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Dizem que a vida é um aprendizado. E quem não aprende por bem, aprende forçado. Analise a vida por você: quantas coisas você teve que sofrer, para aprender?
Quantas lições você repetiu? Quantas vezes você quis ir por um caminho, mas foi obrigado a seguir por outro, cheio de espinhos?
Nós não estamos sozinhos... Nós temos companhia. A vida é uma poesia cheia de metáforas: nem sempre quem tem (dinheiro) que dizer que “está bem”.
Você olha e não vê ninguém... Você não enxerga nada nessa estrada às vezes esburacada, às vezes asfaltada, às vezes enlameada...
Você não sabe de nada sobre essa estrada que é a vida.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Encharcado de problemas, não sei como consigo fazer poemas.
A madrugada chora sobre mim, seus fracassos na vida. Empresto meu sono às palavras, que pululam em minha mente. Sou um crente nessa hora: creio na fantasia, na inspiração e na poesia. Onde me levará minha imaginação? A realidade me dá a mão a toda hora...
Deve ficar com medo que eu vá embora. Então escrevo para livrar-me dela.
AJ Cardiais imagem: google
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Poeta
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Meu processo criativo é muito louco, é muito ativo, é quase pouco...
É quase tudo, é quase nada, é quase estudo, é quase estrada...
É rima pura é pura rima é uma loucura que não se ensina...
É um devaneio, uma divagação. É como estar no meio de uma canção...
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Ninguém vê as madrugadas que gasto escrevendo... Ninguém vê como me entrego aos poemas, vivendo-os.
Ninguém sabe como me enlaço e do laço saem letras.
Ninguém prova, mas minhas letras têm gosto de sangue. Ninguém vê minhas letras saindo do mangue.
Ninguém sabe, mas são caranguejos em busca do sol.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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A poesia é a extensão do meu sentimento. Através dela tento exprimir a emoção do momento.
Se estou indignado, escrevo com indignação. Se estou apaixonado, escrevo com paixão.
Se estou divagando, ela vai me levando pra qualquer lugar.
Então vou viajando... Vou sonhando... Ruim é na hora de voltar.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Domingo à noite... Nada por fazer. Não quero ficar sentado vendo TV. Vou para o quarto ruminando pensamentos que me devoram.
Tento expulsá-los mas não consigo... Eles grudam em mim. Eles querem me destruir.
Imagine você, domingo à noite, sem ninguém para lhe distrair... Conversar por conversar, não é um papo. Não há uma troca nesse ato.
É jogar conversa fora. É deixar o tempo ir embora e depois reclamar do tempo. Eu quero é aproveitar o tempo, mesmo sem fazer nada.
Mesmo estando assim, com as pernas esticadas, eu estou fazendo algo: estou meditando... Estou estudando as situações, estou explorando o desconhecido.
Depois, quando me perguntarem se todo que escrevi foi vivido, eu responderei: nem tudo foi vivido, mas foi sentido.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Não posso esquecer você enquanto o tempo não me trouxer um outro amor...
Enquanto isso não acontece vou fingindo que amo a vida, para ver se a dor me esquece.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não posso ter uma poesia bela, vendo tanto sofrimento na tela. Não tenho uma palavra doce como se a realidade assim fosse...
Tenho um poema duro, ousado, impuro. Como ser feliz, vendo tanta infelicidade vagando pela cidade?
De que me adiantará um nome se não puder amenizar a fome? De que serve a “intelectualidade”, vendo o povo sem dignidade?
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não analiso a poesia. Leio e sinto. Brinco, brigo, minto... Mas tenho uma preocupação:
Qual é o nosso dever; a nossa obrigação? Não é “só escrever”... É ser uma informação?
É ser uma ilusão? É brigar contra o poder? É propagar a paixão?
Não quero ser “só uma rima”... Quero ser uma solução, mesmo sem ser obra prima.
AJ Cardiais
imagem: google
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Poeta
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Não deixe a poesia pura. Deixe um pouco de gordura e algum resquício de loucura.
Faça com que ela não seja mole, nem dura. E que tenha jogo de cintura para requebrar na palavra mostrando sua formosura.
AJ Cardiais
imagem: google
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Poeta
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