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No silêncio do querer
Tudo mudou, sentimentos, saber amar só por amar, saber ajudar sem alardes, mas com alegria. Aceitar os nossos defeitos e os dos outros. Respeitar o pequeno mundo que todos temos cá dentro. O arco-íris que é a vida, no seu todo e que muitos não veem, é o princípio do saber conviver. Sem comparar o que se tem de bom ou mau, sem invejar, sem acusar, ou comentar à nossa maneira muitas vezes agreste. A felicidade não existe, é um estado de graça que nos inunda em que nos sentimos bem. E que vai e vem. Pudesse eu contar abertamente episódios que vivi. Assim seria fácil entenderem o que digo. Mas não o devo fazer e muito menos agora, que o ser humano mudou tanto nos valores essenciais em que nos apoiamos para sermos o que pensamos ser no ego imenso da vaidade que somos mais do que os outros. Por isso digo a felicidade não existe é um estado de alma. Estendo os braços e não vens abraçar-me. Nem os teus olhos que sabiam o que ia no meu coração vejo. Em ti revejo muitos mais, de outros tempos onde sabíamos viver. Por vezes dou comigo a pensar que tudo foi ilusão que de tanto procurar e de tanto querer, fiz dos meus sonhos realidade. Tudo ou quase tudo foi relâmpago em noite escura, foi estrela sem vida ainda reluzente, no infinito. Cansaço de fazer de conta que tudo é verdade. Quimeras perdidas do pensamento e desejo de ter felicidade Desgaste que o tempo faz. Hoje vazia de sonhos, no silêncio da solidão, sou eu e simplesmente eu e o meu mundo de fantasia que me fez sorrir e eram simplesmente lágrimas retidas no enorme desejo de ter o que não podia Como borboleta rodopiei na luz de lâmpadas que imaginava, hoje apagadas, só me resta num canto qualquer ficar parada e ter um pouco de sol. E quando a noite chegar a encolher-me e aceitar que na realidade sempre estive só. Mesmo abraçada ou afagada por caricias, estive sempre só. Porto,24 de julho de 2019 Carminha Nieves
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Poeta
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Colina dourada, no verde da esperança. Caminhos rosa de pétalas desfolhadas na juventude. Corações gravados nas pedras brancas da inocência. Num lugar sem nome, sem saber onde, estou lá. De mil perfumes eternos, docemente a criança brinca com pérolas do colar do seu futuro. Pensamento vazio, sem medos nem discernimento. É ela, mas nem se dá conta que vai crescer. Se descer da colina. Cardos, espinhos, dor, temores, ferirão a sua pele suave e doce. Voltei á colina lá fiquei. A pele com cicatrizes continua suave e continuo a brincar com as pérolas. O resto não importa. Fechei os olhos ao mundo, esqueci onde andei e quem fez parte da minha vida. Só eu e Deus e mais ninguém, pois o resto ou o todo, fui pura ilusão. Se desço de vez em quando, faço de conta que sou igual aos demais e sou alegre, bem-disposta, boa companhia e sinto que dei momentos agradáveis a todos. E volto a subir pelo caminho rosado de pétalas rosa e medito no que vi, ouvi e senti. No silencio da noite vazia imagino estrelas brilhantes e pouco mais. Opacidade no leve contorno dos prédios, ruido de um carro a passar na estrada e eu não penso em nada e em tudo penso, é indomável este alerta constante de querer saber e compreender a minha vida. Para muitos, tenho tudo. Sou bafejada pela sorte, mas a realidade, é muito diferente. Sou um nada. Mesmo meu só tenho a colina dourada, que a custo consegui subir e sentir que sou alguém. Porto,19/6/2019 Carminha Nieves
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Poeta
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Para construir, dá trabalho. Para destruir, basta uma falha, um descuido, um empurrão.
A.J. Cardiais 05.05.2019
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Poeta
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O mais importante numa relação sexual, é o resultado; é como os amantes se comportam, depois que acaba o prazer.
A.J. Cardiais 21.02.2019
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Poeta
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Cómo saber que es lo nuestro, cuando lo nuestro nos abandona y deja estas heridas que guturan? llagas incontrolables de sangre y pena que lleva a sus causes solo por aquello que llamamos nuestro y ahora no lo es?
Aquello que en su tiempo mostraba serlo todo, y que hoy se ha ido de nuestro lado dejando solo amarga soledad, acompañada de lágrimas, derramadas solo del corazón...
Roberto Renteria.
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Poeta
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Los tiempos se han terminado, en mi alma, en mi mente y mi ánimo no queda lugar para preguntas, solo falta tomar lo que ha quedado, son despojos de momentos agotados, gastados de golpear contra mil dudas al tomar la razón conocimiento, no hay motivo que doblegue a la certeza, la existencia son millones de caminos, cada uno es decano de maestros, cada vida es alumno subjetivo del capricho que dibuja el laberinto. Giran las galaxias en eterno movimiento...explicar el motivo es imposible, es insólito comprender lo insignificante que es el mundo en semejante universo, razonar el porque de la existencia no es posible con las reglas de la ciencia. Soy consciente que somos una estadística imposible si no implicas una excéntrica variable de cierta intangible voluntad extravagante...de cierta vibración inexplicable... La religión justifica a los hombres...El espíritu justifica el universo
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Poeta
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Desconstruir no dejar títere con cabeza con ironía ,sarcasmo, sin juicio, ni razón Un sin sentido parece pero fácil de hacer Supongo que con la idea "Del caos saldra un nuevo orden" A pesar de saber que el hombre es un ser que tropieza con la misma piedra Desmoronar un puzzle conociendo las piezas y darles un nuevo valor Muy distinto imagino las posibilidades de construir desde ahí ese orden más elaborado y superando la complejidad del anterior e incluso aprendiendo a simplificar No por ello hacerlo y creerlo más simple Proclamando una estética , ética y una pragmática más amplias Me parece más costoso e interesante que enmierdarlo todo Para no poder discernir: Ni los elementos Ni la razón Ni las emociones , valores y creencias que lleva envuelta tal acción Dejarnos seducir por tal discurso Fácil seguro pero en el vacío te deja sin fuerzas para generar respuesta Alejarse de tal negritud y descomposición creo merece la pena Quién desde la desdicha penetre en ella que la mente le compadezca Cuando uno no indaga en el conocimiento, ni desea el compromiso bueno refugiarse en el eclecticismo El escéptico que busca sin descanso dónde descansar su espíritu en torbellinos se encuentra pero su esfuerzo, no será vano El que claudica la partida se la ganaron de antemano La frustración y el bochorno de no ser digno la depresión de los acontecimientos y elementos en curso condujo al Dadaísmo Al absurdo de solo creer en lo concreto , real y mísero Abandonando el idealismo , la bondad A pesar de agrandar e introducir el opuesto que digno es de elogiar el complemento que ayudó a interrogar El concepto de lo bello La idea de arte es todo porque eres tú El subjetivismo que su pecado es llevarnos al solipsismo El todo vale , la funcionalidad es el único motor Al principio nos deja sin asideros , interesante ¿porque donde posar tus pies? Si tienes la suerte de elevarte , volar , y buscar la unidad de los opuestos Todo el proceso habrá servido para agrandar el conocimiento Desde la super especialización volver a recorrer el camino a su nacimiento En ese ir y volver transportando el exterior al Interior El centro afuera , el afuera adentro lo micro y lo macro Me agrada si el fin es alcanzar un mayor entendimiento. La margarita tiene su núcleo y todos sus pétalos parten de él Son diversos e iguales al misno tiempo Y con todos ellos crean la flor . Para mí "atención y alarma" si me quedo solo en un lado del mirar Sea construir sobre ,sobre ,sobre o destruir sin saber el que ¿Cómo construir sin destruir o destruir sin que implique un construir? ¿Que destruyo y porque ? ¿Que pretendo construir sobre lo destruido? ¿Tengo la capacidad de mirar allá a lo lejos ? O me he perdido y todo es posible desde mi pataleo porque erguirme sobre mí mismo no puedo
Derechos reservados 30/11/2018
Dikia
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Poeta
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FILOSOFIA MALANDRINHA Todos são iguais; nós entre nós e os outros entre eles mesmos.
Guru Evald
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Um dia o Amor, a Vaidade e o sábio foram a uma bela campina para estar com o Senhor na paz e na beleza da natureza. A Vaidade orava: Senhor, eis que no mundo há muita fome e sofrimento. Suplico, pois, recursos a vós para que eu possa mitigar o sofrimento de muitos desses que estão a sofrer. O sublime Amor ora fervorosamente: Senhor, de todo coração vos suplico: mitigai o sofrimento dos que estão no mundo a sofrer, amém. O sábio nada diz, pensa no Senhor e com o coração em júbilo canta e dança.
Guru Evald
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Poeta
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SENTIR SEM SENTIDO
No computador, novo, as minhas músicas antigas de tempos passados, enchem de acordes a casa. Como que por magia, retrocedo, vou para outra casa e mais outra onde vivi. E recordo sensações, desejos, certezas, incertezas, sofrimento, alegrias, emaranhado de sentimentos e renovo a ânsia de me sentir feliz, mesmo enganada. Quase sinto as lágrimas que derramei, o corre-corre para ir. Onde? Nem sei como explicar. Ter com alguém? Abraçar e sentir um qualquer abraço? Ou simplesmente sentar-me muito pertinho do mar manso na praia que tanta saudade me traz. Talvez seja somente saudade do que tive ou pensei ter. Talvez os desejos do que nunca tive e como sonâmbula vivi. Em cada música sensações diferentes, pessoas que nunca mais verei. Vazio imenso, só vazio. Mas na distância sempre existe esperança. Negação de que já tudo acabou. Menina e moça. Mulher e Mãe, pensando ser amada, aconchegada com manto de conforto, que afinal nunca tive. No caminhar incessante do tempo, caminho junto, umas vezes ligeira e leve, outras pesadas devagar sem vontade de ir em frente. E continuo a ouvir as músicas e continuo a reviver e engano-me a mim mesma ao voltar atrás e ser o que já fui. Dentro do tempo real há o tempo que passou e que ainda vivo como se nunca tivesse passado. Lembrança de uns olhos doces, de vozes meigas, de caricias ternurentas sem maldade. Amálgama de sentires, de sensações, desesperos, de incapacidade para conseguir tornar realidade tantos e tantos sonhos que desejei e bem lá no fundo ainda desejo. E continuo a ouvir as minhas velhinhas músicas, espraio o olhar no horizonte e recolho-me numa qualquer nuvem e divago. Limpo o meu interior, vivendo estes momentos que no fundo sou eu e a minha vida. Na mentira de muitos, existo. Na verdade, de alguns também, mas a seu tempo. tempo virá em que tudo se transforma e se clarifica. Aguardo serena e ouvindo a minha música abstraio-me de tanta mesquinhez e maldade, mesmo do desrespeito grosseiro para com os Pais. Cada um semeia o que quer e colhe o que merece. Numa nuvem qualquer me recolho e divago. Sentindo o meu interior limpo vivendo estes momentos e sabendo que sou eu e a minha vida, Porto,13 de agosto de 2018 Carmnha Nieves
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Poeta
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