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Dá-me tua blusa que eu quero beijar. Tirar dela tudo que de ti ficou. Um resto de humor, o desejo refletido na umectação: és tu inteira revelada em meu olfato. És tu. Gotejo cada fragmetno de ti dentro de mim, a miscelânea me alimenta. O néctar não está na flor Tua droga, teu chá alucinógeno A boca induz ao pecado O lábio viola a castidade A língua acasala, trepa, deflora E faz tremer, arrepiar Teu crime me compensa Na boca depravada Na hora do coito Põe fogo na alcova Sala, quarto, quintal Verborragia gratuita Uma infusão qualquer Uma pitada de veneno A língua foi mais atroz Que o sexo Implantou o amor Arrancou gemidos e umectações Num gargarejar nefando, impudico. ...
JOEL DE SÁ
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Poeta
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Do alto da Paulista eu vejo tudo A vida, a morte, o punhal Pontiagudo Vejo amor que foge de mim Ah, se eu não amasse Poderia estar livre Como as formigas Lá embaixo Intiecológico Liberto, aberto como o vão Do Masp
Se soubesse fazer uma pajelança Um ebó, um mau olhado Não há mulher que se apaixone Por um homem não malhado Por uma bunda sem silicone
Por isso não te amo Não amo Não sei se amo
Faminto como o gavião Fotografando o chão, moribundo Do alto da Paulista os amores São desafetos, skinheads Os bancos abarrotados As mãos vazias de Um paraplégico
Quando tentamos namorar ensaiamos Falar de amor Quando nos conhecemos esquecemos Vem à cabeça a cama O amor é mais encantador Para quem não ama
Te vi no espelho dágua Nua Te amei Ou apenas Te quis mais bonita
Como o hexágono da neve Só sabia falar de amor E ensaiar cantar um soul Não era tão simples Como comer Batata frita.
JOEL DE SÁ.
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Poeta
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Folhas de Outono caindo Nasce o Inverno, então A Primavera vai florindo Morrem os campos no Verão.
Cá do alto do castelo A minha vista se dispôs Em redor deste Estremoz Vendo tudo tão belo E pela escrita revelo Aquilo que vou sentindo Com os meus olhos sorrindo Por qualquer fase do ano Vendo ao sol alentejano Folhas de Outono caindo.
Folhas tais as que escrevo Que me não as leve o vento Ou se vai o meu alento E tudo perde o relevo. Tal sentimento que levo É o das folhas que vão Mas já paradas no chão Jazem molhadas à espera Porque o Outono já era Nasce o Inverno então.
Então dono da esperança Deste povo ansioso Que te quer longo e chuvoso Ansiando pela bonança Um desejo de mudança Que se quer evoluindo A Deus se vai pedindo E às quatro fases da lua Porque a vida continua A Primavera vai florindo.
Quanta vida numa flor Grande dom da natureza O nascimento é uma beleza Dar a vida é puro amor. Mas não há vida sem dor Nem há bela sem senão Não está na nossa mão Nem somos donos da sorte E como não há vida sem morte Morrem os campos no Verão.
tavico
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Poeta
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Como trazar al sueño Si la noche, se me adhiere y tu ingenuidad titubea en un soplo, de erotismo y en la mirada cristalinos ojos brujos en el asombro agonizan sobre el delirio Por engendrar, al insomnio Y a tu hálito en un suspiro
Bajo el hospicio y la astucia se relame conquistado al deseo impredecible de tu oculta fantasía.
Tu silueta en el ramal vapulea sobre mi tronco el aroma, de un vendaval con el fuego,sobre tu torso
Condicionas la premura Y mis dedos, encienden huellas azotando, tu travesura... en el glámur de la lucha por abatirme, correoso en los celos de tu cintura
Galopo en sensaciones conquistando, al rumbo hechizado con tu brío de temblar, cuando te nombro entre sudor y escalofríos.
Cual en tus ilusiones, proliferas en abocarte, a un profundo, abismo en el sueño de una quimera que tu y yo solo escribimos En la llama de una vela.
Pedro Bernardeau
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Poeta
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O vento sopra e alterna Levantando aquela saia Até ao cimo da perna Ai, que o queixo não me caia .
E a saia em corpo sereno Com a mão foi-se ajeitando Por um segundo pequeno A senhora viu-me olhando
Ó senhora com o respeito O que eu lhe vi foi sem querer Não fique assim sem jeito O que é bom é para se ver .
Num gesto meio apressado A senhora já bem composta Deixou-me embasbacado Com uma frase sem resposta .
Disse do instinto de macho Que me guiou no olhar, É o tal que me põe em baixo Se não tenho onde me agarrar .
E eu gravei este momento Sem lá perder o controle Há mais saias ao vento E pernas espreitando o sol .
tavico
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Poeta
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Á margem da sociedade Oiço uma caixa de sonhos Tocando para a saudade De outros tempos, risonhos
Por força do destino Pousado em ombro idoso O teu velho violino Solta um som harmonioso
Solta um som Para tão duros corações Como a calçada que o rodeia Porque a vida é de opções Com que cada um se enleia
Solta um som Por entre uma cidade Que se cruza em corrida Sem dó nem piedade Louca e desprendida .
E assim se desune A nossa raça Que consegue e passa Imune Sim imune A essas notas que entoam Como musica sofrida De solidão, de tristeza E voam… Em abandono de vida.
tavico
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Poeta
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A musica das palavras Ouvida no amor com que me falavas Entrou em mim para não mais sair Ficou em mim para poder sorrir Enquanto abalavas
E a memória de quando tu estavas Tão perto de mim e não me faltavas Vive na saudade de um dia te ouvir Cantando saudosa por me sentir Como quando voltavas.
Enquanto ainda me faltas Invento os teus beijos em pautas Oiço a tua ausência em melodia E em ti me refresco, ó fantasia Da inspiração que me exaltas.
Vêm letras que dançam coloridas Em notas soltas tão divertidas Os meus pés levam os teus passos E meus gestos guiam os teus braços Num enleio de duas vidas.
Ainda te vejo, imagino Desejo-te, ainda não me domino Ao teu coração, o meu disponho Amor de ilusão, que és do meu sonho Um suspiro genuíno.
Como um gemido de prazer comum De nossos corpos feitos num Como um invasor do imaginário deste coração tão solitário Amando sem amor algum.
tavico
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Poeta
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Solo quiero estar solo para no tener a nadie a quien esperar.
Solo quiero estar solo para no tener a nadie a quien llorar.
Solo quiero estar solo para no tener a nadie a quien abandonar,
Solo quiero estar solo para no tener a nadie a quien enlutar.
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Poeta
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Despierta, todo es una pesadilla. No permitas que los guardianes eternos del tiempo triunfen. Despierta tú tienes el poder. Canta, ríe, baila, llora pero no desees la eternidad. Despierta, vivir es un suspiro. Se feliz, da amor y serás amado, no siembres odio, serás odiado. Despierta, acaricia el sol cada día, respira vida, exhala oscuridad y llena tu alma de dulces trinos. Despierta, los senderos no se detienen, atrapa tus sueños, conquista el aire, abre tus ojos y vuela, tú tienes alas.
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Poeta
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CANTA AMÉRICA
Canta América En las pampas fértiles y tersas En los manantiales dulces y floridos En las arenas blancas y antiguas.
Y serás un día Mujer colorada y morena Luz matutina y aroma encandilado. Quizás de todas las horas Hombre cobrizo y oriental Amante vespertino y madura armonía.
Canta América Para suspirar alegrías y odiar tristezas.
Déjate ser soberana en el secreto Lagrima de agonía y eterno rezo Retablo solitario de las batallas.
Te contemplare Familiar y Ajena. Conmigo amor desnudo En las cordilleras incas Sentados en un cóndor de luz Volando a colgar las noches.
Canta América Para mezclar el aullido de las calles Con los acordes cómplices de la muerte.
Canta América Para escalar de a palmos la tierra Donde las persianas del cielo no se abren.
Canta desde el atrio olvidado Para salvar la fuente joven y serena Donde el mármol dormido encierra los corazones.
Canta desde tu barca viajera Para jugar con las canciones ingenuas Donde la cabellera azul de los mares entrega la pena.
América Voz infantil y Eco de los cosas.
Mírame partir He andado en muchos caminos Y hoy que abro el sol y el alma Comprendo que somos Quechuas de espíritu Castellanos de palabra.
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Poeta
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