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Sou cultivador de palavras Mas não sou especialista. Procurei um bom terreno Que desse um pouco nas vistas E Eureka!!! um simpático encontrei! Logo nele me instalei Vendo à entrada um regulamento De seguida a ferramenta posei. Sou um cultivador de palavras! Comecei por escolher o meu terreno Com certeza, o mais apropriado Depois de meus estudos terminados Comecei a enterrar as palavras, Sou cultivador de palavras! Mas vi que havia por lá estrume Nem olhei para trás e estrumei a terra. Dizia eu, assim as minhas palavras Vão crescer e desenvolver em catadupa Mas não foi que enorme desilusão! As palavras cresciam, mas as flores... fanadas! Para mim dizia eu que sou cultivador de palavras, Isto não tem mesmo nenhuma importância! Cultivo só para passar o meu tempo. Sou cultivador de palavras semearei noutro momento E assim vou aprendendo a cultivar palavras. Pois é! mas tudo isso foi sem contar Com os bons, os verdadeiros cultivadores, Que riam a bom rir com os meus dissabores. As minhas palavras, fanadas, não davam flor! Mas não faz mal... enquanto os donos do terreno Não me derem o pontapé no traseiro, cá vou ficando! Talvez um dia se os experts em palavras Tiverem para comigo criticas desagradáveis Só tenho um caminho a seguir, vou-me embora! É natural sim, porque eles já cá estavam E se neste terreno acho que não tenho lugar... Portanto devem ficar e ser eu a desandar. Mas sou cultivador de palavras!
A. da fonseca
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Poeta
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Tenho em cima da mesa um papel branco cheio de nada. Tenho o meu cérebro que procura uma possível inspiração. Rolando nos meus dedos uma caneta que ri à gargalhada, Pois que ela já compreendeu que escrever é uma ilusão.
Sim ilusão. Porque pensava que era bem fácil ser poeta Bastava escrever uma palavras que dariam algumas rimas. Puro engano! Ser poeta, não é só inspiração, nem pateta, Tem que se ter coração, ideias puras, e nada de pantomina.
Por vezes acontece que a minha caneta não tem preguiça E sozinha começa a escrever sem que eu lhe diga o quê. Acho estranho, deixo-a continuar se a sua vontade se atiça Depois de ter terminado, não fico admirado se ninguém me lê.
A razão é simples. Se eu não sou poeta apenas sei escrever Como quem foi à escola, sou como o comum dos mortais. O melhor é deitar fora a minha caneta e me contentar de ler Aquilo que os poetas escrevem, nada mau, posso pedir mais?
A. da fonseca
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Poeta
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Escrevi este texto que é um grito de revolta por todos esses crimes cometidos sobre crianças indefesas, não quero de maneira nenhuma ofender todos aqueles que acreditam em não importa qual religião. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Vou perguntar a Deus o porquê De tantas crianças raptadas Será que lá dos Céus não vê Crianças e famílias destroçadas.
Se Deus, dizem, que Ele tudo vê Porquê Ele não protege essas crianças Começo a acreditar que Deus Ele não é E que tudo o que se diz Dele são semelhanças.
Qual foi o pecado por elas cometido? Por qual razão são elas castigadas? Os seus sós pecados foi terem vivido Por quem lhe chamam Deus, abandonadas.
A, da fonseca
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Poeta
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Obrigado minha mãe, por ter-mos sido pobres. Nunca me podes-te dar uma instrução superior Mas fomos felizes assim, com sentimentos nobres Ensinaste-me os sentimentos e o que era o amor.
Eu que tanto queria ser instruído, na vida ser alguém. Invejava os que tinham muitas possibilidades de estudar, Muitos dos meus colegas de escola foram mais além E eu não estudei e com onze anos comecei trabalhar.
Hoje vejo muitos que estudaram e são doutores Em medicina , em farmácia e até alguns advogados. Minha mãe, te agradeço de me teres ensinado o amor Pois que os instruídos há muitos que são malcriados.
Que me serviria em tribunal defender um criminoso Se eu preferia que ele fosse condenado com rigor? Não sou um cretino, não sou cínico, mas amoroso Da boa educação, da moral e estar na vida com pudor.
Fiquei com a instrução primária e agora não o lamento. Sei dar mais valor à vida, das dificuldades que se herda. Mesmo não tendo ciclo superior escrevo com sentimento Eu sei meus amigos que os meus escritos são uma merda.
A. da fonseca
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Poeta
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Quando nasci Ninguém me disse que existia a tristeza. Quando nasci Ninguém me disse porquê o mundo rodava Só me disseram que tudo era só beleza. Quando nasci Não me disseram que o sol só brilhava de dia Quando nasci Não me disseram que ele não brilhava para todos Só me disseram que viver era muita alegria Quando nasci Não me disseram que existiam as favelas Quando nasci Que para muitos era sempre noite, não viam Que a Lua só chegava à noite com as estrelas.
Cresci, e vi muita tristeza, muita solidão Muitos sem amor sem lar, e sem cama Resistindo ao frio e dormindo no chão Vidas vividas tristemente e sem chama.
Quando nasci Ninguém me disse toda a verdade Quando nasci Comecei logo ali a ser bem enganado E eu acreditei que tudo era igualdade. Quando nasci Logo nasci entre palavras de mentira Quando nasci Ninguém me falou do cinismo, da hipocrisia Que no fim é a verdade no nosso dia a dia. Quando nasci Nasci entre beijos e muitos e belos sorrisos Quando nasci As caricias não faltavam e os elogios também Hoje acredito que tudo isso não era preciso.
Cresci, e vi muita tristeza, muita solidão Muitos sem amor sem lar, e sem cama Resistindo ao frio e dormindo no chão Vidas vividas tristemente e sem chama.
A da fonseca
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Poeta
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E SE TODOS OS POVOS DO MUNDO, AGISSEM DA MESMA MANEIRA?
BELA LIÇÃO DE CORAGEM, LEALDADE, COMPANHEIRISMO E SOLARIEDADE
http://youtu.be/NQ32m2fJt54
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Poeta
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Neste mundo, nesta Terra, Há tanta, tanta guerra, Mas todas elas diferentes. Há a guerra pelo poder. Há a guerra pelo dinheiro. Há a guerra no desporto Para tentar ser o primeiro. Mas não há melhor guerra Do que a guerra do amor Que já vem das noites os tempos. Para Adão e Eva... Talvez fosse passatempo! É uma luta corpo a corpo, Num bailado de felicidade. As armas? são os olhos que brilham Como espadas cintilantes, Lábios que se entrecruzam Entre dois seres amantes. Dois corpos jamais cansados De lutar como guerreiros Pelo amor aprisionados... Felizes prisioneiros! No fim dessa luta de amor Nossos corpos abandonados, Descansando alongados Nesse campo de batalha Que não era que uma cama, Recebemos como medalha Um fósforo, que nos deu a chama Para acender nossos cigarros. E entre duas auréolas de fumo, Minha mão tomou teu rumo Indo acariciar o teu corpo; Fechas-te os olhos, de conforto Ao sentires minha carícia. Nossos corpos transpiraram. Nossos corações suspiraram Num suspiro de trovador. Então, senhores das guerras Enterrai as espingardas Até que elas deem flor.
A. da fonseca
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Poeta
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Acabei de fazer uma soneca E venho levado da breca Para começar a escrever. Sobre o quê? sobre a mulher! Dela não há nada a dizer. Sim! Todos sabem que a mulher É um símbolo de beleza É um símbolo de amor E também sabem com certeza Que a vida nela é concebida. É a mais bela das flores Ela é orquídea, ela é rosa, Quando esposa é um primor, Como mãe é a mais querida, Seu corpo é uma prosa Uma enciclopédia da vida. Festejá-la só num dia Acho que é puro engano Sabemos que ela merecia Elogiá-la todo o ano.
A. da fonseca
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Poeta
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O que é “vencer na vida? É desmatar a floresta da imaginação, e plantar um “pé de cifrão”? Por isso muita gente leva a vida em vão... Só existem “bens materiais” em sua visão.
Se olha para o lado, nunca enxerga um irmão: enxerga um competidor. Vive pensando que as pessoas só estão aqui para competir.
Esta pessoa precisa descobrir que o verdadeiro sentido da vida é o amor... Este sim, quem o encontra, é um vencedor.
A.J. Cardiais 28.08.2009
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Poeta
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Culpado? Meu Deus, porquê sou culpado? Foste Tu que a minha vida destinas-te. Foste Tu, que os meus passos orientastes. Mas eu só queria amar e viver sem sofrer. Só Tu sabes porquê, eu não devo saber. Quantas vezes ri-o, com vontade de chorar. Vezes sem fim sinto vontade de acabar. Não quero chorar, mas rir, sim, rir Para afogar todo o meu sofrimento Acredito que isto não é que um exame Que Tu Decidiste a me fazer passar. Exame de saber estar na vida e viver, De saber sofrer,e também de saber amar. Se foi tudo isto que Tu quiseste, Tenho o dever de Te de te pedir perdão. Meu Deus, se soubesses como estou triste Ficarei a viver nesta imensa solidão. Sim! na verdade a vida é um exame Um problema que não soube resolver. Ficarei a rir, ou a reflectir Ficarei a chorar talvez a sonhar... Mas de certeza, continuarei a sofrer!
A. da fonseca
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Poeta
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