Poemas :  Encontros & perdições
Encontros & perdições
Eu rimo as panelas,
as janelas,
o amor por trás delas...
Rimo os barracos,
os trapos,
os farrapos,
as mazelas...

Rimo o inseticida,
a vida,
a morte...
Rimo o gado de corte.
Rimo a flor que balança.
Rimo o trem que não se cansa...

Rimo o idoso e a criança.
Rimo a pátria dolorida.
Rimo a alegria perdida
e a felicidade encontrada.

Rimo a paz tão sonhada
e a guerra apodrecida.
Rimo a atitude envaidecida
de quem não rima nada.

A.J. Cardiais
03.02.2014
imagem: google
Poeta

Poemas :  Onde as cobras dormem
Onde as cobras dormem
Sei que não sou “muita coisa”,
mas me esforço para ser.
Minha busca não é o dinheiro.
Minha busca é o saber.

Quem sabe viver,
transforma a vida num prazer.
Não quero nem saber
onde as “cobras dormem”,
porque nunca irei lá.
Eu perdi o quê?

Não quero o saber
só para me exibir...
Isso é uma forma de agredir.
Quem procura se exibir
é um pobre coitado
carente de atenção.
Eu não.

A.J. Cardiais
03.05.2014
imagem: google
Poeta

Poemas :  Poesia do nada
Poesia do nada
Não quero a poesia
espremida,
forçada...
Pus da palavra ferida.

Quero a poesia
que desce do nada,
rimando desordenada
as alegorias
e inquietações
da vida.

A.J. Cardiais
08.03.2014
imagem: google
Poeta

Poemas :  Tecendo o amor dos meus sonhos
Tecendo o amor dos meus sonhos
Não sei se Deus
vai me dar o prazer
de ainda viver
o amor dos meus sonhos...

Um amor banhado de confiança,
num mar de esperança.
Um amor como
o tempo no campo:
calmo, tranquilo,
demorando a passar...

Um amor de verdade,
pespontado com linhas
da realidade,
para não parecer
que é tudo um sonho.

A.J. Cardiais
05.04.2010
imagem: google
Poeta

Poemas :  Tecendo o amanhã
Tecendo o amanhã
Precisamos tecer o amanhã.
Precisamos cantar
para raiar
um novo dia.

Precisamos de poesias
que não escondam
os frangalhos da vida.

Precisamos cantar
que nem os galos:
acordando a humanidade.
Acordar para trabalhar
por um novo dia.

O sonho ficou na noite.
Quem trabalhou sonhando,
sabe que é hora de acordar.
Vamos cocoricar!

A.J. Cardiais
11.04.2012
imagem:google

Em alusão ao poema de João Cabral
de Melo Neto: Tecendo a Manhã
Poeta

Poemas de reflexíon :  Hora da decisão
Hora da decisão
Chega uma hora em que é preciso
abandonar o barco
e mergulhar no charco,
em busca de solução...

Cada pessoa tem
uma opinião,
ou um destino.

O pior é que:
quando bate o sino,
um toque diz sim
e o outro diz não.

A.J. Cardiais
27.01.2012
imagem: google
Poeta

Poemas :  Minha face oculta
Minha face oculta
Não tente entender-me,
pois nem eu me entendo...
Algumas vezes vou à luta,
outras me rendo.

Algumas vezes sou força bruta,
outras sou só diplomacia...
Às vezes minha face oculta
transparece na poesia.

A.J. Cardiais
16.01.2012
imagem: google
Poeta

Poemas :  A Pimenta do Planeta
A Pimenta do Planeta
O poeta está por aí...
Pastando nos mastros,
violentando os astros
e morrendo de rir.

O poeta está por aí...
Rimando as poeiras,
curtindo besteiras,
sonhando onde ir.

Disse o poeta Waly:
“O poeta é a pimenta
do planeta”... (¹)
Se meta!

A.J. Cardiais
06.01.2012
imagem: google (Poeta Cuíca de Santo Amaro)

(¹) Lulu Santos e Waly Salomão
Em: Assaltaram a Gramática (http://letras.mus.br/lulu-santos/88131/)
Poeta

Poemas sociales :  Humanidade cega
Humanidade cega
Não precisa ser adivinho
para ver o caminho
da humanidade.
A minha sede, na verdade,
é saber o que se esconde
no ninho desta sociedade.

O que os poderosos pregam
e "repregam",
só entra na mente
dos que não enxergam.

São todos cegos
culturalmente,
religiosamente,
intelectualmente
e politicamente.

Cegos da mente,
do espírito
e de interpretação.
A humanidade está cega,
por causa da ambição.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  O meu alerta
O meu alerta
O meu alerta,
é uma porta
entreaberta;

É uma poesia direta,
sobre a falta
de amor.

O meu alerta,
não chega a ter
uma rima certa.

Mas serve como seta
para indicar
a causa da dor.

A.J. Cardiais
01/10/2012
Imagem: Google
Poeta