Sonetos :  VAGANDO SIN DESTINO
VAGANDO SIN DESTINO

Vagando sin destino en desenredos
Disperso caminero del pasado,
El tiempo que se muestra desdeñado
Los días olvidasen viejos miedos,

Mis cantos son ausentes, casi ledos,
Los ojos en vacio, cual ganado
Siguiendo lo que fuera deseado,
La suerte se escapando entre mis dedos,

Ninguna maravilla ha me iludido,
Apenas lo que resta concebido
En errores comunes de quien ama,

La vida se apagando lentamente,
Osando acreditar cuando se mente,
Tentando superar el viejo drama…

MARCOS LOURES
Poeta

Sonetos :  Minha Tara Sem Cura
Minha Tara Sem Cura
Não tenho medo de mostrar
minha cara.
A minha tara,
não cura com "enclausuramento".

O meu sentimento
no poema se espalha.
Às vezes é uma navalha
que corta até pensamento.

A minha rima é uma tara
em crescimento.
Sou o lado que não se comporta.

O que bate em minha porta,
às vezes vira meu tormento
ou uma poesia torta.

AJ Cardiais

imagem: google
Poeta

Sonetos :  BARRERAS
Toda barrera que impida,
que yo no logre subir,
no me hará más que sentir
como se abre una herida.

Después de tanto sufrir
por las barreras que pongas,
mi corazón como hondas
lanza piedras al latir.

En mi alma un devenir,
por eso quiere sentir
y esperando yo te siento.

Si es tu poema un lamento,
el mío es un sin vivir
por las barreras del tiempo.

Mel
Poeta

Sonetos :  ANTÍGUAS ILUSIONES
ANTÍGUAS ILUSIONES

Antiguas ilusiones que carriego,
Los yermos desencantos de una vida
Ha tanto se presume despedida
En cuanto mi camino sigue ciego,

Por mares tan distantes no navego,
Una esperanza ahora el tiempo olvida,
La dicha en vacio convertida,
Mentiras siempre iguales, y me entrego…

Jamás pudiera otrora acreditar
Envuelto por los claros del lunar
El infinito fuera mi destino,

Después de nueva queda, nada resta,
Tan solo eso final de alguna fiesta
Y el paso tan incierto, desatino…

MARCOS LOURES
Poeta

Sonetos :  AMOR DIVINO
AMOR DIVINO



O amor que nos ensina Jesus Cristo
É feito de um eterno perdoar,
É nesse imenso amor que sempre insisto,
E nele, intensamente mergulhar.

E quando na esperança, e paz, invisto,
Percebo quão possível é lutar,
Por isso, e tão somente é que resisto,
E dessa fonte é feito o meu cantar.

Que a força soberana e tão imensa
Do amor comande todos os destinos
Que não haja mais guerra ou desavença

Que toda humanidade viva em paz,
Tenhamos a pureza de meninos,
Somente o amor divino satisfaz;





MARCOS LOURES
Poeta

Sonetos :  ESTAÇÃO FINAL
Estação final

Não quero mais além do quanto houvera
E nada mais seria ou mesmo até
O mundo se anuncia e por quem é
A vida fora outrora mais sincera,

Restando o quanto possa e degenera
A marca desdenhando rumo e fé,
O preço se reduz, velha galé
Que tanto noutro engano destempera,

Florada já se fez aborto e morte,
O nada que resumo não conforte
A sorte de quem sabe a negação

Da vida que promessas concebesse,
E o tanto quando o nada se esquecesse
Marcasse com temor última estação.

Marcos Loures
Poeta

Sonetos :  ALMAS SIMPLES
ALMAS SIMPLES

Alguém que veio ao mundo há tantos anos
Devia já saber das armadilhas,
As almas mais simplórias, seus enganos
Comuns, mas não viveste só em ilhas

Os erros com certeza são humanos,
Mas não se entregam sonhos às matilhas,
Se fossem tão pequenos os teus danos...
Erraste de caminho em toscas trilhas

Quebraste a tua cara em mil pedaços,
De ti já não sobraram sequer traços,
E ainda agradeceste, ó imbecil,

O amor, uma arapuca sem tamanho,
O jogo imaginário jamais ganho,
Sobrando para o otário, sempre o grill...



MARCOS LOURES
Poeta

Sonetos :  Justiça cega
Justiça cega
Ah, como eu gostaria
de escrever só o belo...
Porém o meu martelo
condena a hipocrisia.

Eu vejo a vida vazia
que o povo está levando,
acabo não suportando
e explodindo na poesia.

Amplio a velha fotografia
de três por quatro,
de dois por dois...

Enfeito mais retrato,
com sonho de feijão com arroz
e fome de encher o prato.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Sonetos :  Soneto do acaso - II
Soneto do acaso - II
Não faço na poesia
só um jogo de palavras.
Minha alma está enraizada
até nas estrofes vazias.

Eu respiro os momentos,
sufoco as agonias,
visto as fantasias
e bailo conforme os ventos.

A poesia é a vida
com seu vai e vem;
sua subida e descida,

Com toda sua loucura.
E, quando ela está sumida,
é o poeta quem a procura.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Sonetos :  Soneto do acaso - I
Soneto do acaso - I
Não adianta eu roubar
o sonho do acaso,
para esquematizar
o meu poema raso.

Não adianta o poeta
dizer: "Tudo vale à pena,
se a alma não é pequena"...
Muita gente não aceita.

Minha alma se enfeita
com fantasias possíveis.
As improváveis ela rejeita.

Ela não se deita
com sonhos impossíveis.
Procura sonhos disponíveis.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta