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Estou cansado da vida, estou cansado de padecer. Comecei a sofrer à nascença e continuei a sofrer. Já não quero já não posso assim contigo continuar Mas não te darei o prazer de um dia me matar.
Vou fazendo resistência reforçando o meu moral. Não contes com a minha ausência, só se for casual. Vou sofrendo, vou vivendo, quero continuar a rir. Não quero que outros sofram se não souber resistir.
Morte que nasceste comigo comigo hás-de morrer. Não conseguirás resistir também te farei sofrer. Morrerás com a mesma idade aquela que eu terei.
Depois eu quero ver se tu ficarás contente, Sabendo que as tuas irmãs fizeram morrer tanta gente. Mas eu te levarei comigo e comigo te enterrarei
A. da fonseca
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Poeta
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Eu te via passar na minha rua E o meu coração ficava suspenso Ao teu andar gracioso de catraia, À fricção suave da tua saia, O sentir du perfume que ainda me fascina, Aos teus passos sincronizados de dançarina.
À tarde, quando eu te via chegar O Sol dava esplendor ao teu rosto. Tu te fazias discreta desviavas o olhar. Mas fascinado pela graça do teu andar Eu queria ter a deliciosa certeza De um dia conquistar tanta beleza.
Passas-te e pela primeira vez Teus lábios se abriram num belo sorrir. Senti a euforia da paixão, Esse momento mergulhou o meu coração Numa nuvem de sonhos apaixonados E de esperança de amor conquistado.
A realidade substituiu os sonhos. Nossos corações e nossos lábios se uniram. O nosso amor é forte e exaltante, Tudo é belo tudo é luz tudo é excitante. Temos uma vida de amor juncada. Vivemos felizes, vivemos um conto de Fada.
A. da fonseca
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Poeta
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Vejo as horas que passam Os dias que se vão E a esperança que se perde. Os anos que se entrelaçam Formando tranças de ilusão E a vida já não é verde.
Vi os anos que passaram Vejo aqueles que vão passando Talvez veja os que vão passar. Ouvi as canções que se cantaram Oiço as que se vão cantando Amanhã... não sei se oiço cantar.
A. da fonseca
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Poeta
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Con esa suerte de hambre de náufrago... con la ansiedad acumulada, de casi siglos, para romper con el alba, la noche más oscura, te esperaba, si, como el suspiro quebrantando la congoja, para abrazar el consuelo, la paz, mientras se desvanecen las sombras... y llegas.
Que te esperaba, claro que si...
Con una antología de historias bajo la lluvia, que te hablen de cuánto y cómo te añoré... de los trabajos que han tenido mis manos y memoria, para recuperar y delinear mapas, gemidos, bocetos, emociones, tremores y hasta las sombras de tu exquisita geografía, que no pude esculpir con todos sus detalles en algún recodo de mi cerebro, de mi alma.
Y te esperaba...
Desde el primer fugaz destello de tu mirada, que cegando, casi paralizando mi existencia, llegó para cautivar cada milímetro de mi ser, esperé también que lleguen las sensaciones tangibles que no conseguí en los tantas veces que tan sólo visioné... besarte entre miradas.
Te esperaba, esperanzado a morir... a vivir,
Con la vehemencia loca con que incansable se persigue darle continuidad a un sueño... interrumpido entre tormentas de orfandad, rumores, desatinos, distancias perversas... pero llegaste para atrapar hasta mis desvaríos y no importa si la vida se va como en sueños.
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Poeta
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Já tenho saudades de ver os teus olhos, De os teus lábios beijar, de te falar de amor E como um senhor, com vénia te amar. Lembro o silencio desses loucos momentos Em que estávamos sós, só os olhos sorriam, Nossos corpos se uniam, perdíamos a voz. Volta e eu te ofertarei cataratas de amor, Montanhas de flores ornadas de estrelas. Te darei também as noites mais belas, Te cobrirei de beijos serei teus desejos E para a vida inteira serás minha Cinderela.
As noites são longas não tenho mais sonhos. São noites sem estrelas, vagueio e não há Luar Nem ter teus lábios para os meus poder adoçar Nem sequer romantismo à luz de uma vela. Canto, canto o amor para que possa ouvir No meu desespero o meu coração chorar Mas pensando em ti ele chora de mansinho Passando a minha porta, ele não te irá assustar.
A. da fonseca
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Poeta
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ANOCHE NOS DUCHAMOS JUNTOS... SCORPIUM
Anoche nos duchamos juntos. Mientras el agua caía, Tu espalda acariciaba, Tus pezones protestaban, Tus túrgidas nalgas apretabas...
En un abierto interrogante Me dediqué a explorarlas Y las besé con ternura infinita. Mi lengua, muy curiosa Se perdía entre contornos que no conocía…
Estabas doblemente mojada Por el agua y el deseo Que me ensenaba el camino Cual náufrago perdido... Y aferrándome con caricias y besos Te oí llorar de placer, de rabia. Por no poder decir, no,...¡Basta!
No se que pasó, pero éramos un sello, Unidos, sin querer separarnos, Sintiendo, buscando, queriendo Ser una sola caricia, un solo beso, Un solo sexo, un solo clímax...
El agua seguía cayendo Y no la sentíamos... Solo escuchábamos nuestros deseos De amarnos y no separarnos...
Anoche nos duchamos juntos Y hoy, estamos solos...
Autor: Andres Rivadeneira Toledo/Scorpium Ecuador “En la mitad y para todo el mundo” Copyright® Todos los derechos reservados
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Poeta
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Na primeira vez que eu a vi, não achei “tão”... Nem reparei. Por isso não me derreti.
Na segunda vez, já fazia um tempão e não era mais agosto. Nem era primavera, aposto.
Na terceira vez, estava tudo dentro do prazo. Então eu, soldado raso, bati continência com uma certa urgência para esta percepção: principiava uma paixão
A.J. Cardiais 28.06.2016
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Poeta
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Viver numa utopia a léguas da realidade Como alguns têm sempre feito neste vazio. Vazio de ideias, de certezas mas de vaidade Sempre de cabeça quente mas de coração frio.
Vivem julgando que a glória está mesmo ali Na estação de São Bento ou na do Rossio, Acabadas de chegar do infinito que lhes sorri Mas não esperem muito, morrerão de frio.
A glória só vem com a inteligência e a humildade. Ela não nos cai nos braços sem se ter trabalho, Por isso há os grandes e pequenos, é a verdade E estes não pedem glória mas nas letras, agasalho.
Não é doença nem é vicio não se ser inteligente Mas quantos inteligentes se julgam superiores Somente porque o destino lhes deu essa nascente De onde as ideias brotam, como brotam as flores.
Não podemos esquecer que as flores murcham. As ideias e a inteligência murcham pouco a pouco, Como as flores, deixam cair as mais belaS pétalas Acabam por morrer sem gloria, por vezes loucos.
A. da fonseca
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Poeta
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Depois de ter lido tanta coisa esta semana Acabei por descobrir o porquê de escrever mal. Porque escrevo quando me dá na gana, Meus poemas têm uma qualidade banal.
Apercebi-me que os poetas, os que são bons, Começam a escrever e as palavras deslizam, Mas nem todos são assim, é preciso o dom E as palavras colam, as rimas improvisam.
As palavras descem o rio da nascente à foz Com facilidade, sempre sem escolhos Como um cantor de ópera solta a sua voz Como as lágrimas que se soltam dos olhos.
As minhas palavras são peixe, que muito luta Que como o salmão nadam em contra corrente Nado ao contrário dos bons poetas, não sou truta, Espero continuar a aprender a nadar, tenho em mente.
A. da fonseca
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Poeta
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Deixa-me navegar nesse teu tão belo corpo Como barco à vela ao sabor dos teus desejos. E que vagas mansas que me baloicem docemente. Deixa os meus lábios sentirem o sabor a sal Da tua pele acetinada que faz de mim um delinquente. Um delinquente do amor que rouba dos teus lábios Todo esse mel que me extasia e é meu madrigal. Deixa-me sugar as lágrimas que da tua fonte brotam, Fontes tão lindas que são os teus olhos verdes Como o mar do teu corpo onde eu quero navegar, Deixa o meu barco à vela naufragar nos teus seios Dá-lhe no teu regaço um porto de abrigo Onde ele possa ficar amando e longe de todos os perigos.
A. da fonseca
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Poeta
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