Poemas sociales :  Sofrimento da alma
Sofrimento da alma
O meu sofrimento vem da alma.
Vem do rosário de dúvidas
que vivo debulhando,
em busca de tornar-me
uma pessoa melhor.

O meu sofrimento vem de ver
pessoas más exercendo o poder,
sem nada de mal lhes acontecer...

Vivo tentando fazer tudo certo,
mas me sinto num deserto,
quando procuro um outro igual.

Fizeram a vida material
ser mais importante,
que a vida espiritual...

E agora,
toda violência
é “normal”.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Poema suado
Poema suado
Estou num deserto de inspiração...
Nada passa por aqui,
nem ladrão.
Ele vai roubar o quê?
Sei não... Sei não...

Lá fora falta imaginação.
Uma pessoa agoura,
tirando minha concentração.
Eu tenho cabeça pra quê?
Sei lá! Pra pensar.
Mas a desconcentração,
tira a poesia do ar.

Faço um poema sem emoção,
somente pra pirraçar.
Talvez forçando a barra,
eu consiga me inspirar.
Se os “teóricos” dizem
que inspiração não existe,
então eu vou transpirar...
Vou tentar suar
um poeminha triste.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  A extensão do poema
A extensão do poema
Quem procura estudar
a extensão do poema,
aposto que ficará
com este dilema:

Poema é uma crase,
dentro de uma frase;
Poema é uma rima
cheirando a obra prima...

O poema é um devaneio,
um delírio, uma loucura,
que não sabe de onde veio...

O poema é uma estrutura,
com (ou sem) poesia no meio,
servindo à literatura.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Um Zé Ninguém
Um Zé Ninguém
Eu sou um Zé Ninguém,
mas me acho poderoso.
Para quem não é famoso,
eu vivo muito bem.

Apesar de um Zé Ninguém
eu tenho muito carinho,
pois nunca estou sozinho.
Muitos me querem bem.

Faço meus poemas,
rumino meus problemas
e vou levando a vida
mesmo achando dolorida.

Tento melhorar o mundo.
Não me chamo Raimundo,
mas procuro uma solução
para ajudar um irmão.

Eu sou um Zé Ninguém
que gosta de fazer o bem
sem olhar a quem:
a todos estendo a mão.

A.J. Cardiais
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Poeta

Poemas :  O assovio das coisas
O assovio das coisas
Gosto de escrever ao léu...
Sem saber a quem
ou se vou agradar alguém.

Gosto de estudar o tempo.
Olhar seus movimentos
e para onde vão as nuvens.

Não escolho palavras mágicas,
nem temas encantados
sabendo que vão agradar...

Escuto o assovio das coisas
e os versos que o silêncio ousa
soprar-me ao “pé do ouvido”.

Eu fico tão envolvido,
que vou escrevendo... Escrevendo...
Quando percebo: está escrito

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Poema Anárquico
Poema Anárquico
Não faço crer
que é poesia,
minha anarquia
recheada de prazer.

Não uso de utopia,
procurando “aparecer”...
Faço versos rimados,
desfazendo do “Poder”.

De todos os poderes:
dos políticos,
dos literários,
dos midiáticos,
dos religiosos,
dos usurários...

Podres poderes,
que escravizam
os seres.

A.J. Cardiais
imagem: a.j. cardiais
Poeta

Poemas :  Sinfonia da loucura
Sinfonia da loucura
Não quero a realidade
chorando sua tristeza ou alegria,
sobre minha poesia.
Eu quero, na verdade,
a sinfonia da loucura
rimando com autenticidade.

Não quero a poesia calculada,
estricnina programada
para destruir miolos dos mortais.
Quero os ventos dos canaviais
sacudindo as falsas palavras
dos "poemas industriais”.

Deixem meus poemas com gorgulho,
porque tenho orgulho
de poetizar sem precisão.
Deixem a loucura dar-me a mão,
pois bebo da inspiração
a última gota de ternura.

Posso até ser áspero
quando me inspiro...
Mas nunca dou um tiro,
na minha imaginação,
por causa da razão.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  A frase
A frase
“A imaginação é mais importante
que o conhecimento”.
Albert Einstein

Esta frase
chamou minha atenção.
Busquei da imaginação,
só para ter uma base...

A frase
virou tema
e fiz um poema.
Ou quase.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  À procura da poesia
À procura da poesia
Eu vivia
procurando a poesia...
Quanto mais eu procurava,
mais eu me perdia.

Às vezes eu a encontrava em um poeta,
mas em outro eu a perdia.
Eu não entendia
como ela escapava de mim
tão facilmente assim...

Será que eu sou tão ruim?
Era a pergunta que eu me fazia.
Mas logo compreendi que a poesia
está na ousadia
de encarar a noite,
dizendo que é dia...

E quem quiser que aceite
ou então rejeite
a minha filosofia.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  O consumo consome
O consumo consome
O homem consome a cidade,
a cidade consome o homem.
O homem consome a beleza,
a beleza consome o homem...

O homem consome o físico,
o físico consome o homem.
O homem consome o dinheiro,
o dinheiro consome o homem...

O homem consome o prazer,
o prazer consome o homem.
O homem consome a bebida,
a bebida consome o homem...

O homem consome a droga,
a droga consome o homem.
O homem consome o lixo,
o lixo consome o homem...

A.J. Cardiais
imagem: a.j. cardiais
Poeta