|
Poetar é como receber uma luz, e sair acordando as ideias, ou como construir uma ponte pro desconhecido.
Poetar é colar o ouvido na porta da imaginação, e traduzir todo ruído em forma de oração.
Poetar é dar outro sentido ao que está assentado, e ser abduzido pelo resultado.
A.J. Cardiais 13.06.2016
|
Poeta
|
|
O poeta Fernando Pessoa tinha vários poetas dentro dele. Ele tinha vários “eus” para lhe socorrer.
Eu não sei nem se tenho EU, porque não me torço, nem faço esforço para escrever...
Simplesmente me largo, me entrego ao afago e deixo acontecer.
A.J. Cardiais 05.07.2016
|
Poeta
|
|
Inconscientemente os poemas caem e, como chuvas, lavam a cabeça do poeta, levando toda tranqueira:
vara de goiabeira, rima pra pescar besteira, ideias amontoadas, palavras desfiguradas...
O poema cai como uma luva. Então o poeta se curva, e faz uma transcrição.
Se alguém quiser saber como eu faço para escrever, tai a explicação.
A.J. Cardiais 03.07.2016
|
Poeta
|
|
No jardim da minha casa sentei-me a ver a Lua. Caneta e papel na mão, preparei-me para escrever, Mas sobre o quê? das brincadeiras na minha rua? Escrever sobre a juventude? é possível, vamos ver.
A vida é como o tempo passa e nem damos por isso. Nós pretendemos viver não pretendemos envelhecer Mas a vida é composta da juventude e da velhice, Nós envelhecemos mas não podemos rejuvenescer.
O tempo passa, que tristeza, passa a uma velocidade Sem controlar, olhamos em frente e o futuro já passou Sem que se saiba até onde pode ir a nossa bela idade. Olhei para a Lua e a Lua meus cabelos ela prateou.
Começaram a ficar brancos e assim só podemos sonhar. É o preço que temos que pagar por uma vida vivida Que nós a quisemos de amor sem hipocrisia mas amar; Dos anos passados só fica a saudade da mocidade perdida.
A. da fonseca
|
Poeta
|
|
Viajaremos o nosso amor numa canoa enfeitada, Eu vou ser teu trovador numa ilha abandonada. E na imensidão do Oceano, lá longe, no fim do Mundo, Com abrigo para amar serei teu vagabundo.
Construiremos uma cabana para abrigar o nosso amor Tu serás minha Diana na nossa Capela-Mor. Ilha que será nosso lar e quando acabar o dia, Tu serás a luz do Luar que o nosso amor acaricia.
Te ver pela manhã acordar, meu amor, mas que prazer, É como que madrugar para ver o Sol nascer. E nessa ilha abandonada eu só serei ciumento, Da brisa da madrugada, do Sol, da Lua, do vento.
E à noite, à beira mar contra a tua pela doirada Mostrar-te que sei amar ao te cantar uma balada. Do passado sem saudades, destruiremos a canoa, Acabaram-se as cidades, não chores por nós Lisboa.
A. da fonseca
|
Poeta
|
|
A vida é uma dança Que se dança Sem par. Dançamos sozinhos E vemos os vizinhos Sozinhos a dançar. Cada um tem a sua E dança como sabe Mas nem sempre é fácil A saber comandar, Nem sempre obedece Ao passo que queremos E quando o conseguimos.... Morremos!
A. da fonseca
|
Poeta
|
|
Passo os dias deitado E as noites também, Já estou bem treinado Para o tempo que aí vem.
Quando a data chegar Já estarei habituado A dormir sem acordar Ninguém fique admirado.
Não precisarei depois Nem sequer lavar o rosto Um só, eu não tenho dois E nisso tenho muito gosto.
O tempo passará, passará, E terei alguns visitantes E o meu corpo servirá Para regalar esses meliantes.
E se houver pescadores, Sirvam-se, estejam à vontade Asticots de várias cores Digo isto sem vaidade
Depois de bem limpinho Levem-me e colem-me à pedra, Bem à vista e coladinho Na velha Igreja em Évora.
A. da fonseca
|
Poeta
|
|
La quietud del ser, de lo ya sabido; una mente libre de cadenas que te esclavizan, y un alma en paz, libre de heridas y rencores, está; la sincera amistad, amistad de papá y mamá, amistad de hermanos, y la amistad del amigo, ora en presencia, ora en la distancia, ora en ausencia, ora sabes incondicionalmente, que no te olvidan, ora sabes que no te dejan.
Son dos almas que convergen como dos ramales provenientes de aquellas montañas donde se lleva apacentar un gran rebaño de ovejas; blancas como la nieve, esa nieve que se deshiela y de ahí serpenteante, bajan, finas culebrillas de agua límpidas y diáfanas, uniéndose en un riachuelo y cargando quien sabe alforjas con piedras, que juntos arrojan al mar.
|
Poeta
|
|
Não esperem muito de mim... Esperem sim: alguns poemas. Uns valerão a pena e outros não. É esta dedicação que faz minha vida ser amena.
Não esperem muito de mim... Esperem sim: alguns conselhos. Como mais velho, não quero ensinar um roteiro. Mas quero mostrar os erros que cometi primeiro.
A.J. Cardiais 01.03.2010
|
Poeta
|
|
Siempre estuve confundido, Muchas veces más que perdido, Te busqué de todas maneras, Te saboree en un suspiro, En serio te he perseguido, Como quien caza a una mariposa, Y mientras mayor era el periplo, Más te alejabas temerosa, Algún día vendrás a posarte en mi hombro, Cuando no piense en obtener la rosa, Cuando no me importe lo que no tengo, Cuando valore verla crecer hermosa, Y al celebrar lo que no necesito, Al agradecer que nada me estorba, El día que se quiebre mi ego, Y las máscaras que ahora me arropan Cuando deje de sentir miedo, Y viva el momento a cuenta gotas, Que no hay mañana sin presente, Y del ayer, ya aprendí mil cosas, Cuando no necesite probar nada, Y al mirar dentro encuentre una joya, Cuando despierte del letargo, Y de la rutina que tanto agobia, Que todos los días son un milagro, Amanece y revolotean alondras. No existe mayor deber, No existe ningún compromiso, Que ser honesto y serte fiel, Ser sincero con uno mismo, Encontrar aquello que te da placer, Uva dulce que vas al vino, Que si Dios te hizo a su parecer, Eres hijo de un ser Divino, Eres sol, eres estrella, Eres agua fresca del río, Eres la Felicidad perpetua, que proyectas al infinito.
|
Poeta
|
|