Poemas :  Desnuda
Desnuda eres tan simple como una de tus manos:
lisa, terrestre, mínima, redonda, transparente.
Tienes líneas de luna, caminos de manzana.
Desnuda eres delgada como el trigo desnudo.

Desnuda eres azul como la noche en Cuba:
tienes enredaderas y estrellas en el pelo.
Desnuda eres redonda y amarilla
como el verano en una iglesia de oro.

Desnuda eres pequeña como una de tus uñas:
curva, sutil, rosada hasta que nace el día
y te metes en el subterráneo del mundo

como en un largo túnel de trajes y trabajos:
tu claridad se apaga, se viste, se deshoja
y otra vez vuelve a ser una mano desnuda.
Poeta

Poemas :  Camino en ti

Te camino por dentro
asilado en tus telares…
tiemblo
cada vez que mis pies rosados tocan
los enseres y tramoyas de tu templada cordura.


Acaricio al pasar la pared del laberinto,
el polen primigenio de tus ideas
que con humo y sigilo espío en silencio…
sin quebrar el orden,
la estrellada calma de tus noches con grillos.


Denso es el tiempo,
más allá de la confusa anécdota…
ebrio y sin auroras
cabalgo los días líquidos que me envuelven
para arrastrarme a tu antojada orilla.


Lejos de la urgencia
desnudemos el deseo y la conciencia…
para que se derritan en ti
mientras rumiamos esta áspera distancia
que nos ensambla tras la ventana.


Inmerso en el agua de tu mente
recojo los callados ecos…
y me hablas sin saberlo porque estoy en ti,
presente…
como aceite y sombra derramados.


Cántaro son tus pensamientos,
jadeo en mis labios de papel
que húmedos aguardan…
conceptos fugaces aquí y allá
que acaban muriendo entre leche y piel.


Te camino por dentro
asilándome como un pájaro
cuando mis pies rosados se confunden
en las tramoyas de tu cordura.


Deseo recorrerte sin saberlo…
asaltar tus pupilas,
permite que te siembre breve
de diminutas palabras…
libre y disperso en las mañanas que te acuestan.





Leeme con calma en http://teyalmendras.blogspot.com.es/
Poeta

Poemas :  Camino en ti

Te camino por dentro
asilado en tus telares…
tiemblo
cada vez que mis pies rosados tocan
los enseres y tramoyas de tu templada cordura.


Acaricio al pasar la pared del laberinto,
el polen primigenio de tus ideas
que con humo y sigilo espío en silencio…
sin quebrar el orden,
la estrellada calma de tus noches con grillos.


Denso es el tiempo,
más allá de la confusa anécdota…
ebrio y sin auroras
cabalgo los días líquidos que me envuelven
para arrastrarme a tu antojada orilla.


Lejos de la urgencia
desnudemos el deseo y la conciencia…
para que se derritan en ti
mientras rumiamos esta áspera distancia
que nos ensambla tras la ventana.


Inmerso en el agua de tu mente
recojo los callados ecos…
y me hablas sin saberlo porque estoy en ti,
presente…
como aceite y sombra derramados.


Cántaro son tus pensamientos,
jadeo en mis labios de papel
que húmedos aguardan…
conceptos fugaces aquí y allá
que acaban muriendo entre leche y piel.


Te camino por dentro
asilándome como un pájaro
cuando mis pies rosados se confunden
en las tramoyas de tu cordura.


Deseo recorrerte sin saberlo…
asaltar tus pupilas,
permite que te siembre breve
de diminutas palabras…
libre y disperso en las mañanas que te acuestan.





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Poeta

Poemas :  Acertei na poesia
Vou jogando meus poemas por aí,
para ver se eles despertam
na manhã um novo dia.

Para ver se acendem
uma nova confraria,
que alimente o povo
de pão, de paz e de poesia.

Vou jogando os meus poemas,
como quem joga na loteria:

Enquanto não sai o resultado,
eu fico acreditando
que acertei na Poesia.

A.J. Cardiais
11.10.2010
Poeta

Poemas :  Amiga morte
Não sei como é que a morte
irá me levar...
Se eu tiver sorte,
ela me levará dormindo.
Então morrerei sorrindo...
Sonhando que estou partindo,
quando na verdade já parti.

Se eu tiver sorte também,
ela me levará quando eu estiver
escutando musica.
Aí morrerei sentado.
Quando todos pensarem
que estou dormindo,
já passei para o outro lado...

Amiga Morte,
quero morrer forte!
Não quero morrer definhando
ou então lutando
para continuar aqui.

Eu quero, de uma vez, partir.
Depois eu volto
pra dizer que eu morri.

A.J. Cardiais
01.01.2010
Poeta

Poemas :  Gatos e gatunos
Os gatos não têm nada
contra os ladrões.
Quem tem a ver
são os cães.

Os ladrões também são
conhecidos como gatunos.
Os ladrões e os gatos
têm hábitos noturnos.

Vou fazer como o Poeta
Ildásio Tavares:
esse poema não quer dizer
nada, nada, nada, nada...

Foi só uma ideia
que me veio.

A.J. Cardiais
18.10.2006
Poeta

Poemas :  PORQUÊ ?
Porquê? só a morte de um amigo
Nos confunde em marés de emoções
Emolduradas com tantas e tantas questões
Numa partilha de tamanho castigo

Numa impotência que nos condena
Nuns olhares de palavras mudas
Num apaziguar de bocas linguarudas
Ao pesar aquilo que não vale a pena.

Numa raiva onde desmoronamos
Numa vida demais injusta e atroz
Em lágrimas que nos abafam a voz
Numa verdade em que não acreditamos.

É essa a verdade que se atrasa
E nos encontra talvez mais tarde
Quando nos aperta a saudade
E por uns momentos nos arrasa.

É com muito amor que as evito
Esta verdade e a saudade em mim
A vida de um amigo teve um fim
Mas em minha alma o ressuscito.

Tenho-te bem vivo na memória
E o prazer de rever cada passagem
Com o mundo ouvinte da história
Que conto em tua homenagem.

tavico
Poeta

Poemas :  NOCHES SIN DORMIR
Paso muchas noches,
sin dormir,
sin comer,
sin escribir.

Insomnio,
cansado estoy,
debil hasta la muerte,
hasta dejar de respirar.

Noches de desvelo,
no he dormido una sola vez,
palido estoy,
bajo este tormento estoy.

Desvelado,
no puedo soñar,
ni dormir,
sin nada.

Erick R. Torres
(Angel Negro)
Poeta

Poemas :  Na espreita
É noite...
Todo mundo se deita.
Mas, numa rua escura, deserta:
Um ladrão na espreita.

É noite...
Uma mulher se enfeita.
Irá ao cinema? Ao baile?
A uma reunião? Não.
Na esquina, um homem lhe espreita.

É noite...
Enquanto muita gente se deleita,
não espera, não sente e
nem pensa, que enquanto de distrai
há muitos olhos na espreita.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas :  A voz do coração
Quando meu coração
disse sim,
fiquei indeciso,
não obedeci.

Segui a razão...
Com medo de ouvir um não,
então eu disse: Não!

Quando meu coração
disse não,
eu duvidei,
não acreditei...

Escutei a razão.
Pensando que ouviria um sim,
então eu disse: Sim!

Então ouvi um NÃO!!!
Que até hoje ecoa
na minha solidão.

A.J. Cardiais
13.12.1981
Poeta