Sonetos :  Sin su amor
Desde lejos observo en la casona
el sillón, al compás del viento oscila,
el humo del cigarro fanfarrona,
llega el ocaso como fiel esquila.

Al pensar en mi madre, la persona
que por la lluvia espera muy tranquila,
y cuando escampa va la campeona
y abriga al hombre en la cobija que hila.

Ella mi madre, muerta de tristeza
a su partida estaba en suelo extraño,
no pude en ese tiempo regresar.

El dolor hiere el alma con rudeza
al perder a mis padres, duro el daño,
ojalá que me puedan perdonar.

Julio Medina
30 de marzo del 2011





Poeta

Sonetos :  A liberdade do poeta
A liberdade do poeta
Não tenho preocupação
com a estética...
A minha poética
é pura, é de coração.

Eu fico preocupado
é com a ideia...
Quando injetar na veia,
quero ver resultado.

O mundo está pirado...
Por causa da vaidade,
vendem a liberdade.

A liberdade do poeta
é poesia sem métrica,
mas com criatividade.

A.J. Cardiais
imagem: Google
Poeta

Sonetos :  Poema livre
Poema livre
Não quero seu poema
sem sentimento.
Não quero seu invento
de palavras perfumadas.

Deixe o meu momento
trafegar pelas estradas,
pelas noites nuas,
pelas ruas, pelas calçadas.

Deixe o meu poema dormir
no banco da praça.
Deixe o meu poema sorrir

Para quem passa...
Enquanto uns ignoram,
outros acham graça.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Sonetos :  A Rima Arruma
A Rima Arruma
Não quero a rima
rimando o vazio,
nem vivendo no cio
de ser obra prima.

Quero a rima por cima
da carne seca,
pulando a cerca
e quebrando a esquina.

A rima é a luz do poema.
É quem carrega a cruz
e resolve o problema.

Dizem, à boca pequena,
que é ela quem conduz,
e dá balanço ao tema.

AJ Cardiais

imagem: google
Poeta

Sonetos :  Coisas & Tais
Coisas & Tais
Eu sou como um trem
deslizando suave...
E qualquer entrave
me tira dos trilhos.

Sou como os estribilhos
das canções mais simples,
que tentam complicar
com muitos requintes.

Eu sou versos banais.
Eu sou coisas e tais.
Sou a vida na arte...

Se alguém me segura,
o meu verso não dura
e minha poesia parte.

AJ Cardiais

imagem: google
Poeta

Sonetos :  Salgando o mar literário
Salgando o mar literário
A minha poesia
vai carregando o sal
e salgando mais
este mar literário.

Ela não tem itinerário:
Vai fazendo suas caminhadas
aleatórias pelas picadas,
evitando o saber sedentário.

Vai invadindo as florestas,
fugindo das estradas
e tropeçando nas letras.

Quando olha pelas frestas,
as ideias escravizadas,
tenta deixa-las libertas.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Sonetos :  Amor de ilusão
Amor de ilusão
A sua voz rouca
alicia-me em segredo.
Confesso que sinto medo
da sua mente louca.

O seu impulsivo desejo,
em mim logo se arvora...
E mal começa o beijo,
chega o sexo, na hora.

Paixão assim só demora
o tempo de uma canção.
Acabando, cai fora...

Não preza o coração
que, como um otário, chora
mais um amor de ilusão.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Sonetos :  MINHA IMENSA CALVA - (piroca)
MINHA IMENSA CALVA - (piroca)


A vida foi roubando meus cabelos,
Restando tão somente imensa calva,
Problemas, repetidos, ao contê-los
Minha alma em plena luta já se salva

O dia me trazendo a estrela d’alva
Promete desfazer estes novelos;
Porém a vida traz como ressalva
O lacre que me impede; velhos selos...

Assim minha calvície se prolonga
Quem dera cabeleira vasta e longa,
Das dores que passei, cruéis Galés,

Restando a proteção contra os solares
Raios que recebendo em mil lugares
Apenas a defesa dos bonés...



MARCOS LOURES
Poeta

Sonetos :  PILÃO DE SOCAR ALHO
PILÃO DE SOCAR ALHO


Revendo a minha mãe neste quintal
As tardes de domingo, as preferidas,
As roupas se quarando no varal,
As velhas alegrias esquecidas.

O almoço temperado, amor e sal,
As sortes no presente divididas
O bem andando ao longe, vence o mal
Por mais que enfrente ainda tais ermidas

Que o tempo nos demonstra e o mesmo nada...
Outrora bem Al dente o macarrão,
Socado com carinho no pilão

A bela fantasia bem tratada
Crianças vão correndo no jardim
Volvendo o que melhor existe em mim...

MARCOS LOURES
Poeta

Sonetos :  AINDA VEJO EM TI...
AINDA VEJO EM TI...

Ainda vejo em ti tais opulências
Figuras estrambóticas, cenários
Momentos tão diversos são falsários
Mostrando desta vida uma excrescência

Aonde havia há tempos, florescência
Apenas os retalhos de um fadário
Do velho batistério, um relicário
O medo destruiu logo a inocência...

As farpas entre dentes, olhos, garras
Enquanto me devoras já desgarras
E deixas a carcaça como herança

Hienas e chacais, abutres; vermes,
Os restos devastados vãos inermes
Do que fizeste crer ser esperança...



MARCOS LOURES
Poeta