano só voltado para os prazeres do corpo, do instrumento terreno que deveria trazer evolução e alegrias e que aumentariam na medida em que fossemos evoluindo com estas experiências.

Mas não, hoje tudo se baseia nos deleites que o corpo pode possuir, assim como do lazer para relaxá-lo ou estimulá-lo.

Fumantes dizem que fumam pelo prazer que o cigarro lhe dá, mas não se tocam que este prazer não é originário do corpo, não é autentico, foi adquirido, agregado ao dia a dia. Um prazer “criado” e que não precisaria existir.

Com a bebida é a mesma coisa, não se tem mais aquele prazer de se encontrar no fim do dia para boas conversas sem que não esteja rolando alguma bebida, pois sem estas as conversas logo acabam e todos vão embora.

A bebida, inebriante do corpo (e a droga em alguns círculos) é a mola mestra da vida social, sem ela não existe vida social para muitos. Para outros a vida como um todo não tem prazer sem que todos os dias não tenham um momento de “relex” bebendo alguma coisa.

O ser humano "criou" necessidades de prazeres corpóreos e para mantê-las, outras atividades como o trabalho, eles veem somente como uma obrigação para adquirirem os proventos para custear estes hábitos criados.

A usufruição de boas comidas, frequentar bons restaurantes; o deleite de saber onde têm os melhores frutos do mar, a melhor carne, a melhor massa, ser conhecedor dos bons vinhos que acompanham todas estas iguarias é só para o deleite e o relaxar do corpo e em torno dos prazeres da vida terrena.

Também aprecio, mas chegar em casa e brincar com os cachorros também não tem preço; ver a minha esposa ralhando com eles como se fossem crianças, e eles ali a escutando também não tem preço.

Assistir um bom filme, uma bom evento esportivo, uma boa leitura, tudo é muito prazeroso; andar de bicicleta no meio da natureza, dar uma caminhada, descer e bater um papo com aquele porteiro boa praça do prédio, também não tem preço.

Sair no quintal da casa ou no pátio do prédio para curtir um ar fresco tudo é prazeroso.

Não fique esperando, que conseguindo tudo aquilo que você deseja materialmente é que vai te tornar feliz, pois não vai. Quando chegar lá vai ter outras coisas que você vai querer e assim vai, e assim vai, e assim vai...

Seja simples, adquira novamente a simplicidade no pensar e no viver, sem precisar deixar de frequentar todos estes lugares, e você vai ver que eles podem se tornar muito, mas muito mais prazerosos também, pois passam a ser só mais um dos complementos da vida.

A vida deve se tornar simples para termos alegrias genuínas como as crianças, e sermos simples não tem nada a ver com ser simplório.

E em todos os momentos da vida você se sentirá muito mais pleno, pois você vai ampliar para todos os minutos do dia o prazer de viver.

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“Da grandeza, que só provém do espirito livre, os seres humanos se privaram criminosamente, e por isso, além de imitações pueris, conseguem somente fazer ainda... máquinas, construções, técnica. Tudo como eles próprios, presos à terra, inferior, vazio e morto!”

Abdruschin em Na Luz da Verdade – A luta na natureza - www.graal.org.br
Poeta

Crónicas :  O processo criativo
O processo criativo
Não tenho um "processo criativo”... A “coisa” acontece comigo, de uma forma que eu não sei dizer. Só sei que acontece. Eu não paro, sento e digo: vou escrever uma poesia. Não olho para algo e penso em poesia... Já teve tanta coisa linda que fiquei olhando, admirando... Achei que merecia uma poesia, mas não fiz porque ELA não compareceu. Talvez eu não tenha treinamento para dominá-la ou não saiba um “ritual” para invocá-la. Mas é justamente isso que eu gosto: a surpresa. Fazer algo por “instinto”, é como exercitar o animal para farejar a presa e dominá-la, sem nenhum conhecimento de artes marciais.

O poeta Mario Quintana, no texto intitulado de Carta, diz: “Não sei como vem um poema. Às vezes uma palavra, uma frase ouvida, uma repentina imagem que me ocorre em qualquer parte, nas ocasiões mais insólitas”.**
Então se ele, Mário Quintana, não sabia, imagine eu.

** Mario Quintana. Em: Carta.
Coleção Melhores Poemas. Pag. 90
Minc FNDE – PNBE – Global Editora

A.J. Cardiais
18.07.2011
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Poeta

Crónicas :  Toda regra tem exceção
Toda regra tem exceção
A propagação desses falsos pastores e bispos que se dizem “evangélicos” na mídia, só afeta os evangélicos de verdade. Porque nem todos os evangélicos pensam como eles, ou têm as mesmas ambições. Eu mesmo conheço alguns que não compactuam em nada com o que estes “midiáticos” dizem e fazem.

Existem pastores que precisam trabalhar para sustentar suas famílias. Não ganham salários da “igreja” para ficarem à disposição dos fiéis e nem "metendo" ideias nas cabeças deles. E onde eles moram, falam com todos: alcoólatras, mães de santo, gays etc. Não ficam julgando, nem condenando ninguém. Mesmo porque, Jesus disse para não julgar, para não ser julgado. Eu acho errado a pessoa que se diz cristã, ganhar um salário para pregar a palavra do Cristo. Do meu ponto de vista, isso já é um negócio, um trabalho. Não é um ato voluntário. Não é uma “entrega”. Não é um ato de amor. Ato de amor é a do pastor que se sustenta como pedreiro, ou outra profissão qualquer, e na sua hora de folga vai trabalhar para Jesus.

Teve um “dono de uma igreja” que disse, cheio de orgulho, que dos “pastores” dele, os que ganhavam menos, ganhavam R$ 2.000,00. Outra vez eu vi uma “igreja” fazendo um concurso para selecionar pastores. Onde está “o chamado”? Onde está “o escolhido”? O “chamado” deve ser o salário e os escolhidos devem ser os mais hábeis, os mais malandros, os mais ladinos... Estou falando tudo isto sem entrar na questão da política. Porque esta questão está mais de que clara que não interessa a Jesus. Isto já é uma questão de querer o Poder, de querer manipular as “Leis dos homens”. Eu já li sobre este “filme”. Chama-se “Inquisição”. E se eles conseguirem isto, vai começar a “caça às bruxas”.

A.J. Cardiais
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Poeta

Crónicas :  Ligação errada
Meu celular tocou às sete horas da manhã...
Fiquei curioso: quem estará me ligando a essa hora? O que será? Corri para atender.
Lá do outro lado, uma voz feminina falou: jura!
Eu, sem entender nada, perguntei: O quê?
Ela disse: jura que me ama!
Pronto, se eu já estava sem entender nada, piorou a situação.
Fique alegre pensando que fosse realmente comigo. Então tentei adivinhar quem poderia ser aquela mulher, que estava pedindo que eu jurasse que a amava...
Como não consegui imaginar ninguém, tive que perguntar quem estava falando.
Foi aí que a minha alegria foi embora, porque ela disse: ah, desculpe, liguei errado.
Eu ainda disse que a amava, para ver se prolongava a conversa, mas ela só fez rir e desligou.
Que pena... eu estava tão contente, pensando que fosse comigo.

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  PAULO COELHO EM ALGUNS MINUTOS
PAULO COELHO EM ALGUNS MINUTOS

“Seja como a fonte que transborda e não como o tanque, que sempre contém a mesma água.”

Esta fase é de um poeta inglês, mas que eu não teria conhecimento se não tivesse lido o excelente livro de Paulo Coelho “Veronika Decide Morrer”.

Eu li o primeiro livro do Paulo Coelho por impulso numa promoção e era um dos menos vendido por ele e que não me lembro o nome agora, pois não tenho o hábito de acumular livros em casa e faço-os caminhar, só guardo aqueles realmente especiais, como o segundo que eu li “Veronica Decide morrer” que eu achei ótimo e que já vendeu 10 milhões de exemplares.

Como o autor diz no livro os pais dele o internaram num manicômio, fato bem corriqueiro naqueles anos de ditadura, para que ele não freqüentasse mais o grupo de “desajustados” , do qual eu também fazia parte, que ele estava frequentando.

Grupo de desajustados eram os cabeludos da contracultura e seus hábitos, o que para época precisava ter alguma coragem, mas não faziam mal a ninguém, talvez só a eles mesmos pelos baseados que fumavam.

Aqui em Curitiba também conheci o caso de um pai, sargento do exercito, o que na época já era de relevo esta baixa hierarquia, que internou o seu filho, amigo próximo da nossa turma, num manicômio ou sanatório para alguns.

Está certo que todos se chamavam de malucos, mas daí aos pais levarem ao pé da letra, literalmente, não deixa de ser tragicômico.

Este nosso colega próximo chegou a escrever um livro que virou filme premiado “O Bicho de Sete Cabeças”, agora imagina se nós imaginávamos que aquele colega que parecia tão resolvido ia passar por uma dessa.

Só lembrei-me dele quando deu entrevista no Jô Soares.

Estou escrevendo esta e dando uma espiada na revista CULT e ali tem “n” resenhas de livros recém-lançados e que são merecedores de serem indicados pela revista, mas vão vender, com todo o respeito, independente da qualidade, talvez 10.000 exemplares, o que já seria um sucesso esplendoroso no mercado brasileiro, mas na média não devem passar de 03 mil e que, provavelmente nunca vão ser traduzidas para nenhuma outra língua.

Depois deste li “Onze Minutos” também com uma vendagem de 10 milhões; outro excelente livro.

Depois destes resolvi ler mais algum e ai encomendei junto “O Diário de Um Mago” e ai vi porque Paulo coelho, apesar deste livro ter chegado nos 50 milhões de livros vendidos, é tão escorraçado no Brasil e dei razão, não consegui passar das primeiras 40 páginas, achei o livro horroroso.

Eu acredito que os críticos de Paulo Coelho devem ter lido este primeiro livro dele e já o condenaram ao inferno literário sem ler mais nenhum livro posterior dele.

Como nunca fui de modismos levei 10 anos a ler alguma coisa dele e pelo motivo citado acima, mas provavelmente não teria lido mais nenhum se tivesse começado pelo “Diário de um Mago”, mas tive a sorte de não.

Larguei-o e comecei a ler “O ALQUIMISTA”, e a impressão sobre o detestado acima se desvaneceu, gostei do livro que vendeu outros tantos 50 milhões. Tem umas “viajadas”, para ser exato duas*, e o final é fantasioso, mas o desenroar do livro achei particularente interessante já que tenho uma história de negociante como o protagonista.

*(Enteais da natureza nunca podem ser considerados “demônios”, pois são servos do Criador e trabalham com os elementos da natureza conservando-a. vide "O livro do Juizo Final de Roselis von Sass que aprofunda o assunto)

Por estes três livros ele já merece a meu ver ter o sucesso que tem, embora ele procure pessoalmente passar uma imagem de mago que não tem nada a ver, mas temos que separar uma coisa das outras.

Este “Veronica Decide Viver” achei um libelo prazeroso de ler, pois começa com um ato tão pesado como a tentativa de suicídio de alguém e depois mostra como esta tentativa frustrada leva a protagonista a ser internada num manicômio para aguardar a morte, pois os traumas físicos causados pela tentativa a teriam debilitado tanto o seu organismo que teria só mais algumas semanas de vida.

E lá neste manicômio ela começa a se descobrir como pessoa e a se gostar, e os poucos dias de vida da “moça tão bonita e simpática”, começa a influenciar questionamentos em outros internados que estão ali por depressão e outros males e acaba trazendo todo um rebuliço no meio. O final é muito interessante e com final feliz e novos caminhos para muitos dos envolvidos.

Traz um questionamento social do que é normal e do que não é, e do que são sentimentos nossos, realmente, e dos que são impingidos pela “normalidade fajuta da sociedade”.

Outro que li em seguida foi “Onze minutos”, com + de 10 milhões vendidos também, e também achei muito bom. Também se passa num mundo estigmatizado, o da prostituição de luxo, mas vemos que a protagonista que se vê envolvida no meio, vai ao fundo e depois vai saindo dele com tantos conhecimentos que vemos que depende de cada um o caminho que faz para a sua vida, embora às vezes o meio de campo de muitos é tortuoso.

Nestes não tem nenhuma “viajada”.

Tenho outros diversos títulos dele ainda a ser lido, mas passou a minha fase de ler livros, por um tempo, até uma nova recaída.

Na década de setenta dizia-se: “Quem viver, verá!” eu acho que Paulo Coelho viveu e escreve sobre isto, tirando uma ressalva aqui e outra ali, mas ninguém é perfeito, nem os considerados autores clássicos, de cujos livros ruins não se fala e que muitos, também, não conseguem terminar de ler, mas que ficam ali na estante para dar um ar de intelectualidade, mas isto é de cada um.

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"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br
Poeta

Crónicas :  Aventureiros com imaginação
Aventureiros com imaginação
“É como eu disse antes, poetas e escritores são aventureiros com imaginação. Monges, intelectuais e cientistas não pertencem a essa classe de pessoas”. Trecho da entrevista de Lucky Leminski a Elenilson Nascimento (¹), para o blog Poemas de Mil Compassos.

Reparando bem, a palavra INTELECTUAL demonstra uma certa “formalidade” e um pouco de “austeridade”. Impossível imaginar um intelectual sem a “pose do conhecimento”, sem sua vestimenta impecável. E a maioria dos poetas e escritores não se “enquadra” neste perfil. Vocês já imaginaram um intelectual, com toda sua “pose”, participando de um churrasco, movido a pagode e cerveja? Ou então em um Mercado Popular, conversando animadamente com amigos pescadores, barraqueiros etc? Pois é, não combina, né? Pode até ter algum que faça isso, mas a “formalidade” e a posição “impõem” um certo respeito, um certo “distanciamento” das pessoas “comuns”. Este é um dos motivos que me faz admirar Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro: são endeusados, mas nunca sofreram a influência do “endeusamento”. Em suas listas de amigos sempre constam nomes de pescadores, barraqueiros, capoeiristas, “biriteiros”... João Ubaldo chegou a declarar em uma entrevista, que detesta “papo intelectual”. Por aí já devemos sentir que esse papo não deve ser nada descontraído. Deve ser aquela coisa formal: troca ou exibições de conhecimentos.
Sinceramente, as poucas vezes que fui “enquadrado” como intelectual, não fiquei muito à vontade... Não tenho nada de intelectual. Eu vejo o intelectual como uma pessoa disciplinada, que leva o conhecimento com uma obrigação. O conhecimento para ele é como uma arma e uma vacina contra os possíveis ataques dos exibicionistas. Já eu só procuro ler o que me interessa. O que, de alguma forma, me fará bem. Não me preocupo em dizer que não li um “Best seller” qualquer ou algum dos grandes filósofos. Coisa que, para um intelectual, deve ser o fim da picada.
E para finalizar este texto puxando uma brasinha para minha sardinha, uma vez recebi um elogio, mais ou menos parecido com o que Lucky Leminski falou, na comunidade Poetas Teimosos (Orkut). A poeta Marilda Amaral disse o seguinte: “Tens um poema no estilo explorador, um bandeirante das letras... Gosto de ver teu espírito aventureiro
em temas tão diversos.” Depois disso, só me resta agradecer: obrigado Marilda.

(¹) Elenilson Nascimento é: Professor, jornalista, poeta, compositor, agitador cultural e blogueiro.

A.J. Cardiais
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Crónicas :  Digitando Meus Poemas
Digitando Meus Poemas
Para mim é uma tortura digitar uma poesia que eu não gosto... Aí você me pergunta: Se foi você quem fez a poesia, como é que você não gosta? Eu respondo: Tem poesia, que depois que passa a “euforia”, eu não acho mais interessante. Antigamente eu jogava fora. Mas agora deixo jogada lá no fundo da gaveta. Às vezes nem digito. Fica lá, no manuscrito mesmo. Vou deixando ela de lado e vou digitando as que eu gosto. Tem poesia que eu tento digitar várias vezes, mas não consigo. E ela vai ficando encostada... O engraçado é que algumas vezes, quando vou mexer nas “encostadas”, eu encontro alguma bastante interessante. Aí fico me perguntando por que eu não digitei aquela poesia. Então, aproveito a empolgação e digito logo. Talvez, se eu deixar para outro dia, não sinta mais a mesma emoção.
Lendo uma entrevista com o compositor Francis Hime (eu acho que foi ele), ele disse que tinha composições que ele fazia, mas não gostava. Então deixava em um canto, não mostrava a ninguém...
Algum tempo depois ele ia dar uma olhada “nas rejeitadas”, e encontrava verdadeiras preciosidades. Coisa de doido ou tudo é o momento? Não sei... Só sei que de vez em quando eu estou criando coragem, digitando minhas “bombinhas” e postando na internet. Hehehehe

AJ Cardiais

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Crónicas :  Escribir desde la Felicidad
Yo me propuse escribir desde la felicidad y lo he logrado, ya sea en la poesía que se eleva en humanismo para resistir e inventar el día indispensable, en el nacimiento de mis hijos, en la pasión errante que besa las montañas donde se esconden gordas milenarias, en la pasión cotidiana que me liga a mi compañera, en su individualidad indómita y en esa capacidad de inventar futuros derrotando juntos a la muerte artera. No creí nunca en la impostación de artista, ni necesité estar ebrio o drogado para redescubrir el infinito, rompí paradigmas de pseudo bohemias y me levanté temprano para trabajar con ganas cada día, dejando espacios cuadriculados en el éter para las gotas poéticas que han enhebrado mis trabajos. Próximamente con más dedicación buscaré mayor difusión mediática a esa poesía escrita desde el emprendimiento y la doctrina del esfuerzo, es decir la felicidad.
Poeta

Crónicas :  Soledades
Soledades

Cuando la soledad cala tus huesos, te sumerges en la multitud para vivir el espejismo de un amor virtual y te consumes de pena, sonriendo.



Las ansiedades se multiplican en las dunas grises de tu soledad.
No alcanza la noche para incubar un príncipe azul y por eso te quedas embalsamada como estatua de sal, anclada a un dolor tan lejano que ni siquiera alcanzas a reconstruirlo, simplemente cargas con él y tanto es el peso que tu andar languidece en una pena infinita, sin sentido.

En la intima soledad que te desvela, crees descubrir la punta de la madeja para desentrañar tus dolores, pero llega la aurora, estás muriendo.
Poeta

Crónicas :  NOSTALGIAS
NOSTALGIAS



Hace tiempo que no escribo nada, solo algunos versitos intrascendentes,como para despuntar el vicio. ¿ Cuando escribiste algo trascendente?.. Se preguntará quien me ha leído alguna vez. Pero bueno uno tiene la intención de hacerlo.. Esto me pasa con los cuentos, con la poesía,sé que ni arrimo, así que verseo a la marchanta. Pero hoy, a pocas horas de de despedir el año, me volvió el berretín de escribir algo, de aquello que se agranda en la memoria y que que tiene el sabor de la nostalgia.
¡ Tantos años atrás está mi infancia, y qué vívida emerge en mis recuerdos !...Con todos los sentidos la revivo, aunque tal vez no fuera, así como la veo.
Cuando digo memoria, recuerdos, nostalgia, infancia, te estoy hablando de mi pueblo. Un pequeño pueblito del oeste, que alguna vez, de esto hace mucho tiempo, oyó mi primer llanto, me dió la luz, los aromas,los sonidos de las voces, las caricias, los amores. Mi pueblo... Si, Blaquier...Y en estas fiestas, aquellas mesas largas de parientes y amigos, que eran lo mismo, en esa bacanal de la alegría, compartida en la comida y el buen vino y al final las canciones de la tierra,esa que habían dejado un día. " E la violeta, la va. la va... La va sul campo che lei si sognaba, ch´era suo gigín que guardándola staba..."
Después, la muchachada, y aquellas serenatas. mal tocadas y mal cantadas, en todas las ventanas...- A la familia... Deseándoles felices fiestas. El muchas gracias y la mano extendida con la bebida fresca, para seguir la ronda y terminar la noche tirados en la plaza, con el sol pretendiendo despertarnos.

"Como no voy a recordar mi pueblo, si es una forma de saber quien soy "
Plagiado a Chico Novarro


neco perata
Poeta