Poemas de amor :  MEU LINDO RIO TEJO
FADO

Ó meu lindo rio Tejo
Que deixas correr no teu leito
As lágrimas que eu chorei.
Por essa mulher que não vejo
Mas que me deu o seu peito
E todo o amor de mãe.

Foi ela quem me deu o ser.
Chorava se eu chorava
Que ria para me alegrar.
Um beijo para adormecer
E quando a manhã chegava
Um beijo para me acordar.

Com dificuldades na vida
Tudo fez para me educar
Para eu ter eira e beira.
Foi a mulher mais querida
Que eu pude namorar
E me namorou sem canseira.

As lágrimas que hoje choro
À beira de ti, ó rio,
Não têm nada de improviso.
Pois que a ti imploro
Que leves o meu navio
Com mil beijos ao Paraíso

A. da fonseca
Poeta

Poemas :  No Pódio
Não sei se é vantagem lutar
para fica entre os primeiros,
e com isso deixar de fazer
o que sente prazer...
Isto para mim é se escravizar:
focar em um objetivo,
e o resto que se exploda.

Bom mesmo é quando a gente
está entre os primeiros,
porque aconteceu,
porque brilhou,
porque viveu...

Lutar é uma palavra efêmera,
que soa como sofrimento.
Quem luta por alguma coisa,
praticamente não vive: luta...
Mesmo que vença,
às vezes não é feliz de verdade.
Vive numa falsa felicidade.

Quem faz as coisas com prazer, e ganha,
ganha duas vezes: o prazer e a vitória.
Quem faz as coisas como “um dever”,
só sentirá “prazer” se ganhar...
Se perder, irá se afundar,
porque não sabe brincar.

A.J. Cardiais
16.10.2014
Poeta

Poemas de religíon :  O AMOR, É SEMPRE AMOR
O amor será sempre amor não há nada a fazer.
Pode ser forte, pode ser fraco mas e sempre amor.
O amor é um sentimento que nunca pode morrer,
Pensamos que não amamos mas está presente na dor.

A vida não nos corre bem, há discórdia, fere o amor
O tempo vai passando e o melhor é a separação
Julgamos nós que assim é, que tudo é frio sem calor
Mas em nós há alguém que nada esquece, é o coração.

Chegada a hora da morte ele nos desperta para a realidade,
Faz tocar a campainha que nos acorda para nos dizer.
Coloca a mão na tua consciência e procura a verdade
E repara que o amor é sempre amor e não pode morrer.


A. da fonseca
Poeta

Poemas de tristeza :  VELHAS PALAVRAS
As minhas palavras são velhas palavras.
Têm cabelos brancos, têm a minha idade.
São ditas ou escritas um pouco curvadas
As da minha juventude não são que saudade.

Elas saem de mim um pouco embrulhadas
Como esquecidas de algumas simples letras,
São palavras gastas, com o tempo já usadas,
Quero que sejam límpidas, não passam de tretas.

Por vezes pergunto se este meu esquecimento
Não será doença, Halzeimer, ou outra qualquer.
Quero escrever, não há palavras nesse momento,
Fico pensando que sou eu que começo a envelhecer

Sim pois que no fundo a idade é quase a mesma.
Corremos no tempo sem mesmo nos render conta;
Ainda se a idade, ela, avançasse como uma lesma
Mas não, ela avança em velocidade de ponta.

Mas no fim pouco importa, as palavras assim são.
A minha idade é o avanço natural, é a assim a vida
Mas minhas velhas palavras saem sempre do coração,
Bem ditas, mal escritas, mas são palavras destemidas.

A. da fonseca
Poeta

Poemas :  A razão de estar aqui
Viver a vida não é só o ato
de estar aqui, e fim...

Viver a vida de fato,
é procurar entender
toda esta "engrenagem",
toda esta "engenharia"...

O Grande Arquiteto
que a construiu,
colocou um "primeiro de abril"
no nosso dia a dia.

Tem gente que vive até cem anos,
e "vai embora"
sem nada entender...

Ou foi porque só trabalhou,
ou porque só farreou.
Não parou para entender
a verdadeira razão
de estar aqui.

A.J. Cardiais
23.08.2009
Poeta

Poemas de desilusión :  ESQUECENDO O MUNDO
Dia de sol, passeio na areia e admiro o oceano.
De tempos em tempos uma vaga chega até mim
Molha-me os pés me provocando, fica a espuma,
Espuma, que me fez ficar triste pensando ao nosso amor.

Assim os meus pensamentos voltaram ao passado
Um passado que tantas saudades deixou em mim.
Desses momentos de loucura de amor em liberdade
Das noites em que os nossos corpos se entrelaçavam.

As nossas lágrimas corriam de prazer, também salgadas,
Como esta água do mar que teima em me provocar
Como tu o fazias com o teu sorriso de felicidade
E eu me perdia nos teus braços, esquecendo o Mundo.

Hoje as lágrimas também correm mas não de prazer.
Correm para o mar o tornando assim mais salgado.
As vagas que vão chegando pouco a pouco até mim
Não são que a espuma de um amor jamais esquecido.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de introspectíon :  ESCREVI O QUE ME DIZIA O CORAÇÃO
Casei-me contigo por amor, tu sabes poesia?
Depois do tempo em que o coração me falava
Me ditava palavras de amor mas eu não sabia
Que eram palavras belas que ele te dedicava.

Pouco a pouco comecei a escrever palavras
Que se transformavam em frases e eram belas;
Sem me aperceber que foram de rimas ornadas
E compreendi que era poesia que vinha à janela.

Comecei a te fazer atenção e o amor chegou.
Todas as noites os meus sonhos falavam de ti.
Comecei a burilar palavras e a paixão despertou,
Tentei fazer o melhor mas nas letras me perdi.

Os anos passaram, escrevi verdades e mentiras
Nunca fui além do que sou, não cheguei à perfeição
Queria ser poeta mas ser poeta, só o poeta se inspira
E eu, de poeta nada tenho, escrevi o que dizia o coração


A. da fonseca
Poeta

Poemas de esperanza :  NAS LINHAS DO CORAÇÃO
Que seria de mim se não existisse o amor?
Eu não estaria aqui neste mundo cheio de cor.
Onde estaria então? Como o poderei saber?
Ninguém me daria a mão para a minha vida erguer.

Como é bom admirar o lírio e sentir o jasmim.
Ver as belas mariposas que voam no meu jardim.
Sentir o perfume da vida mesmo que ele seja acre.
Levar a vida colorida a passear num fiacre.

Pelas ruas do meu País ou pela terra inteira
Pisar terrenos hostis e fazer amor na eira.
Ver as andorinhas se posarem no vão da tua janela
Trazendo paz ao teu lar e sabes quanto gosto dela.

Ver as ruas iluminadas com a luz do Luar,
Todas elas decoradas para o amor albergar.
Ver a Lua e as estrelas que nos fazem sonhar,
Qual delas a mais bela e por elas se apaixonar.

Como me apaixonei por ti ao na tua rua passar.
Todo de amor me vesti para o teu amor guardar.
Agradecemos à vida de nos dar tal paixão,
A nossa sina foi lida nas linhas do coração.

A. da fonseca
Poeta

Poemas sociales :  QUANDO A MISÉRIA ESTÁ PRESENTE
Que a festa comece e a miséria se divirta.
Uma mesa feita de pano estendido chão,
Quase cheia de nada mas nela há a vida
Daquilo que não temos mas há o coração.

Que sejam pretos Árabes ou Europeus
O barco é o mesmo sem porto de abrigo,
Sem bússola nem remos, a vida é um ilhéu
Deserto de felicidade, parece ser castigo.

À volta desse pano branco, pobre mesa,
Os pais e os filhos pouco têm para comer;
Chega o fim do ano só tendo a certeza
Que outro vai chegar e nada lhes vai trazer.

Procurando um osso o amigo sempre fiel,
Um cão que os ama os protege, não diz nada.
Magro como os donos, com o destino cruel
Diria que dormiu em cima de chapa ondulada.

Chegou a meia noite e as doze badaladas.
Ouviram-se os foguetes e o fogo de artificio.
Nesses pobres chegaram lágrimas cruzadas
De desespero e de uma vida de sacrifício

Imploram aos Deuses que a vida lhes dê prazer,
Justiça divina que não sabem se podem acreditar.
Novo Ano vai começar na incerteza do viver,
Nada pedem, mas têm direito de ver o Sol brilhar

A. DA FONSECA
Poeta

Poemas de amor :  ERA O AMOR EM TODO O ESPLENDOR
Naquele quarto de hotel
Houve amor e fantasia,
Houve um belo sabor a mel
Em tantas noites de orgia.

Houve corpos desnudados
Se acariciando mutuamente
E corações apaixonados
Que se davam ardentemente.

Era o amor em todo esplendor
Em toda a beleza;
Era a paixão de um coração
Ou dois de certeza.
Que tanto se amavam e se adoravam
E o meu sorria,
Quando eu te olhava, teus olhoS choravam
Pérolas de magia.
Prova do amor que tinha o sabor
De bela antologia.
Tu és deusa do amor que tem o primor
Da luz do meu dia

Nunca aquela porta eu esquecerei
Nem sequer aquela rua.
Porta por onde sempre entrei
Quando nascia a Lua.

Das estrelas ao nascer do Sol
A noite era nossa só o amor nos via,
A testemunha era o lençol
Que nem sempre nos cobria.

A da fonseca
Poeta