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Estou aqui mandando ver mandando vir... Abusando das rimas para me distrair.
Estou aqui sem eira, nem beira escrevendo besteira para me distrair.
Eu estou aqui, na cama. Você deve estar aí, numa cadeira.
Eu escrevi o que você está lendo e deve estar dizendo: meu Deus, quanta besteira...
E eu estou aqui, rindo desta brincadeira.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não consigo fazer poesia como eu gostaria... Tem uma coisa que me prende e só abre este espaço.
Este é o meu traço este é o meu laço este é o meu passo...
Talvez seja assim mesmo: Se eu fizesse do jeito que gosto, talvez não gostasse.
Então eu faço do jeito que posso o meu traço, o meu troço.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Eu sou um Zé Ninguém, mas me acho poderoso. Para quem não é famoso, eu vivo muito bem.
Apesar de um Zé Ninguém tenho muito carinho, pois nunca estou sozinho. Todos me querem bem.
Faço meus poemas, rumino meus problemas e vou levando a vida mesmo achando dolorida.
Tento melhorar o mundo. Não me chamo Raimundo, mas procuro uma solução para ajudar um irmão.
Eu sou um Zé Ninguém que gosta de fazer o bem sem olhar a quem. A todos estendo a mão.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Espero que meus poemas sirvam de escada para alguém subir.
Espero que meus poemas sirvam como estrada para alguém seguir.
Espero que meus poemas sirvam de piada para alguém sorrir.
Espero que meus poemas sirvam como espada quando precisarem agir
A.J. Cardiais
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Poeta
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Eu começo o dia observando o tempo... Olhando a vida, fora de mim.
Procuro um jardim, onde possa deixar meus sonhos brincando até a noite chegar.
Quando for dormir eu os pego e volto a sonhar.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Ser poeta é estar à espreita da fantasia, e traçar passagens sem abordagens para a poesia.
Deixar a ideia correr livremente pela imagem, dar sua mensagem, construir uma linguagem (às vezes inocente) e seguir em frente.
A.J. Cardiais imagem: a.j. cardiais
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Poeta
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Queria descrever o dia nesta manhã vazia de outono... O sol está clareando.
Não está esquentando minha casa fria. Sinto uma melancolia banhada pela solidão.
O rádio presenteia-me com uma canção do tempo da juventude.
Quis evitá-la, não pude. O passado não volta, jamais. Mais a lembrança sempre o traz.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Nem imagino o que pensam dos meus poemas... Aliás, eu não deveria chamar de "meus poemas".
O poema, depois que sai da casa do pai, ganha o mundo.
E quem está vendo o que está acontecendo, não são meus olhos; são os de quem está lendo.
Quem está "ouvindo" o que ele está dizendo, é você. A imaginação é sua.
Você pode mudar o compasso, pode mudar o passo, pode até mudar de tom.
Pode dizer que ele é ruim, porque pra mim, se você me entendeu, está bom.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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A Rosa que anda, é a mulher que é a vida. A Rosa que ama é a Rosa ferida, exprimida no caule do teu próprio espinho-mulher.
A rosa colorida, é a flor esperança meiga da mulher Rosa apaixonada, dócil,singela, mimada...
A Rosa, rosa é a flor-mulher de espinhos indefesos, para uma vida de amor...
Ah, Rosa... Prenda-me nas tuas pétalas e ponha-me toda a pureza do teu desabrochar perante o sol.
A.J. Cardiais 1982 imagem: google
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Poeta
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Quero sempre escrever com amor, com vontade. Não quero a vaidade invadindo meu sentimento.
Quero sempre escrever como quem toca um instrumento: curtindo todo prazer de soltar as notas musicais.
De nada vai me adiantar saber demais e perder o paladar.
Eu quero é deitar e rolar... Quero habitar na poesia sem os acabamentos finais.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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