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O Navegante Perdido
A cena se passa nas costas gregas, 1913.
Cena Única
O exterior de um barco com o leme. Vemos um homem chamado Grigori Panatkos junto ao leme. Ele está cansado e abalado.
Grigori- Cáspite! Três dias que deveria estar em Samos, mas peguei a rota ao sul que estava no mapa e que mostrava um atalho, e agora estou cá perdido, e este maldito rádio que não funciona! O que farei?
Ele sai de perto do leme e vai até a esquerda. Ele olha como se estivesse querendo enxergar algo além do horizonte. Vira-se e vai para a direita e faz o mesmo.
Grigori- Nada de terra! Nada de nenhuma costa! O que posso fazer? O máximo de dias que posso aguentar nesse maldito barco é quinze dias! Ou menos, se tiver a sorte de afundar por causa de uma tempestade como a de ontem! E como os dias passam depressa no mar!( Ele volta ao leme e começa a dirigi-lo).
Ouvimos um barulho de mar ao longe, e também alguns barulhos de vida marítima. Grigori está tão distraído que não percebe os barulhos.
Grigori- Eu tinha absoluta certeza que tomando a rota que tomei iria chegar em Samos mais rápido. Por que não fiz a mesma rota de sempre? Por que quis pegar um atalho? ( Mexe duas vezes no leme, olha para frebte como se estivsse olhando para o mar). Droga! Eu realmente preciso achar esse caminho!
Sai de perto do leme e vai até o canto esquerdo e fica olhando para o horizonte. Ele olha para o horizonte mais ou menos uns dois minutos. Depois para, e volta ao leme. Ele se senta em um banquinho e fica desanimado. Passa a mão nos cabelos, suspira longamente.
Grigori- Não sei mais o que faço. Já tentei todas as rotas que ainda conheço. Agora realmente vou ter que operar no modo intuição, se é que realmente sei usá-la. Mas... Não, essas rotas nunca tem navios da marinha. Eles ficam mais a noroeste de onde estou.
Grigori vai até o leme novamente, guia-o por mais ou menos uns dois minutos. Solta. Ele novamente fica desesperado. Toma uns goles de água em uma garrafa. Fica sentado a olhar para a frente.
Grigori- Vou atracar. Não aguento mais. Não, não posso fazer isso. Preciso continuar a tentar achar o caminho.
Ele volta a pegar o leme, mas ele está tão abatido que decide parar de vez de pegar no leme.
Grigori- Vou realmente tirar uma soneca. Não quero continuar a seguir por hoje.
Grigori sai. Ouvimos um barulho de mar e algumas gaivotas. Ouvimos o barulho de vozes ao longe, mas logo o pano desce.
FIM
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Poeta
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Três gatos e um mordomo
A cena se passa na Bélgica, em 1895.
Cena Única
Uma rica sala decorada no estilo contemporâneo. Nela vemos uma senhora, de aproximadamente 60 anos, vestida elegantemente e usando um colar de pérolas. Ela está sentada em um sofá. Ao lado dela em outro sofá está um homem jovem, de cabelos negros e olhos verdes chamado Maurice. Ele é médico e está tomando uma xícara de café. Vemos um homem entrar. Ele se chama Ernst e é o mordomo da casa. Ele carrega três gatos chamados: Da Vinci, Mozart e Dante. Os gatos miam muito.
Gloria- Oh, meus gatinhos lindos Traga-os aqui, Ernst.
Ernst- Sim, madame.( Ele leva os gatos até ela que pulam em seu colo miando).
Gloria( abraçando os gatinhos)- Oh, eu não consigo viver sem vocês meus artistas lindos.
O médico olha para a cena e ri um pouco.
Ernst- Vou terminar de fazer os outros afazeres, madame.
Glória- Não tão rápido, Ernst. Quero que os alimente, e também quero que os vista com uns casaquinhos.
Ernst( expressão cansada)- Sim, madame.
Glória- Maurice, vamos deixar Ernst cuidar dos gatinhos e passear pelo jardim. Preciso falar de minha saúde que não está boa.
Maurice( larga a xícara)- Está bem. Vamos.
Os dois saem. O mordomo fica a sós com os gatinhos que aindam miam muito.
Ernst( cansado)- Alimentar mais uma vez estes gatos e ainda vestir casaco para eles, e claro, colocar um monte de tintas e papel na frente deles para que eles criem( Faz gestos de aspas) suas obras de arte. Ah, isso não é um trabalho! É um martírio!
Os gatinhos ficam pulando de um sofá para o outro. O mordomo olha para os gatos, ele suspira e sai. Ele volta com três tigelas com mingau e com casaquinhos de cor azul, verde e rosa. os gatinhos ficam miando e vão para as tigelas e ficam lambendo o mingau.
Ernst( deixa-se cair no sofá)- Malditos gatos! Como eu gostaria de matá-los! Vocês não fazem ideia do trabalho que me dão!
Os gatinhos continuam tomando o mingau.
Ernst- Eu poderia sufocar cada um com esses casaquinhos... Ou quem sabe colocá-los para dormir e mandá-los para algum lugar. Ninguém desconfiaria. Tenho amigos no correio que podem enviar para mim sem cobrar nada.
Os gatinhos continuam se fartando do mingau. Ernst se levanta e fica andando pela sala. Ele vai até a janela e fica olhando para fora. Logo ele volta para junto dos gatos que pararam de tomar o mingau. Ele pega os três casaquinhos, mas os gatinhos se afastam dele.
Ernst- Maldição! Por mil demônios! Toda vez que vou colocar os casaquinhos neles eles fogem! ( Fingindo docilidade)- Venham aqui, meus queridos e amados gatinhos. O titio apenas quer vestí-los com os casacos mais lindos do mundo!
Os gatinhos fogem mais uma vez. Ernst desiste. Ele volta a janela.
Ernst( olhando para a esquerda)- Oh, como as violetas e margaridas estão bonitas... Oh, mas o que vejo lá? Será que é...?( Ele se debruça na janela, escorrega e ouvimos um grito de Ernst caindo no chão. Depois não ouvimos mais nenhum grito).
Glória( off)- Então, doutor, como está minha saúde?
Maurice( off)- Boa, mas precisa continuar os exercícios.
Glória( off)- Adorei saber que minha saúde está boa. Daqui a pouco verei meus gatinhos lindos.
Vemos os gatinhos brincando por todo o canto. Eles miam bastante. O pano desce.
FIM
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Poeta
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A Lembrança
A cena se passa na Irlanda, em 1922.
Cena única
Uma sala com uma janela, uma cortina bege, uma estante com livros, uma porta à esquerda, um quadro na parede. Um lugar com um aspecto de ser um local de trabalho. Há um telefone em cima de uma mesa com alguns papéis e canetas. Um homem está sentado uns cinco metros em uma cadeira perto da escrivaninha, Ele se chama George. Está consternado, sua bastante e coloca as mãos nos bolsos toda hora.
George- Ah, Céus, eu preciso realmente me lembrar do que aconteceu naquele dia e como fui perder a senha. A senha, na verdade é a lembrança. Eu sei que ela está aqui. Eu a anotei, mas não lembro onde. E logo...( O telefone toca. George se levanta e atende o telefone)- Não, senhor, eu ainda não me lembrei.
Voz(-off)- Lembre-se logo, por todos os diabos, George! Precisamos realmente disso! Lembre-se logo.
George- Senhor, minha cabeça dói, eu estou suando bastante, e realmente não me vem nenhuma lembrança. Acredite em mim, eu realmente não me lembro!
Voz( off)- Pois trate de se lembrar. Você sabe que o contrato que está em mãos é muito importante!( Desliga o telefone).
George coloca o telefone no gancho, suspira, passa a mão no rosto desolado. Ele procura se lembrar mantendo um olhar distante, mas focado, mas não consegue nenhuma lembrança. Ele volta para a cadeira onde estava e se deixa cair nela exausto e sem esperanças. Ele fecha os olhos. Fade out.
Fade in. Vemos George completamente embriagado falando ao telefone. Ele está falando com sua mulher. Não ouvimos muito, mas ele está discutindo. Ele tem a voz embargada e chora profundamente. Ele desliga o telefone abruptamente. Ele dá alguns murros na mesa. Ele se levanta e dá alguns passos pelo escritório. Ele decide pegar uma garrafa de uísque e toma uns quatro copos seguidos. Logo ele lembra que precisa fazer algo. Ele vai cambaleando até a estante, pega um livro, tira uma caneta do bolso do paletó e anota alguns números na capa do livro. Ele guarda o livro. É o primeiro da direita à esquerda. Ele volta para a cadeira e fica bebendo. Ele canta baixinho, não ouvimos porque sua voz está absurdamente embargada. Ele se levanta da cadeira e vai até a janela e fica olhando para fora. Ele procura abrir a janela, mas não consegue por estar muito bêbado. Volta para a cadeira e deita nela, fecha os olhos e começa a dormir.
Fade out.
Fade in. George fica um pouco mais aliviado pois ele lembrou o que precisava. Ele vai até a estante e busca o livro, ele o acha depois de uns dois minutos. Ele vai até a capa, vê os números. Fecha o livro e o guarda no fundo da estante e vai até o quadro e retira-o. Há um cofre escondido. Ele começa a usar a combinação de números. O cofre se abre e George pega além de algum dinheiro, ele pega um contrato que está em um envelope marrom.
George- Finalmente lembrei. Não lembrasse eu estaria agora chorando desempregado e praticamente solteiro.
O telefone toca. George atende.
George- Senhor, acabei de achar o contrato da empresa do senhor Malvin. Eu estou levando agora.
Voz( off, nervosa)- Seja mais cuidadoso, George. Aposto que bebeu muito no dia e acabou se esquecendo! Venha logo, estarei te esperando! Não podemos perder esse cliente! ( Desliga)
George- Maldito velho. Espero que dentre dois anos eu esteja trabalhando em um lugar melhor e ganhando quatro ou cinco vezes mais!( Ele carrega o contrato com ele debaixo do braço. Ele o coloca em uma pasta. Coloca o chapéu).
George olha todo o ambiente arruma uma ou outra coisa que deixou fora de lugar, apaga as luzes e sai batendo a porta. O pano desce.
FIM
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Poeta
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A Inspiração de Tchaikovsky
A cena se passa em Moscou, nos idos de 1860.
Cena única
Quando a cortina abre vemos Tchaikovsky, um famoso compositor russo sentado diante de uma escrivaninha com papéis, uma caneta tinteiro. O lugar está mais ou menos escuro. É de noite. Tchaikovsky está frustrado porque está sem inspiração. Ele olha várias vezes para o papel pentagramado e não tem ideia nenhuma de como compor. Ele suspira longamente. Ele revira os papéis já escritos de alguns dias atrás. Ele se levanta e vai até uma poltrona, ele se senta e fica olhando para o vazio. Ele passa a mão na lapela do paletó, depois esfrega as mãos uma na outra. Passa-se cinco minutos e ouvimos em off um assovio. É o começo da Valsa Das Flores. Tchaikovsky levanta-se rapidamente, vai até a escrivaninha, puxa a cadeira e senta-se e começa a compor. O assovio em off vai até os dois minutos da Valsa das Flores assoviando. Tchaikovsky vai compondo cada nota que ele escuta. Depois dos dois minutos, se passa três minutos e ouvimos novamente a voz em off assoviando. Dessa vez até os quatro minutos da obra Valsa das Flores, Tchaikovsky anota rapidamente no papel. Ficamos cinco minutos em silêncio. E depois o gran finale começa a ser ouvido e Tchaikovsky termina de escrevê-lo. Ele esrtá radiante. Levanta-se com a partitura nas mãos muito feliz. Mas olha e vê que não tem título. Ele morde os lábios e fica pensando em um título.
Voz de mulher(off)- Sebastian, já plantaste as rosas brancas?
Sebastian(off)- Não, madame, ainda não tive tempo, mas logo irei fazê-lo.
Voz de mulher(off)- Pois faça logo. Eu não consigo viver sem minhas roseiras brancas.
Tchaikovsky tem um súbito de esclarecimento. Ele coloca os papéis com a valsa que foi criada ouvindo o jardineiro e coloca Valsa das Flores.
Tchaikovsky- Graças a Deus que recebi uma inspiração hoje. Oh, precioso Sebastian, eu ainda o agradecerei, mas não agora. Preciso dormir. (Tchaikovsky guarda os papéis em uma gaveta da escrivaninha)
Tchaikovsky olha tudo em volta e vai saindo assobiando a obra. O pano desce.
FIM
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Poeta
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O Rádio e Eu
A cena se passa na Espanha, em 1931.
Cena Única
Um ateliê de pintura com todos os tipos de tintas, pincéis, quadros, e outros objetos artesanais. Há uma janela que está aberta. Há um perfume de lavanda no ar no ateliê. Do lado esquerdo vemos um quadro de um barco e uma parte do mar, ele está incompleto, mas é um belo, sensível e admirável quadro. Perto dele está uma mulher chamada Elisabeth. Ao lado do quadro, há um banquinho com um rádio ligado. O rádio está baixinho e quase não ouvimos o que está sendo tocado. Elisabeth está pintando, mas para por um minuto. Ela suspira cansada e coloca a paleta e o pincel de lado. Ela vai até uma parte do ateliê onde há uma mesa com papéis, revistas, e alguns jornais. Ela vê duas cartas e pega.
Elisabeth- Oh, que maldição! Diablo! O Alonso me escreveu novamente. Eu já pedi a prima dele para dizer a ele que não quero que me escreva mais. Que homen insistente! Como Yo sufro! Com ela não poderei parar de falar, mas irei diminuir o número da correspondência. Creio que ela nem falou com Alonso, ou ele anda cada vez mais teimoso mesmo. Se continuar, terei que dizer ao pai dele.
Ela se afasta da mesa e vai até outra onde há algumas frutas. Ela pega uma maçã, olha para ela, e desiste de comer. Na mesa há uma garrafa com água e um copo. Ela enche o copo de água e bebe todo. Coloca o copo de volta na mesa. Ainda ouvimos o rádio baixinho. Ela pega uma revista em outro lugar e começa a folhear. Ela folheia três páginas rapidamente, depois lê duas e fecha a revista, levanta-se e vai até outro lugar onde há tintas. Ela olha para cada tinta, escolhe as que irá usar novamente e anda mais um pouco pelo ateliê. Ela vai até uma porta, abre-a e entra. Ouvimos o barulho de água. Ela abre a porta e sai enxugando as mãos. Joga os papéis em uma cestinha e volta a pintura que estava fazendo. Ela passa o pincel na paleta e começa a dar pequenas pinceladas em um detalhe do barco na parte de trás. Ela é detalhista e faz tudo com muito cuidado. Depois de terminar o detalhe, ela passa para o céu que está ao centro no quadro e com o mesmo detalhismo ela vai pintando o contorno do sol, a intensidade dos raios, uma mera sombra, etc. Ela para mais uma vez. Ela vai até a janela e fica espiando para fora.
Elisabeth- Oh, como estou... Não cansada, mas exausta de estar sempre no mesmo mundo, ainda que todos os dias eu veja pessoas diferentes nesta janela. Claro, tudo se me parece sempre um pouco diferente, mas dentro de mim as coisas permanecem iguais. As sensações e percepções a olhar para fora não são as melhores. Oh, este mundo não passa de um ambulatório de corpos ambulantes e desprovido de Beleza e Harmonia! Um mundo que parece mais uma grande teia de aranha a nos prender todos... (Sai da janela e senta-se onde as tintas estão, fica um momento reflexiva).
Ela novamente vai até o quadro, coloca as mãos na altura da cintura, morde os lábios e demonstra que ainda precisa trabalhar mais no quadro. Porém ela suspira longamente, passa as mãos no bolso e diz:
Elisabeth- Irei trabalhar nele depois que comprar vinho e mais algumas tintas como amarelo ocre, canário, e magenta. E vou agora mesmo que o tempo está suave, daqui a duas horas estará muito caliente.
Ela começa a sair, mas antes de sair toma outro copo de água. O rádio que ouvíamos desliga e não ouvimos mais nenhum barulho. O pano desce.
FIM
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Poeta
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Balé com o inimigo
A cena se passa em Leningrado, 1943.
Cena única
Uma sala com duas poltronas, uma janela com uma cortina rosa, uma estante, duas mesinhas com vasos de flores, quadros na parede, uma mesinha de centro com dois livros, e perto da janela um banco alto com um gramofone tocando um balé chamado O Pássaro de Fogo, de Stravinsky. Uma mulher loira, magra e alta, dança. Ela é uma bailarina e se chama Petrouchka. Ouvimos lá fora barulhos de bombas, tiros e canhões, mas ela continua dançando sem se importar com a guerra.
Petrouchka- Nem essa maldita guerra pode realmente me fazer parar de dançar( Dançando por toda a sala)- Essa maldita guerra só pode atingir pessoas estúídas e que não querem crescer como pessoas.
Sua dança se torna uma mistura de balé classico com contemporâneo. Mais barulhos de tiros.
Voz de soldado( off)- Precisamos defender essa casa! Mas há mais de trinta alemães e somos apenas cinco! É impossível! Eles realmente vão invadir esse prédio!
Petrouchka nada ouve e continua dançando. Ela consegue se desligar de toda a guerra, ela para um pouco de dançar, e senta-se numa poltrona e fecha os olhos.
Petrouchka- Essa poltrona me traz recordações incríveis. De minha avó, de meu pai a ler o jornal, de minha mãe a fazer tricô. Ah, como eu sinto falta deles. Desde que comecei a viajar com a companhia, eu quase nunca mais pude vê-los. E agora... Eles estão mortos.( Abre os olhos, levanta-se)- Vou voltar a dançar. Meus passos tem estado horríveis.
Volta a fazer passos de balé. Nesse momento a porta se abre com estrondo e vemos um soldado alemão entrar com tudo. Petrouchka para de dançar, se assusta, mas corre para uma mesinha com gaveta e abre. Ela pega uma arma, engatilha e aponta para o soldado que está se recompondo pois quase caiu entrando com tudo na casa.
Petrouchka- Quero que saia agora da minha casa, seu porco fascista! Eu não tenho medo de atirar! Saia daqui, seu besstydnyy!
O soldado olha para ela com fúria e puxa do coldre uma Luger e aponta para ela. Eles ficam com as armas apontadas um para o outro sem dizer nada.
Petrouchka- E então, seu maldito, quem realmente vai atirar primeiro? Acha que você com esse teu uniforme da SS e essa maldita cruz de Ferro criada pelo maldito imperador Frederico realmente vai atirar? Você estava fugindo da batalha, seu assassino covarde!
O soldado que se chama Wolf responde:
Wolf- Se continuar me xingando, vou te mostrar o que posso realmente fazer contigo. Abaixe a maldita arma!( Aponta para o coração dela).
Petrouchka ainda não obedece.
Petrouchka- Eu vou adorar matar um soldado que provavelmente matou minha família toda no ano passado!
Wolf- Nessa maldita guerra a gente mata ou morre! Você, abaize essa arma agora. Eu só quero ficar escondido enquanto esses malditos russos não me pegam e me fuzilam!
Petrouchka( começa a abaixar a arma, ainda com suspeita e raiva)- Seu idiota, havia ainda uns oito apartamentos e tinha que invadir o meu?
Wolf- Não irei responder essa pergunta tola.( Guarda a Luger). Que música é essa que estou ouvindo?
Petrouchska- O pássaro de fogo, de Stravinsky. Não é Wagner, nem Beethoven.
Wolf( torce o nariz)- É muito moderno para meu gosto.
Petrouchka- Claro, fascistas como você gostam apenas de obras que vocês consideram puras!
Wolf- E essa música é o que? Uma sinfonia?
Petrouchka- Um balé. Eu sou bailarina.
Wolf( surpreso)- Nossa, uma bailarina. Eu jamais iria me perdoar se matasse uma artista.
Petrouchka- Você já deve ter matado até santas ou velhas indefesas.
Wolf fica em silêncio aou vir isso. Fica constrangido com a resposta.
Petrouchka- Sabe, eu tenho estado entediada de ficar aqui, e claro, é perigoso, essa guerra toda. Vamos fazer um acordo, você parece ser um rapaz que tem um jeito para dançar. Nós dançamos um pouco, e você me tira daqui viva e me coloca em um lugar seguro. O que acha?
Wolf fica pensativo. Ele não acredita muito na promessa, mas de fato a mulher acertou ao dizer que ele gostava de dançar.
Wolf- Aceito, e tenho esse lugar e ninguém vai te incomodar.
Petrouchka- Aproxime-se então de mim.
Wolf vai até ela. Ela sorri discretamente para ele. Ela começa a a ensinar passos básicos que todos já viram para Wolf. Wolf no começo erra bastante.
Petrouchka( irritada)- Zadnitsa! É para a esquerda e não para a direita!
Wolf- Estou nervoso, e são muitos passos para decorar.
Eles continuam fazendo passos básicos de ballet e Wolf começa a acertar mais.
Petrouchka( não querendo demonstrar que está alegre pelo progresso dele)- Você realmente aprendeu.
Ouve-se mais e mais barulhos de tiros de metralhadora, de bombas e tanques começam a se aproximar.
Petrouchka- Bom, já fiz minha parte no acordo. A situação está começando a ficar ruim. Por favor, me tire daqui.
Wolf- Olhe, eu irei ajudá-la, mas ninguém pode saber disso. Você precisa ficar quieta, é minha vida que está em risco.
Petrouchka( revira os olhos incomodada)- Claro que não falarei. Eu vou te esquecer em menos de dois dias. Vamos logo, me tire daqui.
Petrouchka vai até a mesinha com o gramofone, desliga-o e vai para junto dele.
Wolf- Vamos! Eu tenho um esconderijo há seis quarteirões daqui. Lá não há batalha.
Wolf e Petrouchka saem apressados.
Wolf( voz off)- Entre no carro no banco de trás, e fique abaixada. Só levanta quando chegarmos.
Petrouchka( voz off)- Oh, eu poderia me passar por sua amiga, mas tudo bem, farei isso.
Um barulho de carro é ouvido partindo. No palco tudo fica escuro. Mais barulhos de tiros. O pano desce.
FIM
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Poeta
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Branca de Neve (1937)
O primeiro e indiscutível mais belo clássico da Disney foi o maior sucesso de todos os tempos na época em que foi lançado, e em todas as épocas. Branca de Neve, um conto dos irmãos alemães Grimm, do século XIX, sempre foi uma história que esteve na mente e imaginário das pessoas de todas as idades. A história conta a vida da princesa Branca de Neve, que é obrigada a se vestir de andrajos e realizar as tarefas no castelo para sua madrasta, a Rainha( que não possui nome no conto e nem no filme). Branca de neve é gentil, simpática, amorosa e sonhadora, e tem uma bela voz. Ela sonha em encontrar o príncipe encantado, e quando ela canta sozinha diante do poço, um príncipe realmente é cativado por sua voz. Eles fazem um belo dueto e se encantam um pelo outro, e a Rainha observa o casal cantando.
A Rainha decide matar Branca de Neve, mas ela usa o caçador para o ato cruel. O caçador leva Branca de Neve a uma floresta, e enquanto Branca de Neve está distraída com um passarinho, o caçador se aproxima com um punhal na mão, mas desiste diante do desespero da princesa e avisa que a Rainha quer matá-la, e que ela deve fugir.
Branca de Neve foge e perambula pela floresta, que começa a ganhar formas terríveis. Ela vaga por toda a floresta, e as árvores começam a ganhar vida e assustá-la. Só depois dela cair, ela percebe que estava apenas andando por uma floresta comum cheia de animais. Ela como ama os animais, começa a conversar com eles, que compreende tudo que ela fala. Ela pergunta aos animais onde pode passar a noite, e eles mostram a ela um chalé encantador. É o chalé dos sete anões.
Branca de Neve entra no chalé, vê se tem alguém, mas está vazio. Porém, o chalé está todo bagunçado, sujo, com teias de aranha, pratos e copos na pia, uma meia dentro de uma panela, etc. Ela decide pegar uma vassoura e limpá-lo e os animaos ajudam em todas as tarefas.
Depois desta cena, descobrimos que os anões possuem uma mina de diamantes e pedras preciosas, e que eles trabalham como mineradores. Eles cantam enquanto trabalham, e quando é cinco horas da tarde. Eles saem do trabalho e começam a cantar a famosa música do Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou.
Entretanto, quando eles chegam na casa, eles a encontram aberta e com as luzes acesas e um caldeirão de sopa no fogo. Todos acham que um monstro invadiu a casa, mas nenhum tem coragem de realmente vasculhar a casa, até que o mais novo( Dunga) é escolhido para ver quem está dormindo no quarto dos anões. Dunga vai até o quarto, mas se assusta, e acaba voltando. Depois todos descobrem que Branca de Neve está em suas camas, e ela conta que a rainha deseja matá-la. Os anões decidem deixá-la ficar em sua casa, e Branca de Neve cuida de cada um deles.
No castelo, a rainha desobre através do espelho mágico que ela consulta todos os dias, que Branca de Neve está viva, e que o coração que ela tem nas mãos é o coração de um animal dado pelo caçador. Ela fica furiosa, e decide preparar uma armadilha para derrotar Branca de Neve.
De trama surpreendente a cada cena, Branca de Neve é a estória que mais representa a imagem dos contos de fadas, seja ele adaptado ou não. A estória nunca envelhece e pode sempre ser vista como uma obra encantadora.
O conto é uma verdadeira inspiração popular, passada pelo filtro dos Irmãos Grimm que trouxeram ao mundo as melhores histórias que a imaginação, a criatividade e o espírito humano deixaram como o legado mais precioso de uma época e também para transcender qualquer época conhecida.
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Poeta
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Duas garotas russas sonhadoras
A cena se passa em Moscou, Rússia, no inverno de 1919.
Cena Única
Uma sala ampla com três sofás, dois armários, seis quadros na parede, um piano, e diante do sofá vemos umas duas pilhas de livros. Há uma janela com uma cortina de cor esmeralda, a janela está entreaberta. Em cima de um dos sofás vemos um rifle. Nos dois sofás há duas garotas deitadas, com as mãos na testa. Uma se chama Annuva, veste um vestido de cor preto, e um colar. Ela tem uma fita azul no cabelo. A outra se chama Aglaya, ela veste um vestido de cor vermelho cardeal. Ela tem um belo rosto, olhos verdes e cabelos ruivos. Ela fica fazendo círculos com o dedo no ar.
Aglaya- Nunca pensei que este dia fosse ser tão longo. Ele simplesmente não passa. Por que não pode passar mais depressa?
Annuva- Porque deve ser o pior de nossos dias. Claro, não há nada de fantástico e ilusório aqui neste dia. Oh, e não pensamos em cinquenta coisas estranhas hoje.
Aglaya( fazendo círculos no ar com o dedo)- E eu que não estive em sonho nenhum hoje. Oh, apenas nas páginas dos velhos autores.
Annuva- Espero que de noite possamos dar vazão a todos os nossos sonhos. Esse dia! Oh, ele poderia morrer já!
Aglaya- Sim, morrer... Morrer como o gato que imaginei um dia que vivia comigo em uma cesta linda, mas que não miava!
Annuva- Pobrezinho! Um gato que não mia!( Levanta-se, vai até o sofá em que há o rifle, pega nele, desliza o dedo nele todo)- Mas o caozinho que sonhei era bem atentado! Ele merecia uns belos tiros no traseiro( Vai até a janela, olha para fora)- Oh, lá vai Lalia novamente com essas malditas pastas! Ela não pára de espionar o governo russo!( Vai apontando o rifle para fora, depois desiste, e volta ao mesmo lugar, deita no sofá segurando o rifle).
Aglaya( fazendo quadrados com o dedo no ar)- Aposto que só há Zadnitsas e skuchnyy por toda parte. Ah, mas minha mente está muito parada. Onde estão aquelas imagens evanescentes que tanto adoro?
Annuva- Hoje minha mente está totalmente bloqueada, minha cara. É como se... ( Coloca o rifle no chão, se levanta, dá alguns passos pela sala).
Aglaya- Sei como se sente. Hoje é um dia que nossas imaginações estão realmente falidas.
Annuva( vai até a janela, fica olhando a rua com um olhar de nostalgia)- Talvez seja apenas minha melancolia, ou talvez uma lembrança de alguém que tanto amei.
Aglaya- Eu tenho apenas sonhos... Você se lembra de nossos sonhos, não?
Annuva( ainda olhando para fora da janela)- Claro, viveremos uma revolução em que vamos limpar a arte e a educação desse país, e também derrubar os corruptos e assassinos dessa máquina burocrática!
Aglaya( bate palmas)- Ainda bem que ainda te lembras...
Annuva( volta para junto do sofá)- O que fizeste com aquele pé de coelho que deixei em meu quarto?
Aglaya- Está junto do meu. Na verdade, eu acho que precisamos de mais quatro.
Annuva- Um apenas é o suficiente, doidinha.( Sorri)
Aglaya- Vou pegar o rifle e treinar alguns tiros.( Levanta-se do sofá, pega o rifle, se afasta da amiga e vai até um canto e começa a atirar na parede. Ela acerta dois vasos e um tiro vai na parede)- Nossa! Como melhorei minha mira!
Annuva bate palmas.
Annuva- Provavelmente sonhaste que estava melhorando sua mira, e eis agora que sua mira está melhor.
Aglaya( segurando o rifle, faz algumas gracinhas com ele. Carrega ele e dá mais dois tiros)- Pronto, meu treino está completo( Ela coloca o rifle perto de uma mesa).
Annuva- Gostaria de sair, mas está tão frio... Eu detesto o frio.
Aglaya- Já eu adoro, mas hoje está um tempo horrível. Acho que teremos que passar aqui mesmo em casa.
Annuva- Sim, a confabular como convenceremos a participar de nossa revolução.
Aglaya- Pela palavra escrita com certeza não será! Teremos que chamar nossos amigos revolucionários.
Annuva- Não te lembras que a maioria deles já estão presos?
Aglaya- Ainda há uns quatro ou cinco. Eles nos servem.
Annuva- Nada, o que sobrou são todos ruins. Precisamos realmente agir sozinhas ou então recrutar agentes.
Aglaya- Como se fosse fácil. Todos parecem adormecidos.( Deixa-se cair no sofá).
Annuva- Ag, eu acho que seria melhor sairmos um pouco. Preciso te mostrar uma fonte belíssima no norte da cidade. Ela pode realizar nossos sonhos.
Aglaya- Oh, excelente ideia! Eu estava começando a me tornar realista demais aqui.
As duas saem juntas. Ouve-se um barulho de pratos caindo em outro lugar. O pano desce.
FIM
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Poeta
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Hipocondria
A cena se passa em Portugal, Lisboa, em 1911.
Cena única
No centro do palco uma mesa cheia de remédios, duas cadeiras perto da mesa, um sofá afastado no canto direito, uma porta à esquerda. Um homem chamado Manuel Cerqueiros está sentado em uma cadeira. Ele passa a mão nos joelhos.
Manuel- Ah, essa maldita dor em meus joelhos, Com certeza é artrite, ou então reumatismo, ou mesmo osteopenia. E a cefaléia que não passa, provavelmente um aneurisma, uma trombose cerebral. Ah, Céus, e meus intestinos. Eles simplesmente não funcionam corretamente. Doença celíaca com certeza! (Levanta-se rapidamente da cadeira, vai até a mesa e pega um pote de remédios, abre e toma dois) - Sim, este me indicaram para os intestinos! (Volta a sentar na cadeira.)
Meus olhos também não estão nada bons! (Levanta e caminha pela sala. Ele estreita a vista) - Oh, com certeza estrabismo convergente! Droga, e aquele médico súcio me disse que eu não tinha nada nos olhos!
Manuel vai sentar no sofá. Fica inquieto.
Manuel- Oh, preciso tomar um para essa cefaléia! (Vai até a mesa, pega um frasco vermelho, abre e toma uma pílula) - Sim, esse sempre me ajuda em momentos de intensa cefaléia.
Começa a andar pela sala. Passa a mão no peito.
Manuel- Oh, palpitações! Elas começaram quando eu menos esperava! E não tenho nenhum remédio para o coração. Provavelmente uma artéria irá realmente romper!( Passa a mão pelos cabelos).
Manuel vai novamente a mesa e dessa vez pega um frasco azul de remédios, abre e toma dois. Fecha o frasco e coloca de volta na mesa.
Manuel- Esse pelo menos me deixa menos ansioso. Oh, como sou ansioso! E como tenho depressão sazonal! O tempo muda, e eis que estou mudado! Mas não1 Isso não irá acontecer comigo! Pois... Há, a minha neurose, sei o que pode resolver.
Ele vai a mesinha e pega uma pasta. Ele passa a pasta nas mãos e no rosto suavemente. Ele suspira aliviado.
Manuel- Oh sim, agora me sinto melhor, mas eu espero que minhas dores nos pés realmente não voltem. E o inchaço em minhas mãos é terrível todas as quartas!
Volta para o sofá, deita-se.
Manuel- Maldita languidez! Meus acessos de preguiça só podem ser alguma neuropatia! Estou convencido de que é psicastenia! ( Ele levanta mais uma vez, dá três voltas na mesa de remédios, e depois volta ao sofá.)
Manuel- Agora minha ansiedade tornou-se em fobia! Oh, como tenho tantos acessos emotivos! Certamente terei que fingir que está tudo bem quando minha irmã aqui chegar.
Voz de mulher off (É a vizinha de Manuel) - Morreram duas pessoas hoje de neurose, uma de psicastenia, e outra de artrose, e ah, uma também de inchaço nos pés!
Manuel- Oh, eu sei como resolver tudo isso. Em meu quarto há pastas, há pomadas. Irei lá e terei que dormir. Não durmo há três dias!
Manuel antes de sair pega dois frascos de remédios da mesa. Ele sai rapidamente. O pano desce.
FIM.
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Poeta
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Porão expansivo
A cena se passa na Irlanda, em 1905
Cena única
Vemos uma menina chamada Elisabeth carregando um candeeiro. Ela está no porão vendo algumas coisas, mas ela decide explorar o ambiente. Ela começa a dar alguns passos e vê algumas mobílias antigas, alguns talheres, vasos e pinturas antigas, velhas caixas.
Elisabeth- Oh, até que este porão não é tão desinteressante quanto eu pensei. Mamãe vivia me dizendo que gostaria de se livrar de tudo por aqui, mas que não o fazia por causa de papai. Mas vejo que no fundo ela também deve admirar algumas coisas que estão guardadas aqui.
(Ela continua andando pelo porão. Vemos que a luz começa a ficar mais escura, até ser totalmente apagada. Elisabeth não percebe. A luz volta e vemos Elisabeth no porão, mas há objetos estranhos, objetos de outras épocas como moedas, bússolas, astrolábio, etc. Ela admira tudo.)
Elisabeth- Oh, mas isso realmente deveria ir para o lixo. Quem ainda usa astrolábio hoje em dia? E essas moedas antigas? Bom, como gosto de coisas antigas, não vejo motivos de jogá-las fora. Deveriam estar preservadas e não aqui.
Elisabeth continua caminhando e carrega as moedas com ela. Fade out.
Depois de quatro minutos, fade in, e Elisabeth vê máscaras antigas: egípcias, maias, astecas, fenícias.
Elisabeth- Essas parecem máscaras que vi... Que vi em uma feira artísticas, mas não consigo me lembrar de quais países (Experimenta a máscara fenícia. Há um espelho perto e ele se olha no espelho com a máscara. Retira-a e coloca no lugar, e usa a máscara egípcia e mais). Lindas! Eu poderia ficar em casa com uma delas.
Elisabeth vasculha o sótão, até que a luz novamente se apaga. Quando a luz volta, vemos tacos de beisebol, e bolas de beisebol pelo porão. Elisabeth que pouco ou quase nada sobre esporte, ela com curiosidade para as bolas de beisebol.
Elisabeth- Oh, para que servem estas bolas? E estes tacos? Deveriam não ser feitos, com tanta violência no mundo isso é mais uma arma nas mãos de um louco!
Ela suspira, começou a ficar entediada. Pega uma bola e arremessa, depois outra, e v~e que não gosta de jogar as bolas de beisebol.
Elisabeth- Oh, que bobagem, eu... (A luz novamente se apaga).
Ao acender a luz novamente, vemos um monte de maquiagem e pincéis para pintar o rosto. Elisabeth que não é muito vaidosa, pega cada um dos pincéis. Ela coloca um pouco de maquiagem no rosto e fica se olhando no espelho.
Elisabeth- Ah, essa cor creme é horrorosa em meu rosto! Eu gostaria que tivesse um lilás ou roxo! Só tem... (Olhando para a maquiagem) - Verde, azul, rosa e marrom. Oh, marrom, como eu detesto esta cor!
Ela continua explorando o porão. Ela tira do bolso as três moedas que estavam em seu bolso, olha para o detalhe, uma moeda da época de Caracala, um imperador romano. A luz se apaga.
Elisabeth- Ah, essa luz não para de apagar! Eu gostaria que isso parasse e já!
Quando a luz acende, vemos uma série de dispositivos eletrônicos, alguns mesmo que podem acender e apagar à vontade. Elisabeth fica fascinada e olha para cada um, toca.
Elisabeth- Oh, Céus, que preciosidades são estas? Que mentes teriam criado isso? (Ela aperta alguns botões dos dispositivos que reagem normalmente aos seus comandos). Oh, se isso realmente for inventado, facilitará demais a vida do mundo. E será completamente uma tecnologia além da que temos, além da tecnologia física e suja que temos! Isso será realmente libertador!
A luz se apaga. Ouvimos baixo Elisabeth resmungar. Quando a luz se acende, vemos uma série de objetos mortais, usados em funerárias. Elisabeth reage com choque, pois sabe que objetos são estes. Ele se distancia um pouco, vai para o outro lado do porão.
Elisabeth- Blimey! That is disgusting and annoying! I should not see such a miserable object! How I am displeased!
Elisabeth toca as moedas como que para esquecer dos objetos. Depois de sete minutos, a luz se apaga. Quando a luz volta, vemos Elisabeth no porão de sempre. Ela fica aliviada por estar longe dos objetos de funerária, mas desapontada por não ver mais nada.
Elisabeth( dá dois passos em direção ao que estava vendo antes)- Oh, eu terei que ver agora...
A porta se abre. Uma mulher entra. É Alexa, a mãe de Elisabeth. Ela entra apressada e pega na mão de Elisabeth.
Elisabeth- Ai, mamãe, sabe que detesto quando pega minha mão com essa força.
Alexa(puxando-a) - Venha, preciso te mostrar uma coisa.
Elisabeth (pouco curiosa) - O que é?
Alexa- Só posso te falar mostrando. Vem logo (Sai puxando-a. A luz se apaga por alguns instantes, e aí vemos algumas luzes dos dispositivos se acenderem e apagarem. Depois total escuridão. O pano desce.)
FIM
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Poeta
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