Poemas de tristeza :  Mi solitario amor
Te conozco, siempre lo supe,
la verdad siempre la vi en tus ojos;
en el tono de tu voz
o en la actitud más suti.
Incluso de aquello
que aún no entiendo por que
nunca me quisiste decir,
siempre lo pude sentir;
no me amarías nunca
como yo a ti.

Por un tiempo, quedarme callado
fue más fácil que aceptar
que ni la nota más bella
perdura en la eternidad
y que tarde o temprano,
siempre debe terminar.

No te reclamo nada;
todo sirvió para reflexionar
y saber que no me podía quedar,
que éste amor tan solitario
no llegaría a ningún lugar.

Héctor H. García
Poeta

Poemas de tristeza :  Flor blanca
Un páramo azul
un océano color arena
una gardenia en el frío glacial
el sol en la oscura noche
la luna en el claro día.

Tus labios estaban fríos,
fríos y resecos,
echada en mí regazo
sin ganas de levantarte,
ni la mirada, ni la sabana alba.

Y de los faroles
Brotaron escarchas
que rasgaron el suave lino,
de tus ojos color avellana
tornándose rojos,
rojos, pero no de pasión,
de esa pasión que;
que en estas mismas
sabanas albas,
nos hacíamos uno,
donde se confabulaban
en tretas infatigables
las diosas y dioses lascivos.

¡No!, ¡no! era este color,
era, diferente;
era un rojo de vesania,
donde tu mente en
su devaneo iba y venía;
nombres, recuerdos,
existencias, que musitabas
como hablando a la oquedad,
¡Flor! ¡Flor! en mi regazo
quedaste quieta, en paz,
y tus ojitos a su color
avellana tornaron, descansasteis.

El páramo fue color arena,
el océano celeste transparente,
las gardenias en los días cálidos,
el sol en el día,
y la luna en la noche oscura.
Poeta

Poemas de tristeza :  VELHO CARRO
Sou um velho carro, sou de colecção.
Com os pneus já muito gastos
E já nem têm hipóteses de reparação.
Os amortecedores a guinchar com o peso
Desta velha carroçaria toda ferrugenta
E já nem sei como ela ainda aguenta.
O delco e a distribuição lá vão, lá vão;
O motor para trabalhar, à manivela com a mão.
O depósito da gasolina cheio de remendos,
Com pastilhas especiais ainda resiste.
O carburador trabalha mas aos solavancos
Distribuindo com dificuldade o carburante.
Os gases lá vão saindo pelo tubo de escape
Mas a explosão é fraquinha, não como dantes.
O radiador vai sofrendo de incontinência;
Para o motor não aquecer, pois que perde água,
Para chegar ao destino rolo com paciência

A. da fonseca
Poeta

Poemas de tristeza :  Tus labios
Tus labios encarnados aconsejan,
y a veces susurran melancolía y pena.

Mi paso cansino,
la mirada fija en el vacío,
entrando a mi lar
las flores marchitas,
un pétalo en el cristal.

Tumbado en cama
a través de la ventana
nubes acurrucadas, grisáceas,
el gorgoteo de la lluvia,
y de cubito prenatal
añorando el vientre maternal.

Tus labios encarnados meditan,
y a veces susurran lúgubre oscuridad.

Relámpagos centellean,
palpitan estrepitosos,
como la ira de los mundos
de un mundo,
y en cada palpitar luminoso
sombras de angustia, sombras
de miedo, sombras de un pasado pesaroso.

Tus labios encarnados callan,
y a veces susurran silencio, silencio
Poeta

Poemas de tristeza :  O MEU CORAÇÃO É FALUA
Entre nós,
Sempre houve alegria.
Entre nós,
Houve amizade e magia.
Entre nós,
Conversa era romaria
Onde nos divertia-mos
Com o respeito que te devia
Mas hoje e não sei porquê
Tudo morreu, é tristeza
Aquela que poses-te à mesa
E da qual eu me vou servindo.
Mas eu quero-me alimentar do teu rir
Das tuas graças da tua boa disposição,
Mas não tenho mais noticias tuas
A minha alegria não é que falua
Que navega à deriva na minha rua
E que entristece o meu coração.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de tristeza :  Sin explicación
En aquel rincón
el alma en meditación
donde las gotas.
Lluvias forman sin dilación
una fina ruta, camino donde
van aquellas, aquella combinación
de cadenas y libertad.
Confusión, eterna confusión,
la serenidad del pequeño manantial
formada por las gotas, no es sinónimo,
por fuera explicación,
sino en el fondo una falacia, una desilusión.
Poeta

Poemas de tristeza :  VELHAS PALAVRAS
As minhas palavras são velhas palavras.
Têm cabelos brancos, têm a minha idade.
São ditas ou escritas um pouco curvadas
As da minha juventude não são que saudade.

Elas saem de mim um pouco embrulhadas
Como esquecidas de algumas simples letras,
São palavras gastas, com o tempo já usadas,
Quero que sejam límpidas, não passam de tretas.

Por vezes pergunto se este meu esquecimento
Não será doença, Halzeimer, ou outra qualquer.
Quero escrever, não há palavras nesse momento,
Fico pensando que sou eu que começo a envelhecer

Sim pois que no fundo a idade é quase a mesma.
Corremos no tempo sem mesmo nos render conta;
Ainda se a idade, ela, avançasse como uma lesma
Mas não, ela avança em velocidade de ponta.

Mas no fim pouco importa, as palavras assim são.
A minha idade é o avanço natural, é a assim a vida
Mas minhas velhas palavras saem sempre do coração,
Bem ditas, mal escritas, mas são palavras destemidas.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de tristeza :  O MEU CORAÇÃO GALOPAVA
Ontem, toda a noite fiquei agarrado ao meu travesseiro
Pensando a todas aquelas promessas que tu me fizeste.
Despi-me e rolei o meu corpo que era forte braseiro,
Tinha desejo de ti, de te fazer amor mas tu não vieste.

Os meus lábios roçavam a almofada procurando os teus
Mas entre os lençóis encontrei a tua mensagem, não virei!
Se tu desejares meus seios pensa a eles, eles serão teus
Mas esta noite amor, desculpa-me, mas não eu voltarei.

Levantei-me, não podia ficar só sem ti na nossa cama.
O meu coração galopava louco para um profundo abismo,
Aquele que leva o amor a morrer pela sua bela dama
E eu sequei as minhas lágrimas nos lençóis do romantismo.

Retirei do bar do nosso ninho onde tanto nos amámos
A nossa garrafa de wisky que pouco a pouco ficou vazia,
Em cada copo eu via a tua imagem. Os dois sentados
No chão onde bebendo nos beijávamos noite e dia.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de tristeza :  E ASSIM, MESMO SEM MIM
Eu gostava de quando morrer, morrer contente.
Contente por saber que todos os meus ficariam bem
Sem problemas para o futuro, na minha ausência
Saber que anos mais tarde morreriam felizes também.

Não tenho medo da morte, mas tenho medo de morrer.
Como viverá a minha esposa, não terá ela dificuldades
Quero que ela se sinta feliz depois da minha partida
Que ela viva a sua vida e não viva só com as saudades.

Ah... se houvesse uma vida depois da morte, invisível.
Que essa vida me desse a possibilidade de a proteger.
Que ela não me visse, mas que se sentisse protegida
E assim mesmo sem mim, ela muito feliz pudesse viver

A. da fonseca
Poeta

Poemas de tristeza :  AS PEDRAS DA CALÇADA SÃO ESPINHOS
A vida é como uma ardósia da escola primária.
Nela se começa a aprender a ler escrever a contar
Como a vida, tudo o que nela está é necessária
Para aprender a viver, aprender a saber lutar.

Saber lutar para aprendermos o melhor caminho.
Aquele que nos leva à felicidade, por vezes não.
Quantas vezes juntamos as letras da vida num raminho
E no fim ele murcha, sem vitalidade e mata o coração.

O coração. Peça importante na vida e que dá amor
Sem amor não há vida, mas sim muita tristeza.
É viver desprezado da realidade, nada tem primor,
As flores não têm perfume e nem sequer beleza.

As pedras da calçada, são espinhos e neles caminhamos.
O Luar numa vida sem esperança não é que penumbra
Não há avenidas, nem sequer há Sol por onde andamos,
E a hora da morte é o momento que nos deslumbra.

A. da fonseca
Poeta